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NÃO É HORA DE PARAR
            A situação brasileira atinge o inimaginável. Indefinição política paralisa o País. Falta de arrecadação resulta em falta de orçamento. Cessam os investimentos. O Brasil é rebaixado pelos organismos encarregados de avalizar nosso grau de confiança. O desalento generaliza-se. O que fazer?
 Desembargador José Renato Nalini, presidente do TJSP
            O povo tem pressa. Não há condições de tergiversar e deixar de fornecer rumo para a Nação que, se o governo não atrapalhasse, poderia deslanchar. Tem tudo para isso. Povo, clima, vontade de vencer.
            Se os responsáveis pelas políticas públicas foram chamados a um protagonismo singular, pois deles depende o desate dos nós, não é razoável que haja recesso. Descansa-se quando não existe urgência, nem risco para a saúde das instituições. Estamos num momento crítico, para o qual toda a reflexão ainda é pouca, tais os perigos a que submetidas as futuras gerações, ante a falta de visão e a multiplicação dos “malfeitos” de tantos irresponsáveis.
            Sempre fui pessoalmente contrário a paralisações no Judiciário. Se Justiça é bem da vida essencial, assim como a saúde, não há como interromper sua prestação. Hoje é fácil a comunicação pela internet. Mais de 90% da população em idade útil no Brasil navega pelas redes sociais. Não é impossível manter contato com a autoridade judiciária responsável em qualquer dia, a qualquer horário.
            Aliás, foi a ideia que propus ao TJSP, ao advento da Constituição de 1988, que previu a apresentação imediata do preso em flagrante à autoridade judiciária competente. Compromisso que o Brasil já assumira ao assinar o Pacto de San José da Costa Rica em 1970, ratificado em 1992, mas que só foi cumprir em 2015, por iniciativa do TJSP e do CNJ, com o projeto audacioso e exitoso das audiências de custódia.
            Se isso vale para a Justiça, com razão maior para o Parlamento. Não faz sentido aguardar até fevereiro para resolver questões mais do que urgentes. Urgentíssimas e importantíssimas. A Nação tem pressa e tem razão ao exigi-la. Vamos manter em funcionamento os três Poderes. Há períodos da História em que se reclama seriedade, consistência e responsabilidade. Este final de 2015 é um deles.    

              José Renato Nalini é presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo


TEATRO NA ESCOLA

1° ato:
A Dengue, a Zika, e a Chicungunha entram rastejando, muito fracas e clamando por água, até encontrarem três recipientes com água. Depois de beberem elas se levantam rapidinho, começam a pular e saem de cena.  
  
2° ato:
Um grupo de jovens está distraído num bate papo, quando são atacados pelos mosquitos sem perceberem. Logo alguns começam a reclamar de sono, outros a sentir dor de cabeça, dor no corpo e a ter febre alta; e todos caem no chão.

3° ato:
Chega um grupo de mães desesperadas e começam a gritar por socorro, logo chegam o médico e a enfermeira e começam os exames.  O médico diz as mães: “Todos foram picados pelos mosquitos Aedes Aegypti, e alguns estão com Dengue, outros com Chicungunha e outros ainda com Zika, e começam a aplicar injeção em todos eles”. Quando melhoram, um por um vai se levantado cambaleante, e todos saem de cena. 

4° ato:
Os três mosquitos novamente voltam rastejando e queixando que não há mais água para eles, nem mesmo em uma tampinha de garrafa. Continuam rastejando até os três recipientes, mas estes tambem estão secos, e por não acharem mais água, começam a agonizar e morrem.   

MORAL da história: Se não tem água não tem mosquito, e se não tem mosquito não tem doença. 

J.Barreto       
P.S. Se gostaram do texto e quiserem encená-lo, poderão fazê-lo sem restrição.






JEITINHO MINEIRO, UAI!

Se a Presidente for impedida, como tudo indica que o será, e o Temer assumir a Presidência, ele herdará um país monetariamente enfraquecido e politicamente falido. Aécio Neves sabe que o próximo presidente será boi de piranha (o ato de alguém se sacrificar para livrar uma outra pessoa de alguma dificuldade), se tentar por ordem no país, pois só o conseguirá tomando atitudes antipáticas aos políticos e às massas populares. Se quiser ser piranha corre o risco de ser fisgado pelo judiciário.
O Aécio, sendo manhoso como um bom político mineiro, sabe que não é hora de se expor, pois tanto faz derrotar ou ser derrotado, sairá chamuscado, por este momento. É mais cômodo se aproximar do poder nesta hora, do que tentar fazer voo solo e enfrentar um clima turbulento. Ao apresentar uma agenda positiva ao novo governo e der certo, buscará os louros conquistados, mas se der errado foi incompetência do mandatário. Temer enfrentará um serpentário, mas como ele também é cobra, talvez consiga sobreviver. Graças ao Supremo, ele se livrou de uma mala sem alça, que seria um empecilho em seu mandato, mas em troca recebeu  uma maleta, que embora seja de pouca expressão, pode lhe causar grandes aborrecimentos.
Não confio no Temer, não confio em político de carreira, mas tenho amor ao Brasil, então torcerei e rezarei para que o Temer dê certo.


J.Barreto
Regimes Políticos
Desde os primórdios da civilização as pessoas se uniam em grupos tribais e criavam políticas que harmonizavam a convivência entre todos.  Era comum, e é até hoje, entre os agrupamentos, ditos selvagens, a preeminência de um chefe e de seus auxiliares, por exemplo, o cacique, o pajé e o conselho dos anciãos.  Este regime foi evoluindo, acompanhando a evolução da sociedade, através dos séculos, e até através dos milênios.  Quando esta evolução alcança um grau maior na diversificação da sociedade, e para harmoniza-la cria-se o primeiro, e logicamente o mais antigo regime político propriamente dito, que é o regime monárquico. 
Este regime, através dos tempos e das regiões, foi adquirindo novas denominações, embora as essências sejam as mesmas, por exemplo, monarca, rei, imperador, kaiser, czar, negus, sultão, etc. Hoje temos diversos faces de atuação dentro destes regimes, alguns são absolutistas outros são democráticos, também temos os parlamentaristas e os moderadores, e não podemos ignorar os figurativos, que embora não exerçam a função política, simbolizam a unidade nacional e são referencia para seus súditos.  Na esteira da monarquia, cria-se o regime ditatorial que pode ser exercido por militares ou civil, mas sempre com o apoio militar.  Este regime tem uma peculiaridade, enquanto o ditador o conduz com mão de ferro, a nação goza de uma pseudo- tranquilidade. Mas quando ele se considera seguro passa a oferecer certos privilégios ao povo, o qual vê neste gesto um sinal de fraqueza, e então começa e exigir mais e mais direitos, culminado com sua deposição.
O regime comunista, muitas vezes travestido de socialismo, é liderado por uma elite autoritária e radical, que em nome da igualdade elimina a livre iniciativa, e impõe normas e ações geralmente equivocadas, enquanto a cúpula do regime leva uma vida nababesca.  Talvez este seja  o mais cruel modo de governar, pois ele tem por meta a lavagem cerebral de uma nação.  O fim  do comunismo e do socialismo chega quando é exaurida a riqueza que foi criada pela livre iniciativa.
A democracia é a mais decantada de todos os regimes políticos, pois ela teoricamente garante ao cidadão a liberdade, a segurança, o direito à livre iniciativa.  Nela o povo é representado nos escalões superiores por cidadãos por eles escolhidos através dos votos, não importando se o regime é presidencialista ou parlamentarista.  Baseado nesta concepção parece que a nação que o adota, navega em um mar de rosas, mas ela é conduzida por pessoas que muitas vezes ignora seus eleitores e os interesses nacionais, e formam grupos que visam somente seus interesses.  Não se pode negar que a nação onde o povo é esclarecido e, o senso de honra, está enraizado nos corações de seus habitantes, este é realmente o melhor regime, pois a lei garante a igualdade entre todos, mas dá liberdade do livre arbítrio a todos os cidadãos.
Agora voltarei a falar da monarquia, pois ela é desconhecida e ignorada pela maioria das pessoas, que em seu imaginário associam ao fausto e à futilidade.  Citarei algumas nações que ainda matem seus soberanos; Inglaterra, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Suécia, Japão e Espanha, estas são as mais conhecidas, mas que fazem parte de um conjunto de 42 nações.  No Brasil tivemos três imperadores, o primeiro foi Dom João VI, um homem de uma visão privilegiada, que prevendo a invasão de Portugal reuniu todos os bens mais preciosos, de um modo especial a biblioteca real, as cabeças mais lúcidas e geniais, e as embarcou junto à Casa Real.  Quando Napoleão invadiu Lisboa, as naus portuguesas estavam ao largo  “diz a lenda que a frase FICAR A VER NAVIO nasceu neste dia, pois foi este o único rei a ludibriar Napoleão.  Chegando ao Rio de Janeiro, ele pôs o Brasil no conceito das nações; primeiro abrindo nossos portos para o resto do mundo, criou a biblioteca nacional, o Banco do Brasil, os grandes saraus, e numa visão futurística previu o que é hoje um assunto recorrente em todo o mundo.   Criou o Jardim Botânico, recuperando uma área degradada e que hoje é a maior floresta urbana do mundo.  Dom Pedro I, ao se recusar a voltar para Portugal e proclamar a independência do Brasil ele garantiu nossa integridade nacional, caso contrário hoje seriamos um amontoado de nações.  Dom Pedro II era um dos homens mais cultos, não só do Brasil, mas também internacionalmente.   Seu governo foi o mais tranquilo e profícuo de toda a nossa história.  Mendonça de Drummond foi um proeminente jornalista republicano, após a proclamação da Republica foi nomeado embaixador em Washington DC.  Desiludido com os desmandos da Nova República, em um de seus artigos ele declara que o governo de Dom Pedro II foi o mais republicano de toda a America Latina. Se hoje o Brasil tivesse um monarca, com função moderadora, a presidente Dilma teria um voto de desconfiança, e Eduardo Cunha com quebra de decoro e estariam fora de seus cargos.
Este é um assunto para se meditar.


J.Barreto



                   IMPEACHMENT


Não sou político, não gosto do Lula, não acredito na Dilma, mas esta noite assisti a uma tragicomédia, onde os ratos que se locupletaram (enriquecer, tirar proveito de, saciar) e engordaram nos porões, ao sentirem o navio afundar, obedecendo ao comando do rato-mór, abandonaram o navio em grande massa. Esses ratos que vieram de diversas ninhadas, se uniram e estão buscando novos porões, onde talvez não possam se alimentar como antes, mas ao menos possam estar protegidos de seus caçadores.

Pobre Brasil! Estamos na eminência de trocar seis por meia dúzia. O país não tem partidos políticos, mas tem sim agremiações ou quadrilhas que criam siglas onde prevalecem os interesses individuais, mas jamais os interesses da Nação. Quero acreditar, ou acredito, que dentre seus mais de 500 deputados, existam aqueles que, apesar da luta parecer insana e utópica, depositam a fiel esperança de que conseguiram mudar a imagem e confiança do povo na Casa Legislativa do BRASIL neste último dia 17.  

Em Avaré não é diferente. Hoje está prevista a discussão sobre os salários dos vereadores, onde estão montando uma farsa, para diminuírem seus vencimentos em 25%, quando na realidade querem um reajuste de R$ 7.135,55 para R$ 7.842,00. Se você, como eu, acha que os mesmos não merecem o que já estão recebendo, vamos todos até a Câmara às sete horas, para que, no mínimo, aja uma redução de 50% nos atuais vencimentos. Se você não participar, amanha não venha se lastimar, pois estará se tornando cúmplice do que vai acontecer na Sessão Camarária do dia 18/04/16.

Sem brincadeira, vamos lutar por AVARÉ, e pelo BRASIL

J.Barreto


CONTRATOS ASSOCIATIVOS NA LEI DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA

Por Adriana Cardinali, advogada do Escritório Straube Advogados, Mestre em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Associada efetiva do Instituto dos Advogados de São Paulo – IASP*


Desde a entrada em vigor da Lei n. 12.529/11, toda e qualquer concentração entre empresas, quando atendidos os critérios de faturamento dos grupos econômicos envolvidos (mínimo de R$ 75 milhões de um lado e de R$ 750 milhões, do outro), deve ser previamente aprovada pelo CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Essa é uma condição para a consumação da operação, sob pena de aplicação de multa, que pode chegar a R$ 6 milhões, além da possibilidade de instauração de processo administrativo que pode levar à imposição de diversas penalidades, incluindo a determinação de desfazimento da transação, como ainda, de imposição de condições para eventual continuidade do negócio.
Por concentração entre empresas, deve-se entender aquelas operações definidas na lei como tal, desde uma fusão e aquisição (neste caso, de empresas ou ativos), a uma joint venture, um consórcio e um contrato associativo.
No caso dos consórcios, a lei exclui aqueles instituídos para fins de participação em licitações públicas, os quais ficam dispensados da aprovação do CADE, porque não são considerados concentração econômica para os fins da lei.
Dentre as transações previstas na lei como ato de concentração, a maior dificuldade seria a de entender o conceito de “contratos associativos”. Seria uma mera parceria? Um contrato com assunção conjunta de riscos? Enfim, diversas eram as dúvidas a respeito, até que o CADE editou a Resolução n. 10, em 2014, de modo a esclarecer quais seriam as hipóteses que configuram um contrato como associativo. Para tanto, deve-se, em primeiro lugar, entender se a relação entre as empresas no objeto do contrato tem natureza horizontal (no mesmo mercado) ou vertical (ao longo da cadeia produtiva).
Se a natureza da relação for horizontal, será considerado o contrato como associativo sempre que a soma de suas participações no mercado relevante afetado pelo contrato for igual ou superior a 20% e, portanto, deve ser submetido previamente à apreciação do CADE.
Se, entretanto, a relação for vertical, para que o contrato seja considerado associativo, pelo menos uma das partes deve deter 30% ou mais dos mercados relevantes afetados pelo contrato, e desde que exista o compartilhamento de receitas ou prejuízos entre as Partes, ou que, do contrato, decorra relação de exclusividade.
O grande problema, portanto, reside nas relações verticais, pois os critérios carregam conceitos vagos que podem levar a diversas interpretações. Assim, em caso de dúvida, a empresa, para se resguardar, pode fazer uma consulta formal ao CADE, que nunca poderá ser em tese, levando a situação concreta ao seu conhecimento, para que avalie se seria ou não um caso de contrato associativo. Assim, a empresa evita agir em desacordo com a lei e age com a mais absoluta transparência, evitando a eventual imposição de sanções, pelo desconhecimento da lei ou do entendimento da autarquia.
Mesmo com a Resolução n. 10, ainda existe uma certa dificuldade para identificar os contratos associativos, mas as empresas precisam estar atentas e fazer uso das ferramentas dispostas na lei, para sempre agir em compliance, evitando-se qualquer condenação.

 O COMBATE À CORRUPÇÃO E O MERCADO DE PARTICIPAÇÕES





Muito embora o Brasil já tivesse um arcabouço jurídico para tratar de atos de corrupção, especialmente em seu aspecto criminal, a Lei da Empresa Limpa (Lei n. 12.846/13) colocou o País em patamares equivalentes aos de sistemas desenvolvidos no combate à corrupção.
Com isso, não só os indivíduos, mas também as empresas podem ser investigadas por supostamente protagonizar esses atos ilegais. Mesmo que ainda não condenada, o envolvimento de uma empresa em investigações dessa natureza pode trazer consequências extremamente danosas para a companhia, ameaçando, em alguns casos, a sua própria existência.
Dentre os impactos de uma investigação e, eventualmente, de uma condenação, a desvalorização da companhia é um dos grandes prejuízos enfrentados, decorrente não só da questão de sua imagem, mas também pelas penalidades em potencial. Apenas para que se tenha uma ideia, no âmbito administrativo, pode haver a imposição de multa em 20% do faturamento bruto da empresa (do ano anterior ao início do processo administrativo) e, no âmbito judicial, as penas podem chegar à dissolução compulsória da companhia, sem falar no perdimento de bens e valores obtidos direta ou indiretamente da infração.
Esse aspecto de desvalorização é facilmente verificado nos escândalos atualmente vivenciados no Brasil. Para minimizar as consequências e, de alguma maneira, aumentar o patrimônio líquido da companhia, conglomerados econômicos alienam parcela de seus negócios e participações em empresas. Esse movimento traz um aquecimento no mercado de fusões e aquisições em um momento de crise, sendo certo que, se, por um lado, ocorre a desvalorização do ativo, por outro, pode ser uma oportunidade ao investidor, o que torna o negócio atrativo e pode minimizar tal desvalorização, pela possibilidade de aparecer mais de um interessado em adquirir.
Com preços bem menores, a equação risco-benefício de tais participações acaba ficando mais balanceada. Com efeito, ainda que a participação alienada seja de empresa não diretamente relacionada ao escândalo de corrupção, há riscos atrelados porque as companhias usualmente integram o mesmo grupo econômico e muito provavelmente estão submetidas a uma governança única. Uma duediligence adequada e um contrato que estabeleça responsabilidades entre as partes podem suavizar esse aspecto, mas é certo que a sucessão societária não exime o novo titular de responder pelos atos pretéritos perante a Administração Pública.


*Adriana Cardinali é Graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). A profissional é Mestre em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Associada efetiva do Instituto dos Advogados de São Paulo – IASP. A advogada é Membro da Comissão de Direito Bancário da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, tendo atuado como Secretária em 2007; Membro da Comissão de Direito e Internet do Instituto dos Advogados de São Paulo; Membro do Grupo de Direito Constitucional da University College of London; e atuou como assistente de Conselheiro no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional do Ministério da Fazenda.
 

VAMOS BATIZAR AS ESCOLAS?

José Renato Nalini, secretário da Educação do Estado de São Paulo

Inúmeras escolas estaduais ainda não têm nome. Não se escolheu o patronímico indicado para designá-las. Entretanto, é usual e é saudável que um estabelecimento de ensino tenha um patrono. Seu nome é o de verdadeiro “padroeiro”. Paradigma inspirador das novas gerações que ali aprenderão o essencial para sobreviver, como o treino social, o exercício da cidadania, a qualificação para o trabalho. Mais importante do que tudo isso, é preparar o aluno para ser feliz. Ser protagonista de seu destino e não peça manipulável de uma concepção fatalista impregnada de melancolia.
Nomes dignos existem e precisam ser lembrados. Quantas professoras/professores ofereceram sua vida pelo Magistério? Heróis anônimos, responsáveis pela formação cidadã de várias gerações. Os próprios ex-alunos se sentiriam recompensados ao ver o nome do mestre querido a ornamentar uma escola que continua a se responsabilizar pelo aprimoramento da infância e da juventude em nossos dias.
O ideal seria que a própria escola protagonizasse o processo de denominação. Pesquisasse, fizesse consultas, até concursos para votar o nome que mereceria a distinção. A partir daí, o nome vencedor será oferecido à consideração da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pois é essa Casa do Povo, a “caixa de ressonância das aspirações populares”, de que falava Montesquieu, a competente para, mediante projeto de lei, converter a vontade da comunidade interessada num comando normativo.
Vamos batizar as escolas que ainda não têm nome. É individualiza-las, dar a elas um signo distintivo, oferecer um patrono que passará a representar os ideais a serem perseguidos pela educação pública, na sua gloriosa trajetória que tem inumeráveis exemplos de êxito.
O alunado é muito importante nesse projeto que vai tirar da indefinição patronímica as escolas paulistas. Ele, o destinatário da missão de toda a rede pública bandeirante, pode e deve participar desse processo de denominação. Sentir-se-á mais vinculado à escola, terá um sentido de pertencimento efetivo, poderá considerar-se também padrinho desse verdadeiro “batismo” de sua escola, que é escolher um nome honrado para designá-la e ser ostentado com orgulho em sua fachada.
Qual será a primeira comunidade escolar a habilitar-se a iniciar esse importante processo? 
 
