Em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, dia 25, a presidente da
Fundação Educacional e Regional de Avaré (Frea), Maria Lúcia Cabral Visentin,
apresentou um laudo emitido pela empresa Celso Teixeira engenharia Civil, que
aponta que o prédio da instituição é seguro.
Segundo a presidente, a Frea é constituída de quatro prédios distintos, que
foram construídos separadamente. "A Frea é constituída de quatro prédios
distintos e essa fatalidade não afetou as outras partes estruturais. A Frea não
é uma construção única, foi feita por pavilhões", destacou.
Ela destacou ainda que dias após o desabamento do telhado do anfiteatro, a
direção da instituição contratou a empresa para que avaliasse a estrutura do
telhado de todo o prédio. "Logo que essa fatalidade aconteceu nós tomamos todas
as providências, chamamos uma empresa especializada que vistoriou o prédio.
Quando pedimos para a empresa realizar uma vistoria completa no prédio, eles
fizeram por pavilhões e nos deram o laudo".
A presidente revelou ainda que o laudo apontou algumas falhas, mas que não
afetam a estrutura do prédio. Maria Lúcia disse que todas as falhas apontadas
serão corrigidas ainda este ano. "Tem coisas para serem feitas, pois o prédio é
antigo, mas o laudo apontou que a Frea não corre o risco de desabar e somente
voltamos a funcionar com esse laudo em mãos. Nós íamos reconstruir essa
parte(que desabou), mas vimos por bem melhorarmos a parte onde estamos do que a
parte que não está sendo utilizada que é o auditório e a biblioteca, que foi
transferida para o prédio principal".
O diretor executivo da instituição, Luis Mourato, acrescentou que a
prioridade é realizar os reparos apontados no laudo para somente depois
recuperar o anfiteatro. "A nossa prioridade é realizar os reparos no telhado do
prédio que estamos utilizando e, posteriormente, vamos analisar como iremos
recuperar o anfiteatro. Todo o local foi isolado e não corre o risco desabar. O
laudo apontou problemas pontuais, então, vamos começar pela parte que tem mais
urgência".
O laudo apontou que algumas vigas de sustentação do telhado estão novas e
não apresentam sinais de deterioração. Teremos que realizar a troca das telhas
que, devido ao tempo, estão mais porosas e serão trocadas. Também vamos trocar
algumas vigas,principalmente no bloco 3, mas não tem perigo de elas
cederem".
Ele revelou que ao contrário do restante do prédio, a estrutura que
sustentava o telhado do anfiteatro não tinha sustentação, sendo que as vigas
eram fixadas dentro das paredes. Devido a isso, teria sido possível verificar
sinais de deterioração da madeira. "O telhado do anfiteatro não tinha nenhum
pilar de sustentação e as vigas eram encaixadas dentro da parede e por isso não
foi verificado esse desgaste, tanto que quando a seguradora fez a vistoria para
a contratação, que ocorreu em setembro de 2015 e não foi verificado nenhum
desgaste. Todo o restante do telhado da Frea é sustentado pelas colunas das
paredes".
O diretor revelou ainda que entre os dias 12 e 13 de janeiro, data de
quando ocorreu o desabamento, choveu em Avaré 65 mm de água e os ventos eram de
45 a 50 km/h.
A presidente da Frea destacou também que a Prefeitura seria a responsável
pela parte física da instituição, por ser a mantenedora. "Gostaria de deixar bem
claro que nós somos dirigentes da Frea e a Prefeitura é a mantenedora, ou seja,
responsável pela parte física da instituição. Quando aconteceu essa fatalidade,
nós comunicamos a Prefeitura. Devido a alguma demora, nós contratamos uma
empresa, pois tínhamos pressa devido a volta as aulas", explicou.
DEMOLIÇÃO - Os diretores revelaram ainda que tanto a parede lateral como a
frontal do anfiteatro será demolida. "A parede lateral e a frontal do anfiteatro
vão ser demolidas por questão de segurança, porém hoje elas não correm o risco
de cair, pois estão bem amarradas. Vamos abrir uma licitação para a contratação
de uma empresa para realizar esse serviço".
Maria Lúcia disse ter convicção de que o prédio da Fundação é seguro. "Nós
temos convicção que o prédio é seguro. Jamais eu abriria a escola sem que a
estrutura fosse segura. A Frea passa muita credibilidade. Vários alunos do
colegial passaram em universidade federal e estadual e cerca de 90% dos
professores das cidades da região estudaram aqui".
Atualmente, a Frea conta com 1800 alunos, sendo no Colégio Universitário,
Cursinho Einstein e na Faculdade e cerca de 170 funcionários. "A credibilidade
da Frea é tanta que apesar da fatalidade, nós tivemos um aumento considerável de
alunos. Quero agradecer a todos os pais, alunos e os funcionários da Frea pela
confiança em nosso trabalho", finalizou a presidente Maria Lúcia.
Em seguida, os jornalistas foram convidados a conhecer o novo prédio que
abriga a Educação Infantil.