COMUNIDADE
DEFESA DO CONSUMIDOR
PROCON AVARÉ PRESENTE EM CONGRESSO DO SNDC
O IX Congresso do Sistema
Nacional de Defesa do Consumidor abordou “A proteção do Consumidor como
instrumento de Desenvolvimento Econômico e Social”, foi realizado pela
Secretaria Nacional do Consumidor, e representa um importante espaço público
para debate sobre os temas de interesse dos consumidores.
CARLA FLORES EM BRASÍLIA |
O encontro reuniu
autoridades e especialistas no assunto, como o ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, a secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira, o
secretário de Reforma do Judiciário, Flávio Caetano, a Ministra do Superior
Tribunal de Justiça, Fátima Nancy Andrighi, o Secretário Municipal de Direitos
Humanos da Prefeitura de São Paulo, Rogério Sottili, a presidente do Magazine
Luiza e vice-presidente do Instituto do Desenvolvimento do Varejo, Luiza Helena
Trajano, e o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini.
Foram debatidos
assuntos como cidadania no consumo, proteção do consumidor como política de
Estado e os novos desafios para relações de consumo no âmbito internacional.
Carla representa o Procon Avaré e tem feito um trabalho importante levando também informações pelo rádio* |
Segundo o
ministro da Justiça, o objetivo é fazer com que o PROCON ganhe autonomia para
resolver questões relativas ao CDC sem necessidade de acionar a Justiça. “Ainda
temos muitas violações dos direitos do consumidor sendo levadas ao Poder
Judiciário, congestionando os processos judiciais em curso. Vamos definir
aspectos da regulação justamente para que o direito do consumidor seja algo
assegurado como decorrência do exercício à cidadania”, afirmou Cardozo.
“A ideia é que a
política de defesa do consumidor seja política de Estado, através do
fortalecimento do programa do Procon através de medidas legislativas”, disse o
ministro.
Os Ministros da
Justiça José Eduardo Cardozo e da Saúde Alexandre Rocha Santos Padilha,
assinaram duas portarias durante o IX Congresso. Uma portaria estabelece
obrigação a casas de show e lazer em afixarem publicamente alvarás de
funcionamento; outra regra cria um banco de dados com registros dos serviços de
saúde relacionados a acidentes de consumo graves ou fatais.
- A publicação de
uma nova portaria que obriga os estabelecimentos de lazer, cultura e
entretenimento a afixarem alvarás e licenças, com suas respectivas data de
validade (batizada de Portaria Santa Maria, em alusão à tragédia ocorrida no
sul do País). A portaria, disciplinando o direito a essas informações, tais
como a existência de alvarás de funcionamento, ou autorização equivalente, bem
como suas respectivas datas de validade, deve entrar em vigor em 90 dias;
- A criação de um
banco de dados com informações de hospitais e unidades de saúde, que trará
registros de acidentes de consumo, chamado Siac (Sistema de Informações de
Acidentes de Consumo), com registros dos serviços de saúde sobre acidentes
graves ou fatais, relacionados a produtos com potencial risco aos consumidores.
Segundo o governo, a medida entrará em operação em 120 dias.
“O desafio do
governo será exatamente potencializar e usar todas as informações disponíveis –
contando com Ipem’s (Institutos de Pesos e Medidas estaduais), Inmetro
(Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), Sindec (Sistema
Nacional de Informações de Defesa do Consumidor), sistemas de saúde, etc – para
poder gerar informações realmente úteis, para prevenir os acidentes e também
punir os responsáveis”, opina o gerente técnico do Idec, Carlos Thadeu de
Oliveira.
Já sobre a portaria
que obriga a afixação de alvarás, o Idec avalia que a medida é positiva porque
traz para o campo do direito e da informação ao consumidor uma regra que já é
obrigatória, mas negligenciada. Todavia, seu efeito depende em grande parte da
capacidade de fiscalização do poder público. O Idec acompanha e participa de
debates com relação à segurança e saúde do consumidor, sendo um dos integrantes
do Gepac.
O Gepac (Grupo de
Estudos Permanentes de Acidentes de Consumo) analisa os riscos à saúde e
segurança dos consumidores, com vistas à definição e promoção de procedimentos
e estratégias de atuação para desestimular a comercialização de produtos ou a
prestação de serviços com alto grau de nocividade ou periculosidade no País,
além da prevenção, detecção, identificação, acompanhamento e repressão dos
acidentes de consumo. O Grupo, criado pelo DPDC (Departamento de Proteção e
Defesa do Consumidor-MJ), une ainda representantes do MPF (Ministério Público
Federal), do MPESP (Ministério Público Estadual de São Paulo), da Fundação
Procon/SP, do Inmetro, entre outros.
* A Coluna do Consumidor (Produção da REDE GUMA) vai ao ar todas as terças e quintas no Jornal da Cidade (Cidadania FM) as 12h30m.
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