ROSANGELA


A vereadora Dra. Rosangela apresentou uma proposta na Câmara sugerindo a possibilidade de se criar convênios público-privado para conservação, revitalização e manutenção de monumentos, prédios, praças e outros bens públicos, com pessoas físicas ou jurídicas. Não seria a criação de lei impondo a alguém a obrigatoriedade de aderir a esta proposta, mas sim possibilitar legalmente a participação popular em ações inerentes à Prefeitura.
Ontem fiquei sabendo que por pressão da maioria da Casa ela retirou esta proposta, pois os mesmos alegaram que os empresários avareenses estão passando por muitas dificuldades, portanto não seria oportuna tal proposta. Dra. Rosangela, eu sei e a senhora também sabe que não é fácil guiar cegos, ou dialogar com surdos, mas em minha opinião a Senhora deveria manter seu ponto de vista, pois o mesmo é extremamente coerente, e vem de encontro ao que se pratica em todo o mundo civilizado, onde a filantropia faz parte da índole dos cidadãos. A prevalecer à tese contraria, não só a Prefeitura tem dificuldades, mas sim, toda a Avaré está falida, e isto não é verdade.
Srs. vereadores, se tiverem tempo deem uma passadinha em frente ao Lar São Vicente de Paula, e vejam o belo trabalho executado com as colaborações voluntárias, entre outras, das firmas Via Marconi, Vale do Rio Novo, Bizungão e a própria população, que transformou aquele espaço bucólico em um ambiente prazeroso e em sintonia com a cidade. Assim como estas firmas; respeitando as proporções, temos em Avaré muitas outras firmas sólidas que garantem a nossa liderança regional, seja na prestação de serviços, no comércio, na indústria e no agronegócio.
Não subestimemos e nem duvidemos da capacidade de superação, e de civilidade deste povo laborioso que ama e luta por uma Avaré sempre melhor.

J.BARRETO

P.S. A nossa família vai procurar a Secretaria do Meio Ambiente, e se permitirem, vamos adotar a manutenção e revitalização da Praça José Barreto. 
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          
Despesa ou Investimento?


Despesa é todo gasto que dá sustentação a uma pessoa, ou a uma entidade, seja ela pública ou privada.
Investimento é toda aplicação tanto monetária quanto material, buscando um retorno financeiro a quem o aplica.
Tomei conhecimento pela mídia que a Prefeitura não vai proporcionar os enfeites de fim de ano, tanto nas ruas quanto nas praças, em razão da falta de caixa, fato este do conhecimento de qualquer cidadão. Nesta mesma reportagem o presidente da ACIA diz que enfeitar a cidade não é despesa, mas sim investimento.
Ele tem razão, pois toda despesa empregada na divulgação, tanto visual, escrita ou falada que atraia consumidores para o comércio torna-se um investimento. Agora pergunto, o que tem feito a ACIA nestes últimos anos para ornamentar a cidade? Eu mesmo respondo, NADA este ano, e uma merreca o ano passado. Nós temos um comércio pujante, referência em toda nossa região, mas que só olha o seu próprio umbigo, achando que só pagando seus impostos o resto é problema dos outro; torno a perguntar, onde está a cidadania de cada membro da ACIA? 
Em muitas cidades, o comércio faz parceria com a prefeitura e dividem as despesas, já em Cascavel a prefeitura enfeita praças e cada loja é responsável pela decoração em frente ao seu espaço, e muitos comerciantes se unem e dividem as despesas para a decoração das calçadas.
De fato, a ACIA tem um quadro de 800 associados, e entre eles grandes comerciantes, e se a diretoria quiser realmente liderar sua classe em benefício de Avaré, no próximo ano poderemos ter um espetacular fim de ano. Agora, não adianta ficarem jogando culpas uns nos outros, é hora de unirem forças e criarem parcerias ente a ACIA, a Secretaria da Cultura e a Secretaria do Turismo, e num diálogo honesto e sincero trabalharem coesos para os próximos eventos, e não somente as comemorações de fim de ano. A palavra agora está com o Sr. Jamil, ele que se manifeste.

J. Barreto

P.S.: Pelos esforços pessoais dos funcionários da Casa de Artesanatos, alguns pontos da cidade receberão ornamentação, sem custo adicional para a Prefeitura.



A Galinha de Ovos de Ouro

 Havia um reino que vivia sempre em crise, onde as contas nunca batiam com as necessidades do povo. Foi quando um grupo de técnicos e cientistas se reuniu e disseram: “- Nós também temos que criar uma galinha que bote ovos de ouro como a da fábula.” Depois de muitos cruzamentos, muitas clonagens e muitas hibridações, enfim conseguiram criar a galinha ideal. Esta galinha foi entregue a um guardador para ser cuidada e protegida de todos os perigos e de todas as tentações. Porém quando ela começou a por seus primeiros ovos, por força do costume do reino houve a troca do guardador. Este novo guardador ficou tão entusiasmado com os ovos que começou a distribuí-los sem nenhum critério prático, pois pensava que ao distribuí-los e agradar os beneficiados não seria substituído como seu antecessor. Tudo estava dando certo, o povo o estava endeusando e ele se sentiu tão empolgado que se esqueceu de cuidar da galinha. Ela coitada se sentiu tão desamparada que começou definhar e seus ovos começaram a ralear, e já não conseguia bancar as trapalhadas de seu guardador e de seus cupinchas. Agora que a galinha está agonizando, bateu o desespero nele e em toda sua corriola, pois o povo percebeu o logro que lhes impuseram, e já começaram a exigir explicações.  Infelizmente ainda não sabemos como vai terminar, mas temos certeza que se ela voltar a ser bem tratada voltará a exercer seu trabalho como foi no início de suas atividades.

            J. Barreto

E.T.: A galinha é toda a classe produtiva, desde o menor dos operários até os mais altos empresários, que contribuem com seu suor e seus impostos para manter a saúde e o bem estar de todo um reino, agora o guardador e seus asseclas dispensam apresentações.


Eminência Parda


Este tema, Eminência Parda, surgiu no Vaticano entre os séculos XVII e XVIII, e envolvia a Companhia de Jesus (Jesuítas).
Erroneamente se atribui a eles um exercício paralelo dentro da instituição vaticana em prol de seus interesses. Na realidade, as Eminências Pardas, buscando salvaguardar interesses comerciais e sociais das elites, criavam fatos negativos envolvendo os Jesuítas.
O fato real é que os Jesuítas foram os precursores dos direitos humanos e da igualdade social, quando combatiam os regimes escravagistas e toda desigualdade social, para tanto criando colégios pelos poderosos, criando assim uma rede de intrigas e mentiras, que culminaram com a dissolução da ordem dos jesuítas, mas que foi restabelecida canonicamente em 1814, com a bula Sollicitudo omnium ecclesiarum de Pio VII. Eles não foram os algozes, mas sim as vítimas, mas como muitas vezes acontece na história, os fatos por força das intrigas foram invertidos.
Atualmente toda pessoa ou entidade que exerça um papel paralelo junto aos poderes públicos é denominada eminência parda, pois trabalham na surdina, quase sempre buscando desestabilizar a ordem, buscando seus interesses pessoais ou corporativos. Infelizmente no Brasil a figura do eminência parda é praticamente institucional, pois a encontramos em todos os setores da vida pública. Ela já nasceu com a colonização do Brasil e perpetua até hoje. Quem não a identifica no governo federal, no senado e na câmara?
Ela está presente em quase todos os governos estaduais, em quase todas as câmaras estaduais e municipais, e em quase todas as prefeituras. Eu disse em quase todas, pois felizmente Avaré está livre desta praga, pois o prefeito e todo seu secretariado exercem suas funções sem interferências alheias, e todos voltados para o bem comum. Nossa câmara sempre foi e é um exemplo do exercício democrático, onde cada membro manifesta sua opinião e seu saber, sem interferência de seus pares, num claro procedimento individual.
Salve Brasil, Salve Avaré, e Salve Francisco, o Papa Jesuíta.
J. Barreto


A Formiga e a Cigarra

A formiga, em seu instinto genético de milhões e milhões de anos, intuitivamente sabia que o próximo inverno seria muito rigoroso. Ela e suas companheiras então começaram, em um ritmo frenético, a estocar alimentos suficientes para sustentar toda a colônia para o período porvir. A cigarra, que não era muito afeita ao trabalho, não se preocupava com o dia de amanhã e passava todos os dias cantando, desde o nascer até o pôr-do-sol. Quando o inverno chegou, a cigarra se encontrou totalmente desprevenida, e ela então já não encontrou mais nada para sua sobrevivência. Ela, ferida em seu orgulho, humildemente foi pedir socorro à formiga. Modestamente disse à formiga que ela tinha sido insensata e não havia se preocupado em estocar comida e que se não fosse socorrida morreria de fome e frio. Disse então a formiga: “-Todas estávamos preocupadas com você, pois sabemos que você não teve tempo de estocar comida, pois passavas os dias todos a amenizar nossos trabalhos e nossas fadigas com o teu canto, que nos dava conforto e ânimo sobre aquele sol escaldante. Portanto seja bem vinda e fique conosco até o próximo verão. Você cantou, agora dance e festeja conosco a fartura que hoje temos”.
A humanidade é um misto de formigas e cigarras. Os seres humanos, em sua origem eram todos cigarras, pois nada produziam e sobreviviam apenas do que colhiam, mas esta coleta foi ficando mais distante e escassa, até que alguém teve a ideia de enterrar uma semente na terra, e este foi o espermatozoide de proveta que fecundou o seio da terra; e foi o primórdio da Ciência Agrária, que num progredir constante chegou ao tempos atuais..
Todos os povos e em todos os tempos, por mais primitivos que sejam , tinham e têm seus momentos de cigarras, com seus cantos e suas danças. As formigas são todos aqueles que se dedicam aos setores produtivos, tanto nos âmbitos agrários quanto nos ambientes urbanos. Mas são as cigarras, que embora não sejam produtivas, é que dão incentivos, sabor e ânimo na vida das formigas, que precisam de um momento de “relax”. Embora as formigas sejam as bases de sustentação da vida na terra, muito poucas são as que permaneceram na memória da história, já muitas cigarras ao partirem deixaram suas cascas guardadas nas árvores como lembranças e deleite da posteridade. E como exemplo; na literatura citarei os codificadores que deram alicerce a seus idiomas; Dante Alighieri e a Divina Comédia, Camões e Os Lusíadas, Cervantes e Dom Quixote, Shakespeare com Romeu e Julieta, que com seus romances definiram o padrão de suas línguas. Nas músicas, nas pinturas, nas esculturas, nas artes cênicas e outras manifestações mais, temos miríades de cigarra que permanecerão para sempre, inclusive o próprio Esopo.
Sem as CIGARRAS esta vida seria muito “chata”!
 J. Barreto   
E.T. Se até o grande La Fontaine plagiou Esopo, então me dei o direito de plagiar outros plagiadores.

MIGALHAS
Dra. Rosangela, tenho escrito alguns textos criticando as atitudes desta Casa, mas deixando nas entrelinha que há exceções, poucas, mas existem e deixo perceber que a Sra. é uma delas. Infelizmente, a Sra. deixou transparecer que é mais uma farinha do mesmo saco. Realmente, um vereador não pode ganhar migalhas, mas muito menos ganhar mais do que produz. Alegar que vocês se dedicam com emprenho nos seus trabalhos de vereadores não me convencem, pois todos vocês tem suas profissões e que são seus ganha-pães, e a vereança é apenas um bico. Todos vocês tem seus assessores, os quais, pela lógica, é quem deve(m) buscar informações, buscar fatos e opiniões e transmiti-las para vocês vereadores, para que tenham argumentos em suas falas plenárias. Portanto, junto à MIGALHA que vocês recebem, vem à migalha de seus assessores.
Se realmente os vereadores ganham uma MIGALHA, ou se não fossem remunerados, naturalmente haveria uma seleção, pois aqueles que buscam somente um salário não se aventurariam numa disputa, e assim abrindo espaço a quem realmente se preocupa com a cidade, e não somente com seus próprios interesses. O Dr. Ernesto, a meu ver, é um vereador sempre atuante, procurando sempre estar presente onde haja algum fato relevante para a cidade, mas agora, dizer que o subsídio dos edis é intocável perante a lei não me convence, pois as leis e a justiça têm meandros tais que com boa vontade e competência em tudo se dá um jeito. Para honrar seus juramentos de posse, não esqueçam que na democracia todo poder emana do povo, e por ele será exercido. Se alguém esqueceu esta premissa, basta entrar pelo auditório de cabeça erguida e lê-lo bem em frente à entrada.
J.Barreto

CÂMARA
(Uma sátira)
Hoje fiquei sabendo que um grupo de cidadãos está protocolando um pedido de audiência pública na Câmara para debater o movimento popular visando à redução do salário dos vereadores. Digo, já de antemão, que sou contra tal proposta, pois eles abrem mão de todas as suas atividades para se dedicarem única e exclusivamente as suas atividades parlamentares. Além dos afazeres do dia a dia, eles são presença constante e ativa em todos os CONSELHOS MUNICIPAIS, levando aos mesmos seus saberes e suas opiniões, e também tomando conhecimentos das demandas de cada conselho. E digo mais, após um merecido recesso de fim de ano, e após um exaustivo semestre de cinco meses, é mais do que justo e necessário que os mesmos gozem de um pequeno recesso de trinta dias em julho. Embora seja justo e necessário este período de “relax", a cidade fica paralisada, e aguardando ansiosamente as atividades camarárias. Nossos edis são tão atuantes em defesa da cidade e seus cidadãos, que contamos até com um genérico do Eduardo Cunha. Portanto devemos sim participar da audiência pública proposta para o dia 17/8, e assim podermos demonstrar nosso apreço e nosso reconhecimento ao trabalho de nossos valorosos defensores. Nossos vereadores são tão dedicados em lutar pela população, que alguns resolveram fazer da vereança uma profissão, mesmo em prejuízo de seus outros afazeres.
Não sejamos ingratos e nem omissos, vamos todos prestigiá-los no dia 17/8.
J. Barreto

Inverno: um aliado para a
perda de peso e medidas


Pode não parecer, mas o inverno é a estação do ano mais propícia para a perda de peso e medidas. Afinal, a aceleração metabólica do organismo provocada pelo clima mais frio facilita a queima de calorias e a definição muscular. Porém, como não existem milagres na estética, nunca é demais advertir: o facilitador climático só ajudará de fato quem adotar uma postura disciplinada e responsável. 
Bom, se o leitor ou leitora for um observador (a) atento (a) certamente estará se perguntando: se o inverno favorece a perda de peso, por que as pessoas costumam engordar nessa época do ano? É simples: porque o frio nos impulsiona – e na maioria das vezes convence – a adotarmos hábitos menos saudáveis do que os períodos mais quentes. 
Um desses hábitos, por exemplo, é o de ficar mais tempo debaixo das cobertas sem fazer nada.Outro é a tendência natural de comermos mais pratos quentes e calóricos.Comendo mais e se movimentando menos, o resultado só pode ser o aumento das reservas de gordurano corpo. Essas novas gordurinhas geralmente ficambem escondidas debaixo das roupas largas típicas do inverno e, quando percebemos, já é tarde...
Desta forma, não adianta esperar que o metabolismo faça “milagres”se não resistirmos às armadilhas do frio. Por outro lado, se temos consciência dessa tendência, por que não começar a pensar em estratégias para mudar esse quadro? Por exemplo, a simples conduta de manter no inverno os mesmos hábitos das estações quentes já seria suficiente para notarmos diferenças em nosso corpo. 
Masse quisermos realmente usar todo potencial do inverno a nosso favor, recomenda-se aumentar a frequência de exercícios físicos bem orientados, seguir uma boa dieta e beber muita água. Seguindo com disciplina essas dicas, qualquer tratamento estético que envolva perda de medidas trará resultados surpreendentes. Para lhe ajudar na motivação, lembre-se que os ‘sacrifícios’ do inverno serão recompensados com um belo corpinho no verão!
Rosangela Nishijima é especialista em Shiatsu, terapias orientais e técnica em Estética.


Brasil – Um país indefeso


Só os estados de Wisconsin, Pensilvânia, Michigan e W. Virginia formam um contingente de mais de 2.300.000 de caçadores, some-se a eles os caçadores dos outros 46 estados e chegaremos a aproximadamente 30.000.000 de armas nas mãos destes cidadãos. Este número é muito maior do que o exército institucional de qualquer país, aí incluindo o próprio USA, que tem a maior força militar do mundo. São eles que voluntariamente garantem a integridade do território americano.
É por estas e outras razões que qualquer iniciativa de desarmamento da população jamais será aceita pela nação.
Mesmo com este número de armas nas mãos civis, a violência per capta dos americanos está entre as menores da terra. Já as forças armadas do Brasil estão sucateadas, desarticuladas, desprestigiadas e incapazes de corresponder às funções que lhe são atribuídas. Infelizmente, estamos incapazes de nos defender de qualquer ação que viole nossa integridade, tanto interna quanto externa. Tem-se a impressão de que este descaso com nossa defesa é proposital, e vise interesses alheios aos interesses do Brasil.
Nós brasileiros de bem estamos proibidos, e até é ato criminoso termos em casa um simples revólver, embora o mesmo pudesse inibir a invasão de nosso lar pelos criminosos, que hoje agem comodamente, sabendo que não haverá reação.
As propriedades rurais são presas fáceis de ladrões e de grupos que invadem, destroem e se apropriam bens e de terras que foram adquiridas a duras penas pelos seus donos. É estarrecedor saber que um ex-presidente afronta a sociedade ameaçando por o exército do Stadili na rua, numa clara afirmação, e que o Brasil sabe ser verdade, que estes grupos de baderneiros estão bem municiados, tanto por grupos esquerdistas nacionais quanto estrangeiros. Quando em 1964 o Brasil se via ameaçado por esta fênix do mal, que hoje está voltando a agir, tínhamos uma força armada que harmonizava o exército, a marinha e a aeronáutica, e que respondendo ao clamor da sociedade, pôde agir e salvar a democracia nacional.
Hoje, infelizmente, o quadro é outro, não por culpa dos militares que sempre foram e são patriotas por natureza, mas sim por um desmanche articulado por ideologias retrógradas que fracassaram em todos os países que as adotaram.
Toda minoria é organizada, e este movimento trabalha em diversas frentes e em todas as regiões do país como uma ponta de lança para abrir caminho a uma ação conjunta e tomar o poder no país. Sendo o Brasil um país de dimensão continental, e se houver uma multiplicação de invasão às instituições legais, quem poderá detê-los? Com os militares desprestigiados, convivendo com infiltrações de militantes revolucionários, alheios aos ideais de honra à Pátria, e com um povo desarmado, nos tornaremos presas fáceis destas hordas de vendilhões da Pátria. Infelizmente, não podemos contar com os políticos, e com raras exceções, tampouco com a Justiça.

J. Barreto

P.S.: Sobre os caçadores americanos, busque no Google, com


Aristeu Rodrigues Isaías Filho
Um Fazedor de Amigos

Aristeu tinha o dom inato de cativar a simpatia de todos os que o conheciam.  Qualquer grupo de amigos ficava mais animado com sua chegada, pois sempre vinha com um sorriso contagiante e um papo animador.
            Para ele não havia distinção entre Francisco ou Chico, a todos tratava com o mesmo respeito e a mesma atenção.  Foi um esposo, um pai e um avô extremamente amoroso e, espontaneamente, demonstrava todo o seu carinho.

         Aristeu poderia ter sido o cronista da cidade, pois, com sua memória privilegiada, guardava todos os fatos do dia-a-dia e históricos, jamais se esquecendo de um nome ou de uma data, por mais remoto que tenha acontecido. Era carinhosamente chamado de um oceano de sabedoria, o véio do rio, o rei da alegria e tantos outros adjetivos o descreviam.
            Aristeu viveu como sempre quis brincalhão, festeiro, animado e animador, sem dar muita atenção às convenções seguia a vida sem restrições e era isto que o fazia uma pessoa especial.
            Aristeu se foi, mas sua aura ficará para sempre em seus familiares e em seus amigos.
            Já com muita saudade, mais uma vez nos despedimos de você, seus sogro na lei e pais no coração, sua esposa, suas filhas, seus netos, seus genros e seus cunhados e sobrinhos. Pelas mais de quatro décadas em que alegrou, iluminou nossa família e pelo orgulho que tinha de nós e que nós tínhamos de você que sempre se considerou um BARRETO, se não por lei, mas por orgulho e por direito, obrigado pelos momentos inesquecíveis!
Descanse em paz e leve consigo aos céus a alegria que deixou aqui na terra. E, que DEUS, nosso Senhor, o tenha em seus braços!

 J. Barreto.
 SALA DE ESPERA

Prólogo: “Dois caseiros de chácaras vizinhas começaram um bate papo amistoso, até que um deles começou enaltecer a riqueza de seu patrão. O segundo caseiro não querendo ficar em desvantagem, também passou a elogiar a fortuna de seu patrão. E neste embate de réplica e tréplica os ânimos foram se exaltando e chegaram até as vias de fatos.”.
Geralmente, quando chegamos a uma sala de espera encontramos um espaço com revistas, mas quando nos aproximamos quase sempre nos deparamos com as revistas Caras, Casa e Jardim ou outras publicações do mesmo gênero.
Agora pergunto: o que estas revistas trazem de interessante para seus clientes ou pacientes? , quando as mesmas abordam reportagens surreais aos mesmos, causando-lhes o mesmo impacto de um conto de ficção. Creio que a exibição destas revistas tenha a intenção subconsciente de demonstrar o status social e econômico de seus possuidores. Com exceção da revista Casa e Jardim que é voltada para os profissionais da construção civil e aos paisagistas, talvez Avaré não tenha um por cento de seus cidadãos gabaritados para frequentar o ambiente de tais publicações.
Avaré possui diversos jornais que abordam fatos locais e de nossa região, mas não encontramos nenhum deles nas salas de espera, assim também não se encontra revistas que tenham reportagens do Brasil e do mundo. Valorizemos o que temos e não o que os outros têm.

J.Barreto

Descoberto ninho de corrupção mundial
Se a Justiça não anda o HSBC agradeceGlobo esconde, quase toda a Mídia esconde, provavelmente porque estão todos lá. Mesmo assim a casa caiu, um grande ninho da corrupção mundial, com 100 mil corruptos, entre eles mais de 8 mil brasileiros, foi desbaratado. Mas nossa Justiça finge que não é com ela. Sequer há Processos ou ao menos Inquéritos concluídos ao que se sabe. Na França já temos julgamentos marcados e 62 Inquéritos prontos. E aqui?

Eros Alonso
JTN



Ela aqui, quando anda é com réu pobre normalmente. Agora mesmo temos o escândalo do HSBC, o desbaratamento de uma gigantesca quadrilha mundial de grandes empresários, artistas, atletas, todos desviando e sonegando bilhões e nossa Justiça ainda nada fez.  Enquanto a França já terminou a fase de investigações dos primeiros 62 Inquéritos no último dia 12 de fevereiro,  e poderá abrir  3 mil Inquéritos,  caso a Justiça francesa decida investigar todos os 3 mil franceses com contas na Agência Secreta do HSBC da Suíça, no Brasil nossa Justiça não deu um passo sequer que se saiba. A Agência secreta  possuía mais de cem mil contas secretas do mundo inteiro, guardando sorrateiramente mais de 100 bilhões de dólares, de cem mil milionários do mundo inteiro, destes, mais de 8 mil são brasileiros, e guardam lá mais de 20 bilhões de dólares. O Brasil é um dos países que mais tem contas lá. Na França, o 1º julgamento já está marcado. É de uma milionária da área de perfumes, Arlette Ricci, acusada de esconder mais de 22 milhões de dólares de autoridades tributárias francesas por meio de uma conta bancária no braço suíço do HSBC. Ela é julgada por fraude tributária, lavagem de dinheiro e falência fraudulenta para evitar impostos.  Ricci, de 73 anos de idade, que nega as acusações, pode enfrentar até cinco anos na prisão e uma multa de 75 mil euros Mas e o Brasil? Nenhuma autoridade judiciária tomou qualquer atitude até hoje para receber essa lista de nomes e processar devidamente praticamente quase todos os correntistas da agência, repito, mais de 8 mil brasileiros bem ricos? E se a Justiça fez algo nesse sentido esconde de todos. E nossos levantamentos indicam que a senadora Elizabeth Warren, do Partido Democrata dos EUA,  mais corajosa que toda a bancada do PT no Senado, pediu na Justiça que todos sejam processados e paguem em dinheiro e  prisão. Como consequência, New York Times da terça-feira (10/02) apontou que a Justiça americana vai processar os bancos Barclays, JPMorgan Chase, the Royal Bank of Scotland, Citigroup, Deutsche Bank, Goldman Sachs,  Credit Suisse e BNP Paribas and Société Générale por manipulação com moedas. Aqui nadinha, nadinha. Todo banco brasileiro é santo mesmo se provando o contrário. A nossa Justiça é igualzinho a estátua da ceguinha com a balança na mão na porta do Supremo, não ouve, não vê, não participa e a balança, ó meu Deus, tem o peso e a medida que a ideologia do réu necessita.  Como se sabe, o banco HSBC daqui  do Brasil, nos tempos risonhos de FHC, incorporou o Bamerindus na bacia das almas de José Eduardo Vieira, em cujo necrológio falta colocar a informação de que ele, então  dono do banco vendido a preço de banana para não pagar impostos, foi grande contribuinte do caixa 2 da campanha eleitoral de FHC. Acredita-se que na mesma linha tenha sido vendido o Banestado do PR. No rastreamento da gigantesca lavagem de dinheiro  ocorrida no Brasil durante a Privatização, via Youssef, que já fez Delação Premiada e esteve envolvido na venda desses bancos, temos uma conta nas Ilhas Caimão do Banco Opportunity, de Daniel Dantas, o homem que teve o Habeas Corpus mais rápido do mundo obtido em um Supremo, e dois ainda para ser mais exato, e durante a madrugada. Nessa conta havia mais de 400 brasileiros e muito do dinheiro localizado em Caimão era  possivelmente oriundo da farra com dinheiro público realizada durante o período de Privatizações no Brasil,  incluindo ai a metade da Petrobrás, da Sabesp e de muito mais, lembrando da Vale do Rio Doce com seis mil lavras sem avaliação alguma. Essa conta do Opportunity pode ter ido parar nessa agência secreta do HSBC, porque dizem que em Caimão a conta sumiu. Será? Mas no  Brasil, pode ser que surja outra gaveta profunda como a de De Grandis, o Procurador que perdeu na gaveta errada o Processo do Metrô de SP por anos, e a Justiça da Suíça por 8 vezes mandou recado; “ Olha nos pegamos um ladrão aqui, o dinheiro está apreendido”. De Grandis dormia e nada do nosso sistema judiciário funcionou. O resultado é que ficaram 16 anos roubando o metrô de SP sem parar, e pior, o ladrão pego pela Justiça da Suíça, porque é tucano graúdo e neles nossa Justiça até hoje não colocou as mãos, ficou anos julgando contas de Prefeitos e do governador, seu amigo. Para terminar, o povo não pode confiar jamais na Mídia, porque ela mente, esconde e deturpa. O assunto que agora escrevo explodiu no mundo inteiro. Na Argentina, que tem no caso mais de 4,6 mil contas de argentinos nessa agência fantasma do HSBC, quem lidera a lista é o grupo O Clarim, a Globo de lá, que não toca no assunto, mas lá tem Lei dos Meios,  existe imprensa livre e alternativa e o povo já está sabendo de tudo.  Agora no Brasil, é praticamente certo que os donos da Globo estão lá, assim como muita gente do mundo midiático, político, empresarial, artístico, esportivo e até religioso. Então, não esperem que esses fatos sejam divulgados na Mídia para saber a verdade. E se algo sair, podem ter certeza, será deturpado. Todos os ex-funcionários da Petrobrás estão sendo levantados pelos Promotores da Suécia. Algumas contas dessa gente já foram encontradas. Quem detém no momento a lista toda é o grupo UOL, que não pretende liberar a lista com os nomes dos quase 8 mil brasileiros. Vai divulgar seletivamente conforme o interesse político dos que a sustentam no Brasil, Folha de SP e revista Veja Inclusas muito provavelmente.  Isso indica que muitos de seus sócios e grandes clientes estão na lista. De qualquer forma, é apenas uma questão de tempo para que o nome de toda essa gente seja amplamente divulgado, com valores inclusos. O único problema é que a Justiça no Brasil despeja pobre com rapidez de super-herói, mas processa rico a passo de tartaruga, e enrola até prescrever. Que o povo pressione a Justiça para que ela ande e puna essa Elite especificamente listada agora, quando tem a faca e o queijo na mão, e todas as provas necessárias e dadas de mão beijada. Vamos ver se ganha brios e anda. Por enquanto prende os Beira-Mares da vida e deixa os Beira-Chupanças soltos. Todos os países estão tomando providências e punindo os correntistas da agência fantasma. Se deixarmos, aqui acaba tudo em pizza. E prenderam o  pobre, mas pobre mesmo do  nordestino Genoino, o mais pobre do Congresso, e entre esses 8 mil muitos bateram palmas. Que batamos palmas se a Justiça for decente agora. Mas haverá processos intermináveis, mesmo com todas as provas já levantadas. Se o povo não for para a rua exigir Justiça para os ricos do HSBC, é só pegar o cardápio e escolher. Pode pedir. Marguerita? Atum? Mussarela? Ou quem sabe a Quatro Queijos, bem mais a cara da Suíça. Sem pressão popular tudo acaba nas gavetas profundas dos Gurgeis e Brindeiros da vida.  Mas só no Brasil. Em outros países, é difícil dizer isso para um nacionalista como eu, essa vergonha não irá ocorrer. Todos serão punidos. E esses 8 mil vivem viajando pelo mundo e falando mal do governo e do Brasil. E muitos deles falam dos desdentados que votaram em Dilma. Vamos chama-los de “ honestos de dentes afiados do HSBC”. O dinheiro que deverá ser apreendido, se nossas autoridades permitirem e tiverem a coragem necessária, é a mesma quantia que Dilma tem que economizar em seu governo.

Exemplo de cidadania

A esquina das ruas Pará com a Ceara há muito tempo se tornou um mini lixão. Já na gestão anterior, para amenizar esta situação foi colocado um tambor, depois mais um e até um terceiro, mas quanto mais a Prefeitura tentava remediar a situação, pior os cidadãos se comportavam até mesmo vindo de outras vizinhanças para se aproveitar do lixão. Foram então tirados os tambores e em seu lugar uma placa “Vamos Jogar Limpo” tentava incentivar a todos a mudarem suas ações informando do decreto de lei estipulando multa aos infratores.
Ninguém parou, e esse lanche sujo e grátis servia para os cachorros rasgarem e se alimentarem, e o restante sendo deixados para os ratos, baratas, moscas e outros insetos, dando assim um aspecto degradante ao nosso ambiente. A pouco mais de um mês a Beth B. Dasko começou uma campanha de conscientização de nossa vizinhança, usando cartazes no local, fazendo visita nas casas, sempre enfatizando que cada um de nós é responsável pelo ambiente em que vivemos. A campanha foi constante e incansável e, mesmo com opiniões adversas a Sra. Elizabeth não se deixou desanimar. Hoje a nossa rua, a nossa esquina serve de exemplo para toda a Avaré, pois cada um de nossos vizinhos hoje tem uma consciência social que entende o respeito que devemos ter para com nossa comunidade e é um colaborador desta causa e sei que esta atitude coletiva será para sempre. Aproveitando esta deixa, acho um absurdo Avaré permanecer na contramão das demais cidades de médio e grande porte, e continue a fazer a coleta diária do lixo, só porque é uma tradição e um comodismo ultrapassado de nossa população.  Seria muito mais lógico e econômico se alguns bairros tivessem a coleta do lixo orgânico feitos nas segundas e quintas-feiras, e os demais bairros nas terças e sextas-feiras, e lixo reciclável nas quartas-feiras no centro comercial e suas adjacências, e nos sábados no restante da cidade. 
Pensar que os catadores de recicláveis com seus carrinhos de mão deem conta desta tarefa é pura utopia, pois os mesmos não têm condições físicas nem logísticas para tal intento. Se os Srs. comerciantes acharem que não tem condições de guardar suas embalagens por uma semana, sei que todos têm suas conduções, portanto podem levar os excessos até a Cooperativa dos Catadores no antigo armazém da sorocabana, e assim deixar o centro da cidade mais atraente para os avareenses e principalmente para os turistas que vem gastar o seu rico dinheirinho em nossa cidade.
Isto também, podemos chamar de educação e cultura e um cartão postal para uma cidade que se diz turística.
E, voltando a consciência social e exemplo de cidadania, não deixemos que esse problema e solução de lixo termine na esquina Pará/Ceará, busquemos que de todas as centenas de esquinas em Avaré acabem sendo exemplo para outras cidades brasileiras.


J.Barreto

AGUA - LUZ - ALIMENTO
                    Este é o terceiro texto em que faço uma analise sobre a água, pois tenho uma visão sobre este assunto oposta aos burocratas, não necessariamente oposta aos técnicos. Hoje para se construir um açude o proprietário rural enfrenta uma burocracia infernal que o induz a desistir de tal intento. Creio que se a Agência nacional das águas, o Ministério da agricultura, e o Ministério do meio ambiente se unissem na busca, não digo da solução, de uma politica que amenizasse a futura escassez de água, e consequentemente a falta de energia, com certeza o foco principal seria a construção de milhares e até milhões de pequenas, médias, e grandes barragens.  
Sei que um dos principais argumentos dos ambientalistas e dos ecologistas é a supressão da mata ciliar, e isto é um fato incontestável, porém com tecnologia e bom senso, pode-se criar novas A.P.P. no entorno das barragens. Se cada propriedade rural dispusesse de um número de barragens que fosse além de suas demandas, contribuiria com o conjunto das outras barragens, e assim teríamos um estoque hídrico suficiente para enfrentar as variações climáticas, pois elas são imprevisíveis. Hoje a falta de abastecimento urbano já esta sendo o assunto primordial da mídia, suplantando até mesmo o petróleo. Embora este fato seja o mais premente neste momento, não podemos esquecer que toda e qualquer atividade agrícola também não sobrevive sem água, e sem alimento o homem se torna em um animal em busca da sobrevivência, e a lei da sobrevivência anula a lei civil, e até a lei Divina.
Aquele pequeno chacareiro que faz parte dos  produtores familiar e pequenos proprietários é que abastecem os sacolões, os supermercados e toda a rede de distribuição que abastece toda a população brasileira com os alimentos do dia a dia também são dependentes da água. Agora pergunto, por que os órgãos governamentais em vez de dificultar, não buscam incentivar com tecnologia e até mesmo com incentivos financeiros para que cada produtor tenha seu próprio reservatório, para se proteger, e assim proteger toda a população consumidora? Espero que esta crise faça com que os burocratas e os eco ignorantes saiam de seus gabinetes e vão o campo conhecer a realidade atual e prever a futura, que poderá levar a uma convulsão nacional. Saibam estes falsos tecnocratas que a irrigação agrícola é uma necessidade insubstituível, e que em nada afeta a natureza, muito pelo contrario, ela é contribuinte, pois ao penetrar no solo parte dela vai abastecer os aquíferos, outra parte primordial é capitada pelas raízes que absorvem os nutrientes que alimentam a plantação, e que pela transpiração foliar ameniza o ambiente e colabora com a formação de nuvens, portanto a irrigação não é degradante. Sem irrigação não haverá agricultura capaz de alimentar a humanidade, e sem a proliferação de barragens não haverá agua suficiente para a irrigação.
Com esta politica também poderiam ser instaladas milhares de pequenas usinas hidrelétricas, que hoje contam com novas tecnologias, que usando menos água produzem mais energia, e que se conectando em rede poderiam suprir grande parte da demanda nacional.

J.Barreto



QUE MEDO?!?!?!

 Não há lei, direito ou verdade absoluta, pois quaisquer dessas manifestações podem ser confrontadas com outra lei, outro direito ou outra verdade.  Para exemplificar essa observação tomo o princípio da verdade.  Nós cristãos, de qualquer denominação, temos a Bíblia como um instrumento de inspiração divina, que contém todas as verdades anunciadas pelos profetas e pelos evangelistas, já os muçulmanos têm suas verdades contidas no Corão, Livro sagrado escrito pelo profeta Maomé, também de inspiração divina, porém a verdade para os Budistas estão contidas nos ensinamentos de Sidarta Gautama, que viveu na Índia  556 anos antes da era Cristã.
A lei é à base de sustentação da sociedade, harmonizando- a em seus múltiplos interesses, e para conseguir seus objetivos ela se multiplica, buscando garantir os direitos e obrigações de cada setor da sociedade.  Um dos pilares da democracia é a lei de imprensa, pois ela tem um papel primordial em sua fonte investigativa, denunciando os desmandos, valorizando as notícias, o lazer e a cultura em seus múltiplos aspectos. Nenhuma democracia pode se sustentar sem uma imprensa livre, porém, ética. Charlie Hebdo veio no rastro do satírico Hara-Kiri fechado em 1970 depois de satirizar Charges da morte de Charles de Gaulle, após a morte de 146 pessoas em uma boate, apenas oito dias antes.  O Charlie aparece em 1992 em um viés satírico, mas sem ética, repudiando crenças e etnias. Ele sempre foi um tabloide sem expressão, como um rebelde sem causa, que esteve fadado à extinção, e para tentar sobreviver resolveu cutucar a onça com vara curta, como diz o jargão popular.
Enfim seus diretores conseguiram seus objetivos, saindo de uma ínfima edição a uma edição de milhões de exemplares. Esta é mais uma vitória de Pirro, onde não houve quem pudesse comemorá-la. Quem praticou a chacina no Charlie não foi a religião muçulmana, que, embora desaprovasse sátiras com o profeta Maomé, se manteve em um silêncio obsequioso. Hoje as multidões, segundadas pelas autoridades, saem nas ruas europeias, principalmente em Paris, com cartazes e palavras de ordem, buscando chamar a atenção do mundo contra os radicais muçulmanos. No subconsciente elas estão imitando os movimentos migratórios das aves, dos mamíferos e dos peixes, que buscam formar blocos compactos para se protegerem mutualmente dos predadores. Na realidade eles pouco estão se lixando pelas atrocidades cometidas pelos Boko Rahan na Nigéria e outros países da África, onde são mortos milhares de inocentes e destruídos povoados inteiros, os Isis na península arábica onde se matam mulheres e criança em povoados inteiros por praticarem islamismo com outra vertente. Esses grupos insanos sim deveriam ser combatidos impiedosamente pelo conjunto das nações, dentro e fora da ONU, da OTAN ou qualquer outro órgão dos direitos humanos. Mas qual o que, eles são cidadãos de segunda classe e não lhes diz respeito.

J.Barreto


Um novo paradigma científico e religioso


Há grande manipulação por traz da expressão “mistérios insondáveis de Deus”. De fato, a limitação humana não abarca a imensidão infinita do Criador. Mas o limite do que podemos compreender sobre o Todo é bem maior do que profetizam alguns líderes religiosos. Há um novo paradigma científico, acessível a quem interessado estiver, capaz de demonstrar que fenômenos antes tratados como milagres são explicáveis – sem contradição com o conceito do divino.

Há que se registrar a existência de inúmeros líderes religiosos sérios, que não se aproveitam do menor grau evolutivo de seus liderados. Porém, é inegável a existência de pregadores que, ao invés de trazer uma mensagem libertadora à humanidade sedenta, fazem questão de ameaçar com o fogo eterno todos os que ousam subir um degrau no entendimento sobre a vida e seus mistérios. E, para silenciar quaisquer questionamentos, sobretudo os ligados a fenômenos tidos como milagrosos, basta dizer: são os mistérios insondáveis de Deus. É só repetir o refrão, já associado ao medo milenar, para que volte a reinar o silêncio.

Mas teria Deus feito uma obra tão grandiosa quanto o universo para que compreendamos apenas uma infinitesimal parcela dele? Não seria de amplo interesse Daquele que nos ama que abandonássemos as trevas da ignorância para nos aproximarmos Dele, o Senhor de toda a Sabedoria? Não foi Jesus, o Cristo, quem disse “Conhecerei a Verdade e a Verdade Vos Libertará”? Quem está se beneficiando com a ignorância do ser humano? Hoje, a ciência está do lado das mentes inquietas que desejam usar o conhecimento verdadeiro para fazer o bem.

Àqueles que se animam com a possibilidade de expandir a consciência em relação à realidade, recomendo pesquisar sobre a experiência da Dupla Fenda. Nela, comprovou-se que um único elétron (um dos tijolinhos formadores do que se chama de matéria) consegue passar por duas fendas ao mesmo tempo. Numa escala maior, seria como se uma bola de bilhar pudesse passar por duas janelas simultaneamente. Esta experiência foi um dos fundamentos para o surgimento da Mecânica Quântica, que contribuiu para a criação de satélites e celulares, tecnologias provavelmente classificadas como “milagrosas” em séculos passados. Aos interessados em se aprofundar no assunto com uma explicação simples, busquem o documentário “Quem Somos Nósno YouTube.  

Consegue imaginar as implicações desta descoberta? Algo quase inconcebível no atual paradigma. Mas é extremamente doentio saber da existência de um estudo dessa magnitude e não se aprofundar nele para, ao menos, formar uma opinião. Quem assim procede fica alheio à própria realidade e à mercê de discursos de líderes interessados somente em poder. Aos que imaginam um Deus distante e punidor, se impõe o sofrimento nesta jornada terrestre. Aos que sabem do Deus amoroso que habita dentro de nós, o autoconhecimento é o alívio.


*Cássio Gonçalves é músico e jornalista

MARCOS B. RUTIGLIANO
 A criação do Plano Diretor é uma exigência legal para todos os municípios brasileiros  com mais de 20 mil habitantes. Grande parte desses municípios, inclusive o de Avaré relutaram ao máximo para a sua efetivação. Como a implantação do Plano Diretor cria uma ordenação física e organizacional de abrangência atual e futura, criando regras a serem seguidas pelos poderes executivos e legislativos, ele sempre encontrou resistência para a sua execução.
 Em Avaré, houve algumas tentativas para a sua elaboração, mas como tinham  mais viés politico do que técnico foram fadados a rejeição . Em razão do descaso como era tratado esse assunto, o Ministério Público viu por bem acionar os poderes municipais para implanta-lo com certa urgência. Deliberou-se então que a instância mais adequada para a sua elaboração seria a AREA, e assim foi decidido. Para a felicidade de Avaré, a AREA tinha e tem em seu quadro uma pessoa com profundo conhecimento deste assunto, com uma grande dose de liderança, e principalmente um inabalável senso cívico. Sob sua liderança, e jamais sob sua imposição, formou-se um grande grupo de cidadãos e cidadãs, voltadas para os interesses da cidade, que se reuniam semanalmente durante um grande período, buscando a elaboração mais abrangente e técnica para apresentá-lo à Prefeitura e à Câmara.
Aprovado o Plano Diretor pela Câmara, em seguida formou-se o conselho do mesmo, que por um ato de justiça o elegeu presidente. Sua luta foi ainda maior quando efetivamente o Plano Diretor entrou em funcionamento, pois era preciso dar transparência a todas as ações aprovadas em assembleias. Como foi dito acima ele teve a sorte de contar com o apoio de abnegados colaboradores e que até hoje continuam firmes na defesa dos interesses de Avaré. Ele teve, e o Zanella ainda tem a Silmara como sua escudeira mor.
Na adequação dos conselhos setoriais ele estava sempre presente, para assim dirimir algumas dúvidas. Tenho certeza de que em alguns anos o seu nome será lembrado como um dos grandes benfeitores de nossa Cidade. Obrigado Marcos, e continue a prestigiar esse nosso conselho com suas sábias observações.

J BARRETO 


Mais alguns ? Ou mais dos mesmos?

Eros Alonso
JornaL TaquarY NewS
MTb 11.866

O que falta é vergonha na cara para “mais alguns” da Imprensa
A grande Mídia perdeu o caráter faz tempo. Mais que se prostituir, virou dona do bordel. O Estadão, para não colocar o nome do PSDB, PTB, DEM e outros partidos apêndices, usou o termo “mais alguns”  em sua manchete. Pura piada. Será que tentam retirar o PSDB do escândalo da Petrobrás? Segundo o MP tudo começou há mais de 15 anos quando o presidente da Petrobrás era presidida por Henri Philippe Reichstul, indicado por FHC. Esse mesmo presidente tentou privatizar a Petrobras e até mudar seu nome para Petrobrax, e no apagar das luzes do governo de FHC fez negócios com a espanhola Repsol, gerando milhões em prejuízos para a Petrobrás .O caso Repsol está engavetado na Justiça até hoje e assim como muitos outros Processos envolvendo o PSDB, ficam empoeirados nas gavetas da Justiça aparelhada. De 1997 para cá o sistema de comissões nunca parou de funcionar. Centenas de pessoas de vários partidos possuem contas com dinheiro ilícito na Suíça e em paraísos fiscais. E a conta do Opportunity em Ilhas Caimã? E os milhões que a filha de Serra desfilou até pela capa da Forbes? O Brasil tem mesmo a oportunidade de limpar a casa. Mas será a elite quem mais será exposta e mais terá que pagar. Pela primeira vez vemos corruptores presos e não os corrompidos. Na verdade, ao longo dos últimos 30 anos os empresários presos sistematicamente corromperam autoridades e essas ou pagaram na Justiça ou nas urnas. O povo castiga e não vota mais no sujeito. O problema é que alguns políticos são protegidos pela Mídia. É o caso de Cunha, o deputado do PMDB do Rio, que só pelas doações de sua campanha eleitoral, já podemos traçar um perfil de seu caráter ausente. Quem quiser que olhe as páginas do TSE. São protegidos, mas  colecionam Processos como Serra, que tem 19, e a Mídia esconde do povo. Não porque quer proteger esses políticos, mas porque se serve deles. Alckmin acabou de repassar 155 milhões de reais para a Veja, Folha, Estadão, Globo e afins. Pagamento de campanha? Deve ser porque Alckmin foi protegido, seus erros escondidos do povo, mas não dá mais para esconder a torneira seca. Faz 15 anos que Cantareira seca sem parar. Tudo previsto , até as obras que deveriam ser feitas. Mas não, nada foi feito. A opção do Alckmin foi dar lucros aos acionistas. De quando compraram a Sabesp até hoje tiveram 612% de lucro, 14 bilhões de reais. Metade aos cofres públicos do Estado de SP, que só Alckmin pode explicar onde gastou, mas sabemos que não gastou onde devia. E a outra metade? No bolso dos acionistas. Mas havia um passivo quando compraram a Sabesp. Era a realização de obras de abastecimento da Grande SP. Por tanto, falar que é a seca a responsável  pela falta de água é uma grande mentira. Agora Alckmin quer 3,5 bilhões do governo federal. Mas para a Sabesp? Para privados que sequer fizeram o dever de casa, um dever com alto teor de responsabilidade social? É para o Estado o dinheiro? Mas o Estado teve lucros e não aplicou onde devia. E como tudo escondem do povo, criaram com o tempo um curral midiático eleitoral. O povo pensa que é a seca. Não é. É ganância, corrupção, desleixo, malversação do dinheiro e do interesse público, Administração Temerária. Durante muito tempo as ações da Sabesp eram vedetes na Bolsa; Como podiam dar tanto lucro? Só desviando ativos destinados a obras para os lucros. “Mais alguns” sim, caro Jornal Estadão. Mais alguns mesmo, muitos “mais alguns”, centenas de “mais alguns”, todos ligados ao PSDB, PTB, DEM e mais alguns do PIG. Não basta acabar com o financiamento de candidatos e partidos por empresas, fonte de toda corrupção e berço das maracutaias. Temos que ter a Lei dos Meios, que divida a Mídia de forma que ela seja plural, que fique impossível esconder do povo a atuação de quadrilhas que se passam por anjos. Temos que desaparelhar o Judiciário, o MP, a Polícia. Estabelecer controle de Processos de forma que o mais antigo seja julgado antes, impedindo as distorções que hoje ocorrem. Que história é essa de delegado da PF dar nomes de alguns e esconder nomes de outros? Janot denunciou a atuação eleitoreira dos delegados da PF no vazamento de informações. Viu como tentativa de manipular as Eleições. Fato claro. Gilmar Mendes, que agora senta no Processo que decidiu pelo fim do financiamento eleitoral por parte de empresas, está sentado  a meses, ajudando os corruptos com isso. E ainda quer derrubar Dilma, não lhe dar a posse do novo Mandato. É mais uma tentativa de golpe. Correm contra o tempo. Tentam impedir a Lei dos Meios, tentam manter o direito de empresas financiarem candidatos, o berçário da corrupção. Tentam, impedir que Dilma chegue com a água do S. Francisco no Nordeste. Tentam  impedir que Dilma inaugure o que a Mídia escondeu, ferrovias, hidrelétricas que hoje já fornecem luz para S.Paulo  e a mais moderna refinaria do mundo, que há 30 anos o Brasil não construía uma. Tentam tapar o sol com a peneira. Quem sabe queiram desviar as águas do S. Francisco para S.Paulo,  se derrubarem Dilma. E Gilmar, o mesmo que deu HC para o banqueiro Dantas durante a madrugada, dois ainda, o mesmo que deu HC para a mulher que roubou o Processo da Globo, é que tenta impedir que a vontade  do povo expressa nas urnas  se realize. Se  derem um passo em direção ao golpe, o pais entrará em uma espiral de grande violência e o capital então pode ir dando “pinote”, como se diz na gíria, porque o clima não estará para Mercado, nem para consumismo. O Terrorismo é um fantasma que assombra governos do mundo inteiro e entrou em todos os países onde a ordem democrática foi quebrada. O Brasil não será exceção. A chave de tudo é a transparência, coisa impossível com a Mídia que temos. Os que sempre corromperam foram presos. Possuem poder de corrupção mesmo presos. E como temos muitos Gilmar Dantas, cabe à Sociedade ficar atenta e denunciar qualquer manipulação de Processos. Não podemos nos esquecer que Barbosa escondeu 800 páginas de um Processo, separou a AP 2474, para poder condenar. E a farsa desse Processo acirrou e separou a Sociedade brasileira. Rasgado o tecido social, esse país explode se derrubarem Dilma. De Grandis enrolou 8 vezes a Justiça suíça para proteger Alckmin e seus asseclas. Vejam punição que recebeu. Os TC da União e dos Estados são ninhos de cobra, todos nomeados por quem deveriam investigar, assim como a chefia do MP e Procuradorias. Agora mesmo temos a ajuda de custo de 4,5 mil reais para juízes e promotores. E o povo? Como fica? Criaram e agora fortalecem uma Casta que quer estar acima da Lei por vezes, e sempre longe da Justiça de fato. Vejo sempre reclamarem dos salários dos deputados, mas e o dos juízes e promotores? Quem não gosta do que escrevo,  e crê que estou fora da realidade, que veja como é em outros países, como a Justiça funciona lá fora e o quanto os juízes ganham. E é bom o PSDB fazer uma vaquinha para pagar 1,5 bilhão da plataforma fundada da Petrobrás. Tudo índica que foi criminoso, assim como a explosão em Alcântara, dois “acidentes”  com o dedo de FHC e da CIA. Mas se o Brasil se livrar de “alguns”, os mesmos “alguns” que a Estadão teve  a indecência de não dar os nomes, certamente teremos um futuro bem melhor.




NOTA DO AUTOR
A origem do escândalo de corrupção que atinge a Petrobras é a lei 9478/97, idealizada pelo ex-presidente FHC e por seu ex-genro David Zylberstajn, que presidiu a Agência Nacional do Petróleo.
Conhecida como "Lei do Petróleo", a 9478/97 abriu o mercado brasileiro a firmas internacionais e, em compensação, permitiu que a Petrobras adotasse regras mais flexíveis para contratar bens e serviços. A partir daquele ano, a empresa foi dispensa da Lei de Licitações, a duríssima 8.666, e ganhou poderes para contratar de forma simplificada – em muitos casos, até por meio de carta-convite. O esquema de corrupção foi denunciado pela 1ª  vez  na Tv americana pelo meu saudoso colega Paulo Francis, em 1997. O jornalista Paulo Francis afirmou, em comentário no programa Manhattan Connection, que havia um esquema de roubalheira na Petrobras. O então presidente da empresa, Joel Rennó, em vez de tomar alguma providência, abriu um processo de US$ 100 milhões contra Francis. Morreu de Infarto logo em seguida, um mês depois, provavelmente em consequência, ao saber que se não entregasse as provas, e consequentemente as fontes, estaria condenado. Francis preferiu não entregar suas fontes, preferiu a condenação na Justiça.


C. P. I. ?
Dia 3/11/14 estive na câmara para acompanhar a conclusão da C.P.I. DO PLANO DIRETOR. Francamente, esperava que fosse um trabalho sério e verdadeiro, mas quem como eu, participou de quase todas as oitivas pode perceber que as mesmas foram sistematicamente deturpadas. O que realmente houve foram pinceladas em frases ou palavras, mas ocultando o conteúdo integral de cada depoimento.
Pior de tudo foram às inverdades contidas no relatório, procurando macular a imagem de pessoas que muito despreendidamente se dedicaram, e continuam se dedicando na condução de um trabalho sério e transparente, em prol da cidade e de sua população.
Uma das alegações apresentadas está à usurpação pelo CMPD de atribuições exclusivas do legislativo, e citam um calhamaço de leis, de artigos, de parágrafos e incisos desqualificando as resoluções emanadas pelas plenárias do CMPD, (todas com uma frequência maior do que as da sessão da câmara), mas não citam nenhuma lei, nenhum artigo, nenhum parágrafo, e nenhum inciso que realmente legitimam as funções dos PLANOS DIRETORES no âmbito nacional. Muitas das resoluções do P.D. vieram para sanar lacunas deixadas pela câmara, mas que eram de suma importância para a ordenação da cidade.
Se este relatório realmente for encaminhado ao M.P., o mesmo servirá somente para iniciar um processo, o que posteriormente, convocará novos depoentes, e naturalmente a releitura na integra dos atuais depoimentos. Uma das muitas aberrações apresentadas é a de que profissionais de diversas áreas que se completam para elaborarem um projeto técnico e jurídico, buscando maior segurança aos seus clientes, sejam taxados de quadrilheiros. Eu duvido que esta câmara tenha a coragem de revogar os pareceres e as resoluções do Plano Diretor emitidas em beneficio desta Cidade e de sua População.  Esta C.P.I. nunca foi Política, mas já nasceu Politiqueira.
Recordo-me que na Rádio Nacional havia um programa chamado “EDIFÍCIO BALANÇA, MAS NÃO CAI”, tendo como atrações principais, o PRIMO POBRE E O PRIMO RICO, e também o DEMAGOGO DE QUIRICOMBA, por mera coincidência, sempre que vejo certa pessoa este quadro me vem à memoria.

J. Barreto

Desconstruindo Aécio com a Verdade
Por Eros Alonso
Os fatos narrados aqui são fatos públicos e de interesse público, apenas não foram divulgados dentro do curral midiático que o brasileiro vive.Rejeição de Aécio subiu para 38% e a de Dilma caiu para 42%. Aprovação do governo, soma de ótimo e bom, subiu para 40%. Os dados são da DataFolha, batem com o Ibope que aponta 43% nesse quesito da pesquisa.Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, mas foram escondidos de certa forma pela Mídia. Queda na Bolsa mostra pessimismo do Mercado com candidatura de Aécio, agora devidamente despido de sua blindagem na Mídia. A única forma de se chegar à Verdade é pela Engenharia da Desconstrução, no caso a de uma imagem política irreal.

Eros Alonso

MTB 11.866

Quem queremos para Presidir o Brasil? Uma pessoa que tem passado combativo, discutível, acusada de terrorismo, não é rica e que dizem até ter falido uma lojinha de 1,99? Ou uma que nasceu em berço de ouro e nunca trabalhou de verdade, apenas ocupou cargo a vida toda, desde os 17 anos de idade. Claro que Aécio jamais iria falir uma lojinha de 1,99. Isso é coisa do povo não da elite. Aécio teve dois avós, dois caciques políticos de Minas, Tancredo Neves e Tristão da Cunha. Por volta dos 16 anos chegou sua primeira boquinha de emprego no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, onde o avô Tristão, forte cacique político beneficiado pelo golpe de 64, imperou por 10 anos. De imediato já foi ser, aos 17 anos, assessor de Gabinete na Câmara Federal, cargo que ocupou até 1981. Nesse período nem morava em Brasília, estudava no Rio de Janeiro onde pegava ondas de surf. Nunca foi de fato assessor parlamentar nesse período. Em 1983 foi assessor do avô Tancredo e ficou rodeando o avô em cargos até aos 25 anos assumir uma diretoria da CEF. Todo esse tempo naquilo que podemos de chamar de”mamata de avô para neto”, mas sem esquecer que o pai era Deputado Federal. Então, por que uma pessoa com esse curriculum vitae chega a ser candidato a Presidência no Brasil? Méritos? Meritocracia? Quando assumiu uma Diretoria da CEF aos 25 anos não foi uma prova de Meritocracia, e sim de MeriTIOcracia, o Ministro Dornelles, seu tio, mandava na CEF.A CNH de Aécio estava vencida na noite fatídica de 2011 em que foi abordado em sua Land Rover dirigindo embriagado em alta velocidade no Rio de Janeiro. Foi multado, outra pessoa teve que levar e sair dirigindo o carro, mas pior que sua CNH vencida ou ter se negado a fazer o bafômetro, era sua Carteira de Trabalho virgem. Foi a Land Rover multada no Rio que originou ou reforçou uma investigação e denuncia que agora está no Supremo. Aécio mantém uma rede de rádios e empresas em nomes de laranjas com intuito de sonegar impostos. Essa é a denuncia no Supremo. Não é minha. O Governo de Minas se nega a divulgar quanto foi gasto nessas rádios pelo governo do Estado, ou melhor, o quanto Aécio gastou com suas rádios, lembrando que quem controlava área do Governo de Minas com relação a verbas destinadas aos veículos de comunicação era sua irmã. Viveu a vida toda em cargos públicos, realmente um político de carreira. Criou uma rede de comunicação que tudo controlava e nada que o desabonasse era divulgado. Pintou e bordou em Minas. Só agora é que os mineiros estão descobrindo tudo.O mineiro adorou o Rolls Royce que levou Aécio tomar posse quando foi eleito governador. Suntuoso também o jatinho que ele usava na campanha chegando nas pequenas cidades como um ídolo de Hollywod. Tanto o carro como o jatinho são de um dos maiores empresários de Minas, acusado de ser o maior contrabandista de pedras preciosas do país. Minas têm histórico sobre contrabando de pedras preciosas. Lembra do Ministro da Justiça Ibrahim Abi Ackel? São todos ligados. Sabe-se lá se essas pistas todas construídas no nada, mas sempre ao lado de suas terras e das dos parentes, não foram feitas para a campanha? Mas não podemos esquecer que as aeronaves dos Perrelas também sobrevoavam muito essas pistas, e o helicóptero apreendido com 450 quilos de cocaína pura pousou próxima a pista irregular de Cláudio pouco antes de ser aprendido pela PF. Entre 2003 e 2008, o Governo de Minas não gastou os 12% em Saúde conforme a Legislação e a Emenda Constitucional 29 determinam. Para maquiar a falta de investimentos na Saúde colocou nas despesas da pasta uma verba de 3,5 bilhões de reais que apontou na Prestação de Contas do Estado, repassado para a Copasa, tentando jogar as verbas de Saneamento Básico como verbas destinadas à Saúde. Claro que isso não foi aceito e virou Processo, é ilegal , mas o pior é que a Copasa, durante depoimentos no decorrer do Processo, afirmou que essa verba nunca havia sequer sido repassada pelo Governo de Minas à empresa. Sumiu a verba de 3,5 bilhões da Saúde de Minas, não foi para a Copasa e mesmo que fosse, seria ilegal se tivesse esse destino. Ainda discute-se essa questão em Minas. Na Educação, Aécio deixou uma bomba que acaba de explodir em Minas. Faturou muito politicamente com a nomeação sem concurso público de quase 100 mil professores. Os governantes de Minas sempre empurraram dívidas com a barriga enquanto podiam. Descontavam as contribuições previdenciárias dos servidores designados, no caso os quase 100 mil professores, mas não as repassavam ao INSS. A dívida atingiu bilhões e então criaram a Lei Complementar 100/2007, que nomeava como funcionários públicos sem concurso público todos os quase cem mil professores. E então, Aécio jogou toda a dívida do Estado com o INSS para a Previdência Pública do Estado de Minas Gerais. Todos pagariam a dívida, principalmente os funcionários públicos de Minas Gerais. A dívida do Governo de Minas, feita por Aécio e outros sumiu então como em um passe de mágica. O Estado não devia mais nada ao INSS. Esperto esse Aécio, mas agora o Supremo anulou a tal Emenda 100/2007, que é inconstitucionalíssima, e os professores em questão estão com sérios problemas, principalmente com relação a aposentadoria. Todos deixaram de ser funcionários públicos de Minas Gerais como ficaram, do dia para a noite. Os exemplos da Saúde e Educação servem para ilustrar o choque de gestão, e que os mineiros agora chamam de indigestão atrasada, choque que Aécio imprimiu ao Estado que governou por 8 anos, e onde deixou um sucessor que acaba de perder as Eleições. Agora, os ovos de serpente que Aécio deixou estão eclodindo. O Supremo determinou a anulação a Lei Complementar 100/2007 logo após o 1º turno das Eleições, causando um impacto em Minas muito profundo, e que vai refletir agora no 2º turno.Na Saúde o Processo se agrava, porque agora se trata de desaparecimento de verbas públicas da Saúde.Não foram para a Copasa e nem para a Saúde. Aécio chegou ao estrelato todo que vive politicamente, porque sempre os veículos de comunicação o protegeram, esconderam seus erros, suas falhas e até seus crimes. Alguém que passa lua de mel nos EUA paga por bancos, que aponta Armínio Fraga para a presidência do BC ou Ministério, que anuncia que quer dar “autonomia” ao BC, não é alguém confiável para o Brasil entregar seus cofres.Aliás, quando Armínio, que agora se sabe, também é cidadão americano, uma novidade da campanha,era presidente do BC, a inflação chegou a 45% e o caixa do Brasil estava zerado após termos ido bater às portas do FMI três vezes seguidas pedindo dinheiro. Hoje o caixa do Brasil é de 380 bilhões de dólares, Lula pagou o FMI e ainda emprestou dinheiro ao FMI. Dilma manteve o emprego em alta enquanto o do mundo despencava. O Brasil saiu da linha da fome da ONU, o primeiro país a fazer isso. Dilma é ruim? No mínimo nem tanto como muitos querem. Mas e Aécio? É competente? Capaz? Honesto? Tem méritos? Nada disso, ele é bem pior que Dilma. Um risco à soberania do Brasil em tempos de guerra fria que vivemos. Precisamos de governos que desenvolvam as áreas espacial e nuclear urgentemente, não de governos que acabaram com essas pesquisas e que afundaram uma plataforma de 1,5 bilhão de dólares para apenas colocar uma pedra no sapato de Lula quando este assumiu a Presidência, e isso é bem mais que Pasadena. Mas vamos lembrar o que tentam esconder. Aécio tem compromissos com os EUA em relação ao BRICS e esses compromissos traem o agronegócio como um todo no Brasil, beneficiando apenas usineiros e a produção de álcool, e para isso o povo brasileiro terá que pagar mais pela gasolina e pela alimentação. Sem BRICS não teremos onde escoar nossa produção com facilidade. Só álcool barato, petróleo barato, e minérios a preço de banana é o que os EUA e Europa querem do Brasil. Estamos ocupando o espaço que a Europa abriu mão fazendo sanções à Rússia. Aécio está determinado a atender ao pedido dos governos americano e dos europeus para que o Brasil não ocupe o espaço deixado pelas empresas européias dentro da Rússia. Vai seguir a Diplomacia americana e trair os interesses do Brasil, nesse caso principalmente o do agronegócio. Poderia falar da vida pessoal de Aécio, há muito o que falar e quase de tudo, mas não é essa a intenção do texto. Os fatos narrados aqui são fatos públicos e de interesse público, apenas não foram divulgados dentro do curral midiático que o brasileiro vive. Todas essas informações jamais tiveram destaque na Mídia, e para que não tenhamos mais personagens como Aécio na vida pública, precisamos da Lei dos Meios, de forma que a Imprensa cumpra o seu papel e denuncie quem deve, em vez de proteger alguns sócios ou escolhidos o tempo todo, de modo que não tenhamos represadas a divulgação de tantos perfis como o de Aécio, de modo que não tenhamos falsos perfis de políticos plastificados pela Mídia. Tiririca foi muito mais deputado que Aécio Senador. Basta olhar os dados oficiais. O “Congresso em Foco“, que mede a atuação de todos os senadores e deputados aponta Tiririca entre os mais assíduos e Aécio entre os mais ausentes, aponta que Tiririca sempre visita seu Estado e que Aécio visita mais o Rio de Janeiro que Minas onde é Senador, gastando bem mais em avião indo ao Rio que a BH. Por fim o “Congresso em Foco” aponta que Tiririca está entre os melhores deputados do Brasil devido à sua atuação e Aécio sequer é citado. Aécio é a inércia política a gosto do Mercado. Agora eu pergunto; seria tudo isso ficção? Mentiras? Ou Aécio tem seu perfil fabricado cuidadosamente pela Mídia que destoa com a realidade?
Nota - Todos os dados foram tirados aós pesquisa na Imprensa de Minas e páginas oficiais. Boa parte dos jornalistas que publicaram esses dados e muitos outros foram demitidos, forma de controlar a Mídia e manipular a verdade, criando falsamente uma imagem de estadista.

O FUTURO DOS AQUÍFEROS



Em 12/9/14 assisti, pela televisão, a uma palestra do Dr. Yvo Sauer, especialista em energia. Ele, como alguns outros entrevistados que pude ouvir antes, explanou com muita propriedade sobre as fontes alternativas de que o Brasil dispõe, e até nisto somos uma nação privilegiada. Mas como todos os outros, seu foco principal foi a geração de energia a partir de fontes hídricas. Falou das enormes vantagens para o desenvolvimento do Brasil advindas da criação das grandes barragens, mas também criticou algumas que causaram impactos negativos no ecossistema onde foram implantadas, e até mesmo sugeriu a instalação de pequenas usinas sem barragem e usando a menor vasão dos rios, e assim os impactos ecológicos seriam bem menores. Porém não vi em nenhum dos entrevistados a mínima preocupação com os aquíferos. Então gostaria de expor a minha opinião leiga, mas entendida pelos meus anos de vida:

A Terra durante milhões de anos era quase totalmente coberta por florestas e algumas savanas, onde não havia ambiente para formação de deserto. Durante todo esse período as águas das chuvas ficavam retidas em seu próprio ambiente, e assim elas se infiltravam no solo, e em um ciclo constante foram formando os grandes e pequenos aquíferos. Com o advento da civilização este ambiente começou lentamente a ser modificado, este impacto começou a ter algum significado não mais do que uns 10.000 anos, e foi evoluindo muitíssimo lentamente. Mas após a idade média, a cada século aumentava um pouco a interferência do homem na natureza, mas após o século 18 começou a acelerar vertiginosamente este ritmo até chegar ao ritmo em que estamos. Hoje as poucas florestas existentes estão localizadas em áreas pontuais do planeta e exercem suas atividades mais nos ambientes externos do que na formação de lençóis freáticos. Com o desmatamento sistemático nos cinco continentes as aguas das chuvas não conseguem mais ficar retidas na superfície, pois são carreadas para os rios ou se evaporam, sendo assim incapazes de penetrar profundamente no solo. Em certas regiões da Terra já está sendo notada a diminuição da pressão do fluxo nas perfurações em busca por agua. Esta situação só tende a se agravar, pois a humanidade irá precisar de águas cada vez mais, e a oferta será cada vez menor, e isso dentro de 50 anos não gerará somente conflito entre nações, mas até mesmo entre vizinhos e parentes. A única maneira de amenizar esta situação é criar milhares de barragens e milhões de pequenos e médios açudes, pois se em um rio de 200 metros de largura e 3 metros de profundidade média temos em um metro linear, o volume de 600 metros cúbicos de água o que equivale a 600 toneladas de pressão, mas se construirmos uma barragem no mesmo, esta largura passará a 2000 metros com uma profundidade média de 30 metros, onde teremos neste mesmo metro linear um volume de 60.000 metros cúbicos de água e uma pressão de 60.00 toneladas, a qual exercerá uma pressão no solo 100 vezes maior, portanto mais volume enviado aos aquíferos, além da evaporação que contribuirá para a formação de nuvens e amenização da qualidade do ar. Dos estados brasileiros os três que conheço melhor são: SP, RJ e sul de MG, e os três são riquíssimos em rios e fontes de água, e se os mesmo dispusessem boa parte de seus territórios para barragens, o retorno financeiro e social seria imensamente superior ao custo dos mesmos. Alguns ambientalistas poderão alegar que tais empreendimentos erradicariam as matas ciliares, e isto é um fato irrefutável, porém as mesmas poderão ser em um processo natural e com muito mais ênfase dentro de no máximo 50 anos e assim recompondo as margens que serão recriadas. Não só os aquíferos seriam beneficiados, mas toda a produção rural, sem a qual não há sobrevivência para a humanidade, além do abastecimento das cidades. Outro ponto positivo seria a produção de energia em abundância e próxima das fontes de consumo, portando sendo possível oferecê-la por um custo muito menor. A.P.Ps que serão suprimidas poderão ser totalmente aproveitadas com o uso de equipamentos florestais modernos, gerando assim renda a ser aplicada nos empreendimentos e recomposição ambiental.

José Barreto


PLANO DIRETOR X OITIVA NA CÂMARA

Se os membros do P.D. estão interessados nas oitivas, não é preocupação com os atos oriundos de suas plenárias, pois elas são e sempre foram norteadas pelo bom senso e pela transparência.  Alguns conselheiros do P.D. estiveram na primeira oitiva, e com toda certeza continuaram presentes nas futuras, pois elas não se restringem apenas às testemunhas, mas  sim a todo o colegiado do P.D. 
Em 16/7/14 alguns conselheiros estiveram na Câmara, pois souberam que haveria uma nova oitiva, confiados em uma “Barriga” postada na internet. Foi veiculado até com certa ironia que a Deira também esteve na Câmara, nada mais justo, pois a mesma é uma das mais assíduas participantes das reuniões tanto das plenárias, quanto das setoriais, porquanto ela foi indicada pelo Executivo e exerce dignamente a função que lhe foi solicitada. Infelizmente o Legislativo sempre foi e continua sendo omisso em indicar um representante para que o mesmo possa informar aos Senhores Vereadores o que de fato acontece dentro do P.D.
Nem toda “Barriga” é prejudicial, muito pelo contrário, algumas são até benéficas. Há algum tempo, a imprensa noticiou que o P.D. havia vetado a abertura de um Supermercado no Bairro Brabância, quando na verdade o mesmo desconhecia tal pretensão. Com esta “Barrigada” os conselheiros tiveram oportunidade de se inteirar do assunto, e quando a solicitação foi apresentada já era conhecida, assim foi possível aprova-la em uma única discussão. Mesmo assim os interessados foram cobrados por não terem feito a solicitação a mais tempo, pois as demandas para análises são bastante extensas e precisam ser bem discutidas para serem justas e imparciais.
O P.D. não é uma invenção de Avaré, mas sim uma exigência legal para todos os municípios do Brasil e sua omissão acarreta sansões financeiras e judiciais.


J.Barreto


O ELEFANTE NA VILA

Certo dia chegou um circo na cidadezinha, o qual tinha como principal atração um elefante.  Por uma razão qualquer, o número de cegos neste lugar era desproporcional ao número de habitantes, e eles também quiseram conhecer aquele bicho estranho, e o guia lhes disse, o elefante está bem a suas frentes, podem ir tocá-lo.  Um apressadinho saiu em disparada e se chocou com a barriga do elefante e caiu de costa, os outros foram chegando e começaram a apalpá-lo. Na volta começaram a descrevê-lo, cada qual a seu modo. O apressadinho disse que ele parecia uma muralha, aquele que tocou a perna dizia que era como um tronco de árvore, quem apalpou a orelha afirmava que era uma enorme borboleta, quem tocou a presa achava que parecia uma grande lança, e por fim quem tocou a tromba jurava que era igual a uma enorme serpente. 
Aqui em Avaré também temos o nosso elefante, e ele se chama PLANO DIRETOR, e que está sendo apalpado por alguns cidadãos.  Alguém diz que ele é o Marcos, outro que é o Marcelo, um terceiro diz que é a Silmara, mais outro diz que é o Cezinha, também dizem que é o Zannela  ou a Angela.  Todos tem razão, pois todos eles são o Plano Diretor, porém não só eles, mas muitos outros abnegados que se reúnem diversas vezes ao mês para analisar os assuntos em pauta, e principalmente para revisar os setoriais que serão submetidos à análise dos Srs. Vereadores no mês de setembro p.f.. Estes grupos não são formados  só de técnicos, mas sim de pessoas representativas dos diversos setores da sociedade, e também da platéia, que embora não tenham voto,  tem voz.
Não se deve julgar pontos específicos, mas sim o conjunto da obra, pois a opinião de meia dúzia de inconformados não reflete a  opinião de uma cidade.  Termino este texto com uma frase de Jesus: ¨O pior cego é aquele que não quer enxergar¨.

                               J.Barreto

Utilidade Publica

O ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA (EIV/RIV) 
1. O que é o Estudo de Impacto de Vizinhança?
É um instrumento de gestão urbana, presente em todos os Planos Diretores, oriundo dos artigos 36, 37 e 38, Seção XII – Do estudo de impacto de vizinhança – do Estatuto da Cidade (Lei 10.257, de 10 de julho de 2001), aplicável a empreendimentos públicos e privados situados na área urbana. Exigível na concessão de licenças municipais de construção, ampliação ou funcionamento.
2. Para que serve o Estudo de Impacto de Vizinhança e quem o analisa?
O estudo é realizado para que o empreendimento atenda diretrizes do Estatuto da Cidade, como a garantia do direito às cidades sustentáveis, à gestão democrática por meio da participação popular, à correção de distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente.
É função da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, através de órgão competente, considerar os elementos colocados no EIV e os resultados de audiência pública (qdo houver), analisar e avaliar tudo que é apresentado, motivando a sua decisão, dizendo os porquês e enfrentando as questões colocadas pela participação popular.
Para a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA avaliar por meio do EIV a adequação de empreendimentos às características urbanísticas e ambientais da região, evitando os problemas decorrentes da instalação da atividade em um entorno específico, é condição sine qua non para a detecção, redução ou eliminação dos  impactos gerados.
3. Quais as bases legais para o EIV?
Previsto no Estatuto da Cidade ().
• Foi previsto no Capítulo II – Dos Instrumentos da Política Urbana – Seção I – Dos instrumentos em geral, inciso VI- estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV).
• Foi melhor esclarecido na Seção XII – Do estudo de impacto de vizinhança, nos artigos 36, 37 e 38, como veremos a seguir.
• A Seção XII nos esclarece: • “Art. 36. Lei Municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público municipal.”
“Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requerida nos termos da legislação ambiental.”
Os estudos são complementares e tratam de assuntos distintos. Um se refere às questões afetas à flora, fauna, qualidade da água, e do ar. O outro (EIV) é voltado às questões do meio urbano, densidades demográficas, transporte e infraestrutura, equipamentos urbanos e comunitários necessários ao bom atendimento das necessidades da população direta e indiretamente afetada pelos empreendimentos e atividades que se implantam nas cidades.
 4. Quem pede o EIV?
A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA no ato do pedido de Certidão de Uso do Solo, ou Alvará de Funcionamento para uma determinada atividade, definida no Plano Diretor do Município.
 5. Quem elabora o EIV e o que se contempla no Estudo?
O Estudo de Impacto de Vizinhança é um trabalho que deve ser desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, sob a coordenação de um arquiteto ou engenheiro civil (profissionais habilitados legalmente através de seus conselhos de classe), contratado pelo empreendedor (público ou privado) e os estudos devem verificar os seguintes impactos a serem aferidos:
·         Impacto Econômico
·         Impacto Social
·         Impacto Urbanístico
·         Impacto na Infraestrutura
·         Impacto no Meio Ambiente Urbano
 6. Pontos importantes sobre o EIV:
6.a. É fundamental que se dê publicidade do trabalho antes mesmo da audiência pública (quando necessária), atualmente se disponibiliza em formato digital no site do empreendedor, da prefeitura, de entidades ligadas a esse tipo de trabalho e no site do elaborador do trabalho (se houver).
A necessidade de audiência pública é determinada pela prefeitura, através do orgão responsável pela análise do Estudo de Impacto de Vizinhança - em Avaré é o GTA - Grupo Técnico de Apoio, ligado às Secretarias de Planejamento e Habitação.
6.b. Um EIV não determina a implantação de qualquer atividade e pode, inclusive, inviabilizar a realização do empreendimento, a conclusão pode ser pela não instalação no local pretendido, se as medidas mitigatórias necessárias para a compatibilização da atividade com o meio (entorno) forem excessivamente altas, o empresário pode desistir do projeto. 
 7. A quem é apresentado e quem o aprova?
O EIV deve ser apresentado à prefeitura, incluindo os resultados da audiência pública (quando realizada), que através do órgão ou departamento responsável fará análise e emitirá um oficio com o resultado do mesmo, que será incluído no trabalho. Após aprovado deverá ter, anexado, o Termo de Compromisso, assinado pelo empreendedor onde se encontram as medidas mitigatórias e compensatórias definidas que ele deverá cumprir.
A elaboração de EIV não quer dizer que a atividade estudada está aprovada e pode ser implantada, compete a Prefeitura, através de departamento competente, a aprovação do referido trabalho, que dentro de suas atribuições pode não aprovar e indeferir a implantação do estabelecimento pretendido. Pode ainda o órgão municipal, exigir alterações e complementações no EIV caso entenda que as informações apresentadas são insuficientes para sua apreciação.
Novamente explica-se que em Avaré, o órgão que aprova do EIV é a Secretaria de Habitação, após análise e parecer do GTA – Grupo Técnico de Apoio (técnicos funcionários da prefeitura), conforme dispositivo do artigo 146, inciso II, da LC n.º 154/2011 (plano diretor)
8. Quem custeia as medidas mitigadoras?
As medidas mitigatórias ou compensatórias devem ser custeadas pelo empreendedor, não podendo o poder público exigir do empreendedor contrapartida maior que o porte e os impactos gerados pelo empreendimento.

A MÍDIA E O CIDADÃO
Ruy Martins Altenfelder Silva*
A Pesquisa Brasileira de Mídia, encomendada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República ao Ibope, traz algumas novidades, mas basicamente ajuda a confirmar e dimensionar tendências já detectadas aqui e no exterior. Suas conclusões certamente poderão balizar a comunicação mais eficiente do governo com a população, especialmente nas chamadas mídias eletrônicas (rádio, tv e internet), já que tanto as emissoras quanto os programas e sites oficiais são pouco lembrados e ainda menos assistidos.
De acordo com o levantamento, a televisão é a campeã inconteste de audiência em todo o país, pois 65% dos brasileiros se postam diariamente, por mais de três horas, diante da telinha. Esse percentual sobe para 82%, quando considerados aqueles que a assistem cinco ou seis dias por semana. Surpresa, pelo menos para quem não está muito familiarizado com estudos sobre a mídia, é a forte preferência declarada dos telespectadores por noticiários e outros programas de cunho jornalístico, que bate em 80%, deixando em segundo lugar as novelas, com 48%.
O rádio vem em segundo lugar, mas com um dado que desmente sua penetração nos estados com ocupação mais refeita. No Centro-Oeste, por exemplo, 52% da população nunca ouve rádio, o mesmo que acontece com 51% dos moradores da Região Norte. A maior audiência está no Rio Grande do Sul, com 72% dos gaúchos sintonizando suas emissoras preferidas pelo menos uma vez por semana. O último lugar fica com o Maranhão (9%). Não foi abordado na pesquisa o quesito programas mais ouvidos, o que daria mais clareza ao perfil dos ouvintes.
O terceiro lugar do ranking já pertence à internet, embora 53% da população nacional ainda não acessem esse meio de comunicação, enquanto 26% ficam ligados na web durante a semana, com uma média diária de mais de três horas e meia. Nenhuma surpresa: a internet é a campeã entre os jovens menores de 25 anos (77%) e a menos cotada entre os maiores de 65 anos (3%). Com 68% das citações, as redes sociais aparecem com as mais acessadas, com prevalência do Facebook – uma tendência que estatísticas mais recentes sinalizam com já sendo abandonada pelos mais jovens. Aliás, o Facebook, com 38%, é o site mais procurado por quem está interessado em informação, seguida por portais essencialmente jornalísticos e ligados à mídia impressa, como o Globo.com, G1 e UOL. Entre os entrevistados, em respostas de múltipla escolha, o acesso à internet por celular registra sensível avanço, com 40% das citações, contra os 80% dos computadores.
Quando se chega à mídia impressa, é sensível a queda da leitura de jornais e revistas entre os hábitos dos brasileiros: 70% e 85%, respectivamente, nunca abrem um jornal ou uma revista – fato que vem confirmar as previsões de que esses meios de comunicação estão fadados ao desaparecimento. Já os mais otimistas alimentam a esperança de que, com esses tradicionais veículos de comunicação, aconteça o mesmo que ocorreu com o cinema, condenado à morte quando a televisão se popularizou. Ou seja, que os jornais e revistas consigam sobreviver e até se fortalecer numa simbiose com os outros meios que ameaçam sua sobrevivência. Além disso, é bom não confundir o meio com a mensagem, pois o bom jornalismo pode ser exercido em outras mídias que não a impressa. E mais, como demonstra a preferência pelos programas noticiosos de tv, a fome pela informação não está desaparecendo entre as pessoas; ao contrário, só faz crescer.
Num importante quesito, entretanto, mídia impressa leva nítida vantagem. Quando está em jogo credibilidade, ou a confiança na notícia recebida, 53% dos leitores acreditam no leem nos jornais, enquanto apenas 28% dos usuários põem fé nas informações postadas nas redes sociais. Outro ponto a observar na pesquisa é o peso da oferta de serviços de interesse da população. Por exemplo, no amplo sistema de emissoras, programas e sites mantido e alimentado pelo governo federal, apenas dois sites receberam citações de acesso acima dos 10% e ambos com foco em assuntos de grande interesse: o do Ministério da Educação, com 12,6%, e o da Receita Federal, com 12,3%.
Na análise das várias segmentações estatísticas apresentadas pela Pesquisa Brasileira de Mídia, aparece um forte sinal. O acesso aos meios de comunicação  tem relação direta com dois indicadores sociais nos quais o Brasil não brilha, apesar de avanços recentes: a escolaridade e o nível de renda. Ou seja, quem tem mais anos de estudo e orçamento mais folgado, poderá ser um cidadão mais bem informado e com maior visão de mundo. Será, por exemplo, um eleitor mais consciente na escolha de seus representantes; um melhor pai ou um melhor professor para as crianças e jovens; um indivíduo mais preparado para usufruir os direitos – e para cumprir os deveres – da cidadania; e assim por diante. Por tudo isso, para quem se interessa pelo tema, é sempre importante lembrar de aliar as pesquisas de mídia à qualidade do conteúdo que elas transmitem.


*Ruy Martins Altenfelder Silva é presidente do Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de Letras Jurídicas.


Aprenda como enfrentar seus medos
* Por Margareth Signorelli
“Os medos nada mais são do que estados mentais. E o nosso estado mental está sujeito a controle e direção”.
Todos nós temos nossos medos em diferentes proporções, setores e que variam dependendo da fase de nossa vida. As características pouco mudam, nos fazendo sentir paralisados e impedidos de tomar decisões, pois nos assusta como uma sombra ameaçadora. Sentimo-nos dominados, ele está no comando.
Falo do medo que nos impede de tomar atitudes, de seguir em frente, e não do que nos chama atenção quando existe perigo eminente. Aquele medo que nos alerta serve como um aviso precioso, chega como um relâmpago provocando uma reação física real e nos coloca em uma posição de decisão de atacar ou fugir. O outro tipo permanece cronicamente e nos impede de pensar racionalmente, se apoderando do corpo e da mente.
Existe uma pequena historia budista chamada “A sala com 1000 fantasmas”. Ela diz que, quando os monges querem adquirir mais sabedoria para aprender a superar seus medos, lhes é oferecido um atalho, uma dinâmica que acelera anos de meditação servindo como um tratamento de choque na busca do domínio desta emoção tão bloqueadora.
Caso você não queira ficar 20 anos fazendo meditação para enfrentar seus piores medos, faça esta dinâmica abaixo e sinta a diferença:
- Relaxe e feche seus olhos. Respire fundo e imagine que você está entrando por uma porta em uma sala com 1000 fantasmas e tem que sair do outro lado. Nesta dinâmica você tem um propósito, que é sair pela outra porta.
- Eles nos dão 2 conselhos antes de entrar na sala:
1- Lembre-se que tudo o que você verá, não importa quanto horrível pareça, é somente a projeção do seu pensamento.
2- Não importa o que você veja, pense ou sinta. Siga em frente e você sairá pela outra porta, ileso.
Quando tiver medo transforme-o nestes fantasmas ameaçadores, fazendo com que pareçam mais aterrorizantes ainda. Dê margens à sua fantasia e vá mais fundo imaginando o pior que eles possam lhe proporcionar. Use este ensinamento para enfrentá-los em situações diversas.
Lembre-se que o que te assusta e te paralisa em diferentes fases da sua vida é a projeção dos seus pensamentos. Se você continuar em frente, engajado em seu propósito e objetivo, conseguirá “sair pela outra porta” e se suplantará. Perceberá que o poder para combatê-los está ao seu alcance, dentro de você mesmo. É só uma questão de aprender como usá-lo fazendo, assim, com que seu maior temor se transforme em mais uma grande superação. O importante é saber como enfrentá-los.
Margareth Signorelli é Coach de Relacionamento e Terapeuta EFT (www.conexaocoach.com.br).

Margareth Signorelli
Margareth Signorelli é Coach de Relacionamento e terapeuta EFT (Emotional Freedom Techniques), processo que combina os princípios da milenar medicina chinesa com as modernas técnicas do Coaching.
Possui certificação em coaching e Quantum Evolution pelo ICI - Integrated Coaching Institute (São Paulo), e em Coach de Relacionamento e em Feminine Power Mastery (Los Angeles-EUA). Além disso, tem bacharelado em Enfermagem.
Constantemente voltada novos conhecimentos e interessada em ajudar as diversas pessoas que a procuravam com problemas de relacionamento pessoal, encontrou no método “Calling in The One”, de Los Angeles, a abordagem ideal. Tornou-se um dos 170 coaches no mundo com formação neste método, sendo hoje também uma coach de transformação.
Desenvolve os seguintes trabalhos:
- Conexão: ideal para pessoas que querem encontrar um(a) companheiro(a), marido/esposa, enfim, sua alma gêmea. Realizado em 10 sessões.
- Reconexão: coaching indicado para a pessoa que já está em um relacionamento e quer fazer crescer, desenvolver ou aprofundar sua relação, de modo a obter uma maior conexão ou uma reconexão com seu parceiro. Realizado em 10 sessões.
- Transformação: para pessoas que querem uma transformação pessoal, de maneira a mudar os resultados de sua vida. Indicado para quem está cansado de repetir os erros do passado que não permitem a realização de seus maiores objetivos. Realizado em 10 sessões.
- Orientação: Para atender a demanda daqueles que não procuram um processo de coaching, mas sim, alguém que os oriente, o que pode durar 1 ou mais sessões, dependendo da proporção da dificuldade de cada um.
Margareth Signorelli mantém-se em permanente contato com as maiores referências mundiais em relacionamento: Katherine Woodword Thomas, Clair Zammit, Ariel Ford, Alison Armstrong, Dra. Pat Allen e John Gray.
Serviço
Margareth Signorelli - Coach de Relacionamento e Terapeuta EFT
www.conexaocoach.com.br   




JUSTIÇA: VOCÊ CONHECE?
            Justiça é um verbete polissêmico. O que significa isso? A polissemia representa uma porção de significados para a mesma palavra. Justiça é virtude, aliás a síntese de todas as virtudes. Justiça é a função atribuída ao Poder Judiciário de resolver os conflitos humanos. Justiça é também o equipamento estatal encarregado de atribuições variadas, desde a polícia, até o sistema carcerário. Todos têm uma noção sobre essa palavra. Só que o encontro mais frequente das pessoas com a Justiça, é exatamente com o seu contrário: é a experiência com a injustiça.
 Desembargador José Renato Nalini, presidente do TJSP
            Toda pessoa, num certo momento da vida, se sente injustiçada. Não obteve o que esperava. Não teve seus méritos reconhecidos. Não houve reciprocidade de tratamento. Inventaram calúnias, injúrias ou difamações sobre ela. E há uma série de outras possibilidades de se machucar alguém. Não precisa ser ferimento físico, corporal. Ao contrário, a dor moral talvez seja mais forte. A sensação de ter sido lesado é sempre desconfortável. Reclama compensação. Daí para ingressar em juízo é um átimo.
            O processo é a mais civilizada forma de solução de controvérsias. Nem por isso é a mais rápida, nem a mais simples, nem a menos dispendiosa. Ao contrário, um processo demora demais num modelo sofisticado de Judiciário que nós adotamos: cinco ramos de Justiça. Duas justiças chamadas “comuns”, uma federal, outra estadual. O que implica em várias discussões sobre competência: quem vai decidir o que? Três justiças especiais: trabalhista, militar e eleitoral.
            Além disso, temos 4 instâncias: o juiz decide na sua vara ou comarca, depois há recurso para o Tribunal, em seguida pode haver recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça e, finalmente, para o Supremo Tribunal Federal. São quatro graus, com dezenas de possibilidades de reapreciação do mesmo tema, diante de um conjunto recursal bastante complexo.
            O mais complicado é que  grande parcela das decisões judiciais não chega a enfrentar o mérito. A questão de fundo. Aquele conflito que deu origem à ação. As respostas podem ser processuais, porque o Direito Processual adquiriu autonomia científica e, com isso, muita vez é considerado mais importante do que o próprio direito substancial.
            Diante desse quadro, as pessoas precisam aprender a conversar para resolver com autonomia os seus problemas. Judicializar não é a solução. Conciliar sim. Quem consegue dialogar e encarar com vontade de solucionar os seus desentendimentos, vai chegar a um acordo que seja benéfico para todos os envolvidos. Já a entrega da questão para um inevitável ingresso em juízo pode não resolver inteiramente o problema. Vai demorar, vai demandar tempo e recursos financeiros e a resposta nem sempre é aquela que se espera.
            O Judiciário há de ser reservado para as grandes questões. Todas aquelas que possam vir a ser resolvidas na mesa de diálogo não precisam ingressar em juízo. Até porque a sociedade é que sustenta o equipamento e se este for trivializado, utilizado para toda e qualquer questiúncula, não haverá República suficientemente provida de dinheiro para manter em funcionamento a máquina cujo crescimento tende ao infinito.

            Conciliar é a melhor parada; litigar por qualquer motivo não está com nada!
 Desembargador José Renato Nalini, presidente do TJSP,

A ESCOLA DOS FUNCIONÁRIOS
            A grande inovação do Poder Judiciário no século XX foi a criação da Escola da Magistratura. A Justiça apercebeu-se de que não é missão da Universidade produzir juízes, mas formar bacharéis em ciências jurídicas. O juiz é fruto de uma preparação muito singular. Precisa conhecer direito e técnicas de sua aplicação. Mas precisa, antes disso, gostar de gente. Ser humano, sensível, comover-se com as angústias e sofrimentos do seu semelhante. É imprescindível que o magistrado saiba administrar crises, tenha aptidão a persuadir, a convencer, domine técnicas de argumentação. Nem sempre é suficiente fazer incidir a vontade concreta da lei sobre a hipótese submetida à sua apreciação. A decisão precisa ser, além de legal, legítima. Legitimada pelo consentimento daqueles aos quais afetará.
            Essa a nova concepção de Magistratura, extraída de um modelo de Judiciário acessível, servidor da população, pronto a ouvir o clamor do povo por uma justiça efetiva, eficaz e eficiente. É exigência da Constituição Cidadã de 5.10.1988, aquela que mais acreditou no Poder Judiciário dentre os pactos já adotados pela nação brasileira nestes cinco séculos de existência.
            Agora o Tribunal de Justiça de São Paulo dá um novo passo na direção de prover o maior tribunal do mundo de um pessoal efetivamente preparado a se desincumbir da árdua missão de resolver conflitos: passará a funcionar a ESCOLA DE SERVIDORES, com estrutura própria, dentro da ESCOLA PAULISTA DA MAGISTRATURA.
            Ouvi durante todo o percurso rumo à Presidência, que “palestra não é curso”. Verificamos no decorrer da gestão passada, nos programas estabelecidos pela Presidência e pela Corregedoria Geral da Justiça, o elevado interesse do funcionalismo por cursos de capacitação, de aperfeiçoamento e de abertura para novas áreas do conhecimento.
            O servidor é peça fundamental no mecanismo da Justiça. O equipamento judicial é um serviço público. Presta serviços. Depende dos seus quadros humanos. E o funcionário sabe que não é possível permanecer na prestação dos seus relevantes serviços, sem uma constante atualização. Por isso é que a Escola vai disponibilizar cursos para alavancar o conhecimento da informática, pois o processo eletrônico é uma realidade irreversível. Mas vai propiciar também o crescimento de cada servidor no conhecimento de novas técnicas de administração do tempo, das melhores práticas de gestão, no treino da desburocratização, do estímulo à produtividade. Sem esquecer um capítulo muito especial: a polidez, a cordialidade, o excelente tratamento que merecem todos aqueles que precisam da Justiça.
            Novos tempos se vislumbram para o Poder Judiciário de São Paulo, que não se satisfaz em contar com o maior tribunal de Justiça do mundo. Quer também caminhar rumo à obtenção do reconhecimento de ser o melhor tribunal de Justiça de todo o planeta. Isso só se fará mediante o entusiasmo de todos, na consciência de que resolver conflitos e pacificar é uma das mais nobres missões a que se pode entregar um ser humano sobre a sua efêmera passagem pela face da Terra.

            Colaboremos com o trabalho da Escola Paulista da Magistratura, agora aberta para os pleitos, sugestões, participação ativa e toda a sorte de colaboração do prestigioso corpo de funcionários do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.  


O BRASILEIRO E SUA JUSTIÇA

         A experiência com a injustiça é dolorosa. Mesmo em doses homeopáticas, a injustiça mata. Mas a experiência com a justiça também pode doer. Principalmente quando o acúmulo de processos impede o Judiciário de dar a resposta oportuna. Administrar 93 milhões de processos num Brasil de 200 milhões de habitantes é acreditar que se vive no país mais beligerante do planeta. Será que é assim?
         Não é verdade que todos os brasileiros sejam hoje clientes do Judiciário. Este é prioritariamente procurado pelo próprio Estado. União, por si e pela administração indireta, por suas agências, organismos, entidades e demais exteriorizações, é uma litigante de bom porte. Por reflexo, o Estado-membro e os Municípios também usam preferencialmente da Justiça.
         Um exemplo claro disso é a execução fiscal. Uma cobrança da dívida estatal pretensamente devida pelo contribuinte. Por força da Lei de Responsabilidade Fiscal, todos os anos milhões de certidões de dívida ativa são arremessadas para o Judiciário, que fica incumbido de receber tais créditos. Sabe-se que o retorno é desproporcional ao número de ações. Os cadastros são deficientes, muitos débitos já estão prescritos ou são de valor muito inferior ao custo da tramitação do processo.
         Mas o Governo é também bastante demandado em juízo. Gestões estatais podem vulnerar interesses e uma legião de cidadãos entra em juízo para pleitear ressarcimento de seus direitos. Outros clientes preferenciais são os prestadores de serviços essenciais, que nem sempre atendem de forma proficiente os usuários. São lides repetitivas, às vezes sazonais, mas atravancam foros e tribunais.
         O brasileiro precisa meditar se vale a pena utilizar-se exclusivamente do processo convencional ou se não é melhor valer-se de alternativas de resolução de conflito que dispensem o ingresso em juízo. Os norte-americanos, ricos e pragmáticos, só recorrem ao Judiciário para as grandes questões. As pequenas são resolvidas por conciliação, negociação, mediação, transação e outras modalidades como o "rent-a-judge", que nós ainda não usamos. Ganha-se tempo e eles sabem que "time is money", motivo por que o ganho é duplo.
         O mais importante é que a solução conciliada ou negociada é uma resposta eticamente superior à decisão judicial. Esta faz com que o chamado "sujeito processual" se converta, na verdade, em "objeto da vontade do Estado-juiz". Enquanto que nas alternativas de resolução de conflitos o sujeito é protagonista, discute os seus direitos com a parte adversa, se vier a chegar a um acordo, será fruto de sua vontade, sob a orientação de um profissional do direito. Mas nunca será mero destinatário de uma decisão heterônoma, que prescindiu do exercício de sua autonomia.

         É de se pensar se este não seria um caminho redentor da Justiça Brasileira e, simultaneamente, construtor de um cidadão apto a implementar a ambicionada Democracia Participativa, que o constituinte prometeu em 1988.     Crédito foto: TJSP 





Participação de Kleber Silveira


 TRADIÇÃO E COSTUMES

Muito bem! “Ói nóis aqui traveiz”. Há poucos dias dei início a um projeto antigo que eu vinha protelando, hora porque eu não tinha tempo, hora porque eu inventava outra desculpa, e assim vai... Na realidade é um projeto de grande relevância, para os dias de hoje, portanto já não pode ficar mais na espera. Trata-se de uma associação de amigos da cultura tradicional de São Paulo, Associação Paulista de Tradição e Costumes, APTC.
Nós sabemos que existe um milhão de CTG’s- Centro de Tradição Gaúcha, por aí. E CTN- Centro de Tradição Nordestina, então? Só na cidade de São Paulo nem dá para contar, são muitos.TRADIÇÃO E COSTUMES

                Muito bem! “Ói nóis aqui traveiz”. Há poucos dias dei início a um projeto antigo que eu vinha protelando, hora porque eu não tinha tempo, hora porque eu inventava outra desculpa, e assim vai... Na realidade é um projeto de grande relevância, para os dias de hoje, portanto já não pode ficar mais na espera. Trata-se de uma associação de amigos da cultura tradicional de São Paulo, Associação Paulista de Tradição e Costumes, APTC.
Nós sabemos que existe um milhão de CTG’s- Centro de Tradição Gaúcha, por aí. E CTN- Centro de Tradição Nordestina, então? Só na cidade de São Paulo nem dá para contar, são muitos.
                Estão errados os gaúchos e os nordestinos? Claro que não, são arraigados à sua cultura e mantém suas tradições com afinco e o melhor ainda com orgulho de sustentar as tradições de seus pais e avós, exatamente do jeito que era . Num país continental, como o nosso, em que uma região dista de outra em quase três mil quilômetros, é óbvio que os costumes e tradições difiram uns dos outros. Tudo vai girar em função da etnia local, das necessidades impostas pela topografia, meio ambiente, flora, fauna, condições climáticas, etc...
Tá! E nós paulistas, que estamos no meio disso tudo, onde nos encaixamos? Na realidade quem começou essa encrenca toda fomos nós. O Brasil foi “descoberto” lá no Monte Pascoal, na Bahia, mas a primeira cidade brasileira foi São Vicente, que hoje tem como agregada a cidade de Santos, litoral central de São Paulo. Dali partiram as Entradas, as Bandeiras, excursões exploratórias, extrativistas que diferiam somente em número de integrantes e que “fincavam” o pé no mato desbravando esse paizão de cabo a rabo, levando por conseqüência hábitos e costumes que foram se enraizando e tomando formato conforme as conveniências dos locais.
Quer ver um hábito paulista que hoje é chamado de gaúcho? O churrasco.
Bah! Mas isso é do Rio Grande tchê. É nada, os exploradores, quando em andança, não paravam com freqüência em qualquer lugar. As paradas eram mais ou menos programadas, em lugares mais ou menos seguros e que duravam alguns dias.  Para se alimentar, na hora da fome, fosse no barco ou mesmo andando, era um pedaço de carne de sol, um punhado de virado, frutas colhidas pelo caminho e a caça. Abundante em todo o Brasil até os dias de hoje, imagina naquela época. Uma flechada, uma correria com a borduna na mão, um cerca Lourenço numa paca, uma paulada num dourado, na piracema, e a bóia já estava garantida para aquele momento. Que foi? Tá estranhando a falta de tiro para se matar a caça? Pois é, pode esquecer aquela imagem do bandeirante de chapéu de couro, gibão, botas altas com facão e bacamarte. Balela! Coisas do Almeida Júnior.
Uma Entrada ou uma Bandeira com gibão e bacamarte só se fosse bancada pela Coroa.
Isso custava uma fortuna e a realidade era bem outra. Os homens se vestiam com uma calça de algodão de amarrar na cintura e tinha um perfil de pula-brejo. Todos andavam descalços e com chapéus de palha confeccionados, por eles mesmos, com folhas de palmeira, abundantes em todo território nacional.
Suas armas eram as mesmas usadas pelo gentio, isto é, arcos, flechas, tacapes, bordunas e quando muito uma faca trazida do velho continente.
Bom, como fazer para matar a fome rapidinho? Assa o bicho! Uma fogueira, espeta a carne num espeto improvisado, dá uma sapecada nele e pronto, barriga cheia e a viagem já pode prosseguir. Isso, ainda aqui no sertão paulista, então imagina quanto churrasco não foi feito por aí até que ganhasse esse nome. Bah, tchê, mas quem se especializou foi o homem dos pampas. Tá bom, mas saiu daqui.
Muitas outras coisas que pertencem aos nossos costumes, as nossas tradições, que estão integradas ao nosso folclore, estão desaparecendo, dando lugar à coisas que não tem nada a ver com a cultura paulista, brasileira. São Paulo é especialista em supervalorizar a cultura alheia e deixar a nossa de lado. Até as escolas fazem barbaridades quando comemoram o dia das bruxas e nem explicam aos alunos, por exemplo, quem é o Saci-Pererê e ao invés de dançar aquela coisa ridícula, que parece manifestação de quem não tem coordenação motora nenhuma, o country, dance a catira, a quadrilha, o fandango e muitas outras danças típicas paulistas.
Aí você me fala que as nossas danças não são legais. É porque exige um pouco de cérebro e já não se usa há um bom tempo, né? Então faça como os gringos, preserve suas tradições, pois nisso eles dão nos paulistas de dez à zero, ou achamos que eles enfiam essa nhaca goela abaixo da gente à toa?
É por esse e outros motivos que já está mais de que na hora de se fazer alguma coisa para retomarmos a nossa identidade, o nosso orgulho de ser paulista. Afinal o povo mais trabalhador, mais birrento e desenvolvido deste país, quer os outros queiram, quer não, somos nós. Um baluarte da cultura paulista, que eu tenho o prazer de ser seu admirador e amigo me disse, num papo de buteco, que se pudesse  ostentava a “paulistice” dela todos os momentos do seu dia. Minha querida Inezita Barroso.
Quero um ranchinho, onde eu possa cantar as minhas modas e fazer meus versinhos, me disse o Tonico, em um dos muitos encontros que tive com ele. Não cheguei a ser amigo, mas um conhecido com grande afinidade cultural e de costumes. Que benção que Deus me deu.
Temos nós, os fundadores da Associação Paulista de Tradição e Costumes , o objetivo, quase uma missão, de por em prática nossos costumes quase desaparecidos mas latentes no sub- consciente de todos nós. Não é um resgate, mas sim um sopro na brasa que ainda não apagou, só está escondida embaixo das cinzas, mas põe a mão nela que você vai ver o calor que ainda tem.
Estão errados os gaúchos e os nordestinos? Claro que não, são arraigados à sua cultura e mantém suas tradições com afinco e o melhor ainda com orgulho de sustentar as tradições de seus pais e avós, exatamente do jeito que era . Num país continental, como o nosso, em que uma região dista de outra em quase três mil quilômetros, é óbvio que os costumes e tradições difiram uns dos outros. Tudo vai girar em função da etnia local, das necessidades impostas pela topografia, meio ambiente, flora, fauna, condições climáticas, etc...
Tá! E nós paulistas, que estamos no meio disso tudo, onde nos encaixamos? Na realidade quem começou essa encrenca toda fomos nós. O Brasil foi “descoberto” lá no Monte Pascoal, na Bahia, mas a primeira cidade brasileira foi São Vicente, que hoje tem como agregada a cidade de Santos, litoral central de São Paulo. Dali partiram as Entradas, as Bandeiras, excursões exploratórias, extrativistas que diferiam somente em número de integrantes e que “fincavam” o pé no mato desbravando esse paizão de cabo a rabo, levando por conseqüência hábitos e costumes que foram se enraizando e tomando formato conforme as conveniências dos locais.
Quer ver um hábito paulista que hoje é chamado de gaúcho? O churrasco. 
Bah! Mas isso é do Rio Grande tchê. É nada, os exploradores, quando em andança, não paravam com freqüência em qualquer lugar. As paradas eram mais ou menos programadas, em lugares mais ou menos seguros e que duravam alguns dias. Para se alimentar, na hora da fome, fosse no barco ou mesmo andando, era um pedaço de carne de sol, um punhado de virado, frutas colhidas pelo caminho e a caça. Abundante em todo o Brasil até os dias de hoje, imagina naquela época. Uma flechada, uma correria com a borduna na mão, um cerca Lourenço numa paca, uma paulada num dourado, na piracema, e a bóia já estava garantida para aquele momento. Que foi? Tá estranhando a falta de tiro para se matar a caça? Pois é, pode esquecer aquela imagem do bandeirante de chapéu de couro, gibão, botas altas com facão e bacamarte. Balela! Coisas do Almeida Júnior.
Uma Entrada ou uma Bandeira com gibão e bacamarte só se fosse bancada pela Coroa.
Isso custava uma fortuna e a realidade era bem outra. Os homens se vestiam com uma calça de algodão de amarrar na cintura e tinha um perfil de pula-brejo. Todos andavam descalços e com chapéus de palha confeccionados, por eles mesmos, com folhas de palmeira, abundantes em todo território nacional. 
Suas armas eram as mesmas usadas pelo gentio, isto é, arcos, flechas, tacapes, bordunas e quando muito uma faca trazida do velho continente.
Bom, como fazer para matar a fome rapidinho? Assa o bicho! Uma fogueira, espeta a carne num espeto improvisado, dá uma sapecada nele e pronto, barriga cheia e a viagem já pode prosseguir. Isso, ainda aqui no sertão paulista, então imagina quanto churrasco não foi feito por aí até que ganhasse esse nome. Bah, tchê, mas quem se especializou foi o homem dos pampas. Tá bom, mas saiu daqui.
Muitas outras coisas que pertencem aos nossos costumes, as nossas tradições, que estão integradas ao nosso folclore, estão desaparecendo, dando lugar à coisas que não tem nada a ver com a cultura paulista, brasileira. São Paulo é especialista em supervalorizar a cultura alheia e deixar a nossa de lado. Até as escolas fazem barbaridades quando comemoram o dia das bruxas e nem explicam aos alunos, por exemplo, quem é o Saci-Pererê e ao invés de dançar aquela coisa ridícula, que parece manifestação de quem não tem coordenação motora nenhuma, o country, dance a catira, a quadrilha, o fandango e muitas outras danças típicas paulistas.
Aí você me fala que as nossas danças não são legais. É porque exige um pouco de cérebro e já não se usa há um bom tempo, né? Então faça como os gringos, preserve suas tradições, pois nisso eles dão nos paulistas de dez à zero, ou achamos que eles enfiam essa nhaca goela abaixo da gente à toa?
É por esse e outros motivos que já está mais de que na hora de se fazer alguma coisa para retomarmos a nossa identidade, o nosso orgulho de ser paulista. Afinal o povo mais trabalhador, mais birrento e desenvolvido deste país, quer os outros queiram, quer não, somos nós. Um baluarte da cultura paulista, que eu tenho o prazer de ser seu admirador e amigo me disse, num papo de buteco, que se pudesse ostentava a “paulistice” dela todos os momentos do seu dia. Minha querida Inezita Barroso.
Quero um ranchinho, onde eu possa cantar as minhas modas e fazer meus versinhos, me disse o Tonico, em um dos muitos encontros que tive com ele. Não cheguei a ser amigo, mas um conhecido com grande afinidade cultural e de costumes. Que benção que Deus me deu.
Temos nós, os fundadores da Associação Paulista de Tradição e Costumes , o objetivo, quase uma missão, de por em prática nossos costumes quase desaparecidos mas latentes no sub- consciente de todos nós. Não é um resgate, mas sim um sopro na brasa que ainda não apagou, só está escondida embaixo das cinzas, mas põe a mão nela que você vai ver o calor que ainda tem.

Kleber Silveira.


 Shanná
               Uma homenagem ao José Alencar Arruda. Sabe quem é? Então, é o “Shanná”!  (É assim que ele grafava seu apelido)
                Shanná, segundo ele mesmo, é porque quando era criança pequena em Mandurí, sua terra natal, seu pai era dono de uma padaria e dava um guaraná caçulinha para manter o moleque quieto. Quando não se lembrava vinha a cobrança:
- Pai, dá chaná, eu quero chaná, dá chaná, pai!
                Filho caçula de uma família de onze irmãos, com um monte de irmãs coruja, todos achavam engraçado e passaram a chamá-lo de chaná.
                Eu fui ter o privilégio de conhecer o “Véio” em 1991, quando ele colocou uma música na FAMPOP que se chamava “Procura”. Um dia ele apareceu no portão de casa, eu morava na rua Acre, pertinho da casa da sua irmã Zezé, onde ele morava, na época. Aí Véio, ele chamava todo mundo de véio, faz um arranjo de viola na minha música que eu vou tocar na FAMPOP?
                Entra aí. Ele pegou o violão e me cantou: Vou procurar nas montanhas o ar que preciso pra viver melhor...
                Já gostei, era uma época que se valorizava a música regional, Almir, Renato Teixeira, Pantanal etc.
-Vou chamar o Flores pra cantar com a gente. (Na época o Flores e eu cantávamos juntos, meio Sá e Guarabyra...)
                No primeiro ensaio já vimos que tínhamos grande afinidade vocal e que fazíamos três vozes com grande facilidade, era automática a coisa. Cada um ia pra sua voz como se tivéssemos ensaiado a vida toda. Fugindo um pouco do ensaio, resolvemos cantar uma que conhecíamos, só pra curtir um pouco o vocal recém descoberto. Cio da Terra.
-Debulhar o trigo... os três num vocal perfeito, de novo como se já cantássemos há muito tempo juntos. Afinidade pura! Coisas que vêm de outra “encadernação”.
                Na FAMPOP, uns minutos antes da nossa vez, o apresentador perguntou qual era o nome do grupo. Um, lá, falou , - Eles são o Três do Rio. (Grupo vocal de muito sucesso na Europa na época da Bossa Nova) Aí, um gaiato que não faço a menor idéia de quem seja disse:
                -Que nada, três caipiras desses são o “Treis do Brejo”
                Assim ficou.
                Por causa do “Shanná”, foram muitos festivais por esse Brasilzão, muitos shows, muitas viagens e um companherismo que durou quase quinze anos.
                Nós nos tratávamos com apelidos sutis: o Flores era o “animar” eu era a “besta” e o Shanná era o “burro”.
                Toda vez que chamávamos o Shanná de burro, ele  apontava o dedo e falava:
- Óoooiii.
Um dia, montando o som para tocarmos no Hotel Berro D’Água, quando passamos pela piscina, que estava cheia de gente, um dos meninos falou para outro:
- Burro!!!
O Shanná, que passava por ali naquele momento, com mala de cabo, pedestal de microfone, monitor,  colocou tudo no chão, apontou o dedo para o menino e falou:
-Óoooiii.
O moleque não entendeu nada e nós rimos a tarde inteira.
Outra vez foi, se eu não me engano, no Hotel das Águas em Santa Bárbara, um chamou o outro de cavalo. O Shanná, sério, como se fosse a coisa mais importante do mundo falou:
- Não é comigo! Eu não sou eqüino, eu sou muar.
Por chamar todo mundo de Véio, todos o chamavam de Véio também, mas com o Flores e comigo o tratamento era mais sofisticado, ele nos chamava de Véleo.
Toda semana o Shanná nos falava:
- Pô, Véleos, estou apaixonado. (Era uma por semana) Estou namorando! Ela ainda não sabe mas eu já estou namorando, Vèleos. Shanná e suas conquistas.
Foram anos de convivência com uma pessoa de vida intensa, que eu me lembro de cada dia. Não sei se ele desembarcou fora do combinado, pra mim foi.
Então, Véleo, só me resta te dizer do fundo do coração:
Saudades, velho amigo.
Kleber Silveira


Sobre o amor



Houve uma época em que eu pensava que as pessoas deviam ter um gatilho na garganta: quando pronunciasse — eu te amo —, mentindo, o gatilho disparava e elas explodiam. Era uma defesa intolerante contra os levianos e que refletia sem dúvida uma enorme insegurança de seu inventor. Insegurança e inexperiência. Com o passar dos anos a idéia foi abandonada, a vida revelou-me sua complexidade, suas nuanças. Aprendi que não é tão fácil dizer eu te amo sem pelo menos achar que ama e, quando a pessoa mente, a outra percebe, e se não percebe é porque não quer perceber, isto é: quer acreditar na mentira. Claro, tem gente que quer ouvir essa expressão mesmo sabendo que é mentira. O mentiroso, nesses casos, não merece punição alguma.
Por aí já se vê como esse negócio de amor é complicado e de contornos imprecisos. Pode-se dizer, no entanto, que o amor é um sentimento radical — falo do amor-paixão — e é isso que aumenta a complicação. Como pode uma coisa ambígua e duvidosa ganhar a fúria das tempestades? Mas essa é a natureza do amor, comparável à do vento: fluido e arrasador. É como o vento, também às vezes doce, brando, claro, bailando alegre em torno de seu oculto núcleo de fogo.
O amor é, portanto, na sua origem, liberação e aventura. Por definição, anti-burguês. O próprio da vida burguesa não é o amor, é o casamento, que é o amor institucionalizado, disciplinado, integrado na sociedade. O casamento é um contrato: duas pessoas se conhecem, se gostam, se sentem a traídas uma pela outra e decidem viver juntas. Isso poderia ser uma COisa simples, mas não é, pois há que se inserir na ordem social, definir direitos e deveres perante os homens e até perante Deus. Carimbado e abençoado, o novo casal inicia sua vida entre beijos e sorrisos. E risos e risinhos dos maledicentes. Por maior que tenha sido a paixão inicial, o impulso que os levou à pretoria ou ao altar (ou a ambos), a simples assinatura do contrato já muda tudo. Com o casamento o amor sai do marginalismo, da atmosfera romântica que o envolvia, para entrar nos trilhos da institucionalidade. Torna-se grave. Agora é construir um lar, gerar filhos, criá-los, educá-los até que, adultos, abandonem a casa para fazer sua própria vida. Ou seja: se corre tudo bem, corre tudo mal. Mas, não radicalizemos: há exceções — e dessas exceções vive a nossa irrenunciável esperança.
Conheci uma mulher que costumava dizer: não há amor que resista ao tanque de lavar (ou à máquina, mesmo), ao espanador e ao bife com fritas. Ela possivelmente exagerava, mas com razão, porque tinha uns olhos ávidos e brilhantes e um coração ansioso. Ouvia o vento rumorejar nas árvores do parque, à tarde incendiando as nuvens e imaginava quanta vida, quanta aventura estaria se desenrolando naquele momento nos bares, nos cafés, nos bairros distantes. À sua volta certamente não acontecia nada: as pessoas em suas respectivas casas estavam apenas morando, sofrendo uma vida igual à sua. Essa inquietação bovariana prepara o caminho da aventura, que nem sempre acontece. Mas dificilmente deixa de acontecer. Pode não acontecer a aventUra sonhada, o amor louco, o sonho que arrebata e funda o paraíso na terra. Acontece o vulgar adultério - o assim chamado -, que é quase sempre decepcionante, condenado, amargo e que se transforma numa espécie de vingança contra a mediocridade da vida. É como uma droga que se toma para curar a ansiedade e reajustar-se ao status quo. Estou curada, ela então se diz — e volta ao bife com fritas.
Mas às vezes não é assim. Às vezes o sonho vem, baixa das nuvens em fogo e pousa aos teus pés um candelabro cintilante. Dura uma tarde? Uma semana? Um mês? Pode durar um ano, dois até, desde que as dificuldades sejam de proporção suficiente para manter vivo o desafio e não tão duras que acovardem os amantes. Para isso, o fundamental é saber que tudo vai acabar. O verdadeiro amor é suicida. O amor, para atingir a ignição máxima, a entrega total, deve estar condenado: a consciência da precariedade da relação possibilita mergulhar nela de corpo e alma, vivê-la enquanto morre e morrê-la enquanto vive, como numa desvairada montanha-russa, até que, de repente, acaba. E é necessário que acabe como começou, de golpe, cortado rente na carne, entre soluços, querendo e não querendo que acabe, pois o espírito humano não comporta tanta realidade, como falou um poeta maior. E enxugados os olhos, aberta a janela, lá estão as mesmas nuvens rolando lentas e sem barulho pelo céu deserto de anjos. O alívio se confunde com o vazio, e você agora prefere morrer.
A barra é pesada. Quem conheceu o delírio dificilmente se habitua à antiga banalidade. Foi Gogol, no Inspetor Geral quem captou a decepção desse despertar. O falso inspetor mergulhara na fascinante impostura que lhe possibilitou uma vida de sonho: homenagens, bajulações, dinheiro e até o amor da mulher e da filha do prefeito. Eis senão quando chega o criado, trazendo-lhe o chapéu e o capote ordinário, signos da sua vida real, e lhe diz que está na hora de ir-se pois o verdadeiro inspetor está para chegar. Ele se assusta: mas então está tUdo acabado? Não era verdade o sonho? E assim é: a mais delirante paixão, terminada, deixa esse sabor de impostura na boca, como se a felicidade não pudesse ser verdade. E no entanto o foi, e tanto que é impossível continuar vivendo agora, sem ela, normalmente. Ou, como diz Chico Buarque: sofrendo normalmente.
Evaporado o fantasma, reaparece em sua banal realidade o guarda­roupa, a cômoda, a camisa usada na cadeira, os chinelos. E tUdo impregnado da ausência do sonho, que é agora uma agulha escondida em cada objeto, e te fere, inesperadamente, quando abres a gaveta, o livro. E te fere não porque ali esteja o sonho ainda, mas exatamente porque já não está: esteve. Sais para o trabalho, que é preciso esquecer, afundar no dia-a-dia, na rotina do dia, tolerar o passar das horas, a conversa burra, o cafezinho, as notícias do jornal. Edifícios, ruas, avenidas, lojas, cinema, aeroportos, ônibus, carrocinhas de sorvete: o mundo é um incomensurável amontoado de inutilidades. E de repente o táxi que te leva por uma rua onde a memória do sonho paira como um perfume. Que fazer? Desviar-se dessas ruas, ocultar os objetos ou, pelo contrário, expor-se a tudo, sofrer tudo de uma vez e habituar­se? Mais dia menos dia toda a lembrança se apaga e te surpreendes gargalhando, a vida vibrando outra vez, nova, na garganta, sem culpa nem desculpa. E chegas a pensar: quantas manhãs como esta perdi burramente! O amor é uma doença como outra qualquer.
E é verdade. Uma doença ou pelo menos uma anormalidade. Como pode acontecer que, subitamente, num mundo cheio de pessoas, alguém meta na cabeça que só existe fulano ou fulana, que é impossível viver sem essa pessoa? E reparando bem, tirando o rosto que era lindo, o corpo não era lá essas coisas... Na cama era regular, mas no papo um saco, e mentia, dizia tolices, e pensar que quase morro!...
Isso dizes agora, comendo um bife com fritas diante do espetáculo vesperal dos cúmulos e nimbos. Em paz com a vida. Ou não. de FERREIRA GULLAR.

Pare de mentir para si mesmo

*Eliane Quintella
Eu já vi vidas serem estragadas pela mentira. Não estou falando de qualquer mentira, mas mentir para si próprio. Mulheres se casam sem gostar, admirar ou o que possa justificar no mundo um casamento. Muitas têm filhos sem qualquer dom para a maternidade. Vivem infelizes ou histéricas e tudo isso porque cederem à pressão da sociedade. Já vi pessoas abdicarem do seu amor, sem nenhum motivo supostamente nobre. E, no caso de amor correspondido, duas vidas foram estragadas, às vezes quatro, pois o casal que não fica junto pode procurar outro par, só para não ficar sozinho. 
Há pessoas que se submetem a trabalhos que odeiam porque não se sentem capazes para fazer aquilo que mais amam. Como no mundo você não é capaz de fazer aquilo que ama? Quem realmente se importa? 

Já vi pessoas sentirem-se obrigadas a cuidar de outras pelo simples fato de possuírem elo familiar. Eu não tenho nada contra quem cuida do familiar, desde que a pessoa seja querida e especial. Mas ficar cuidando de alguém que sempre te irritou ou que não representa nada pela simples e suposta responsabilidade que você tem, me desculpe, mas para mim é jogar a vida fora. A hipocrisia sempre ronda as relações familiares e, de verdade, são poucas pessoas ali pelas quais valeria a pena entregar seu tempo e sua vida. 

Exemplos não faltam, eles estão em toda parte e nos mostram com toda clareza que não existe felicidade nesse sacrifício que quer atender a um padrão social que não tem nenhum valor em si mesmo. Afinal, digam-me com sinceridade: de que adianta ser casado se seu parceiro não é importante para você? Ou trabalhar sem vontade, isso não é escravidão? De que adianta ter filhos, se você não serve para isso ou quer outro tipo de vida? Ou cuidar de alguém, se você não se sente conectado a essa pessoa, se ela nada representa para você? Vale jogar fora seu tempo, seu bem mais precioso? Assuma de uma vez: não vale a pena!

Alguém dirá que a vida é complexa, é louca, dá voltas, tira nosso chão. Tudo isso pode ser verdade dependendo do contexto, mas nos casos acima as pessoas não raciocinam, cedem a uma pressão social, a um ideal sem sequer questionar se vale a pena, se serve para elas, se é o que querem. 
Elas sabem que se vive uma vez só e sabem que não querem aquilo para suas vidas, mas agem como se vivessem em manada, seguem o fluxo deixando que outros decidam por elas e jogando suas vidas ralo abaixo. Viver uma mentira é a pior cilada que você pode cair. Assuma as rédeas da sua vida. Pare de mentir para si mesmo!



*Autora: Eliane Quintella é escritora (http://pactosecreto.wordpress.com).





Sobre a autora

Eliane Quintella nasceu em São Paulo (SP), é formada em Direto e mestre em Direito Processual Civil. Trabalhou em escritórios de advocacia e foi gerente jurídica de uma grande empresa alimentícia. Pediu demissão do cargo após o lançamento do seu livro Pacto Secreto (Ed. Novo Século), para se dedicar de corpo e alma à vida de escritora. 

http://pactosecreto.wordpress.com



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Fones: (11) 5051-8142


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O RESGATE DO PRESTÍGIO DO PROFESSOR


Jacir J. Venturi


Resgatar o respeito, o prestígio e até o glamour da carreira do magistério é o primeiro passo para uma significativa melhoria em nosso combalido sistema educacional. A desvalorização do professor é o principal limitador para que os nossos mais talentosos alunos abracem a sublime missão de legar uma geração melhor que a nossa.


Em subsequentes anos e salas distintas do ensino médio, refaço a mesma pergunta:
─ Quem de vocês quer ser professor?
A resposta é previsível: nenhum ou no máximo dois alunos por sala erguem corajosamente a mão. Tal resultado coaduna-se com a pesquisa da Fundação Victor Civita: apenas 2% dos 1 500 jovens entrevistados querem ser professor.
Colocando o dedo na ferida – e isso dói – há razões para esse despautério que deve ser compartilhado pelos governos, famílias e docentes. A principal jóia da coroa de uma estrutura educacional deve ser a sala de aula. Esses são os metros quadrados mais nobres, e quando o seu entorno não é bom a sala também é maculada.
Aos governantes compete instituir planos de carreira estimuladores, nos quais se estabeleçam critérios de meritocracia. “A universalização do Ensino Fundamental no Brasil foi feita à custa dos baixos salários dos professores” – opina enfaticamente Célio Cunha, da UNESCO.
O respeito à hierarquia e às normas da escola carece da efetiva participação dos pais para que a boa rotina escolar não seja comprometida. Quando famílias e alunos de bem se omitem, a alegoria é de duas trincheiras opostas: numa, professores e gestores e, na outra, alunos indisciplinados, perniciosos e pais ou permissivos ou agressivos.
No resgate do prestígio da carreira do magistério, o mais relevante é a postura e o profissionalismo do docente: manter-se atualizado nos avanços da sua matéria e das novas práticas e tecnologias educacionais, aula bem preparada para o enlevo da motivação e disciplina, além de um bom nível de exigência no conteúdo, a fim de promover nos educandos bons valores, autonomia e autodidatismo.
Nenhum país nutre tão profunda reverência aos mestres quanto o Japão. Ao cumprimentar o seu imperador, todos se curvam, com uma única exceção, pois “sem professor não haveria um bom imperador”. Tive o privilégio de compartilhar 16h de convivência – num final de semana – com 40 docentes nipônicos para uma troca de experiência. Eles dedicam dois turnos a uma única escola, onde lecionam, atendem os alunos, corrigem tarefas e preparam aulas. Professores e alunos têm em conjunto um almoço frugal na escola, feito por uma cozinheira e, pedagogicamente louvável: não há figura da zeladora. A limpeza dos pratos, talheres, pátios, salas, corredores, é tarefa dos alunos e professores. Com autoestima elevada, dizem os mestres nipônicos que gozam da deferência da comunidade e recebem incentivos para viagens e atividades culturais. Ah, são considerados bons partidos pelas moças e moços casadouros pelos 45 dias de férias, emprego estável e por gostarem de crianças. E deixaram escapar uma lamúria, que ribomba em todos os quadrantes: o salário é aquém dos engenheiros, médicos, executivos e quase metade é comprometido com o aluguel nos subúrbios de Tóquio.
No Brasil, quando se fala de status remete-se ao professor de cursos pré-vestibulares. São bons didatas, alunos motivados, estrutura física e tecnologia excelentes, salários elevados, 60 dias de férias e ambiente de glamour. Um colega meu, professor de Matemática, fazia galhofa: “é tão bom dar aulas em cursinho e ainda somos pagos”. Para mestres e alunos, um bom ambiente escolar é um ganha-ganha, é uma terapia.
Para finalizar, reitero a conhecida frase de D. Pedro II, que bem demonstra o enlevo da profissão: “Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro.”
Jacir J. Venturi é vice-presidente do Sinepe/PR (Sindicato das Escolas Particulares do Paraná), diretor de escola, autor de livros e foi professor da Educação Básica e Ensino Superior.
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Tony Borba é visagista, maquiador e cabeleireiro e nos fala sobre corretivo. Revela tudo que queremos saber e nem sempre temos a quem perguntar. O profissional está disponível como consultor e fonte sobre assuntos relacionados a beleza. Em 2011 foi contemplado com o prêmio Tesoura de Ouro e indicado como estando entre os cinco melhores visagistas de São Paulo no prêmio Cabelos&Cia. Em 2012 recebeu o prêmio Destaque Brasil Personalidade. Além da rotina de atendimento em salão, também marca presença em produções para cinema, teatro, TV, fotografia e moda e ministra cursos.

Logo após a minha assinatura é possível conferir nossa entrevista sobre corretivos.

Ficamos à disposição,
Forte abraço,
-- 
ELEN MELISSA GERALDO
Jornalista - MtB 23344
AssIm Eh Comunicação!
Assessoria de Imprensa e Revista Eletrônica
11-2361-1262 / 11-9767-0264
redes sociais: facebook, linkedin, twitter

O que é o corretivo? Para que serve? O que ele pode cobrir? (Acne, olheira, sardas)
Corretivo é o produto utilizado para disfarçar manchas, olheiras, cicatrizes, acnes e espinhas.

Quais são os tipos de corretivo? Por qual textura optar?
Os corretivos podem ser líquidos ou cremosos, a escolha depende diretamente do tipo de correção a ser feita.

Quais são as cores disponíveis de corretivo? Como descobrir qual é a melhor cor?
Quando a intenção é disfarçar olheiras, é preciso verificar o tom, pois isso varia de pessoa para pessoa. Quando forem de tons marrom o ideal é optar por um corretivo de 1 (um tom) mais baixo que o tom de pele e o final desta correção se dará com a base no mesmo tom de pele. Para problemas pontuais, como manchas roxas, o indicado será um corretivo amarelo. Já uma espinha vermelha pede corretivo verde. Enquanto que uma olheira esverdeada pede corretivo vermelho e etc..

Você diz que beleza também é uma questão de saúde... então, o corretivo também pode ser usado para disfarçar doenças dermatológicas? (Hemangioma=vermelha, Rosácea, Vitiligo, Lúpus=vermelha)
Sim, sempre que o problema se apresenta na cor avermelhada o corretivo deverá ser esverdeado, mas é muito importante
aplicar o produto somente sobre a mancha, preservando o arredor, caso contrário o produto se revelará na cor dele.
O uso de primer é obrigatório antes da aplicação do corretivo?
Antes da invenção do primer já existiam os corretivos, mas com o lançamento dele indico que não se abra mão pois o resultado
da maquiagem será perfeito.

O uso de corretivo é obrigatório ou pequenas imperfeições são resolvidas com o uso da base?
Quando o problema é pequeno a própria base consegue corrigir.

Como se deve aplicar o corretivo?
Toda a maquiagem deve ser aplicada com auxílio de pincéis, o ideal é um pincel "língua de gato pequeno" para a aplicação do produto e uma esponja pode auxiliar na retirada de excessos e garantir a cobertura perfeita.

O uso da base é obrigatório após a aplicação do corretivo?
Nem sempre. Quando bem aplicado, somente o corretivo pode ser suficiente para garantir a beleza com perfeição.

A textura da base tem de ser a mesma do corretivo usado?
Não necessariamente,. Quando a base for líquida, podemos aplicar o coretivo após a base, quando for uma base cremosa
indico que a aplicação do corretivo anteceda a base para garantir um resultado perfeito.

Como se deve aplicar a base antes do corretivo?
Normalmente, quando se tratar da base líquida o ideal é que o corretivo seja aplicado depois, mas sempre com pincéis adequados.

O uso do pó compacto é obrigatório após a aplicação da base?
Se for uma pele muito oleosa, indico o uso do pó, caso contrário, somente a base pode ser suficiente para eliminar brilho e
uniformizar a pele.

O que é aquela mancha branca nas olheiras de algumas fotos de celebridades?
Pode ser provocado por uso inadequado do corretivo ou até dos iluminadores em locais errados.

Qual é o seu corretivo preferido? (Marca e textura)
Prefiro trabalhar com os corretivos do tipo cremoso, de preferência da Kryolan ou Graphtobian, mas o mercado nacional está muito bom e existem outras marcas nacionais capazes de resolver o problema.

No dia-a-dia, também devem ser usados os corretivos profissionais?
Quando se domina a auto-maquiagem indico sim, o resultado é muito melhor.

Que segredinho relativo aos corretivos você nos confidenciaria?
O corretivo é indispensável para disfarçar aquela noite mal dormida ou até problemas de fígado que se revelam em forma de olheiras. O ideal é não abusar aplicando o produto em excesso, vá devarar e aos poucos até encontrar o resultado desejado. Como em tudo na maquiagem, "menos é mais".

Mais uma vez falando de beleza e saúde... alopécia na sobrancelha pode ser disfarçada de que forma?
Quando o problema é pequeno, o ideal é utilizar o lápis 8B dos desenhistas, ele garantirá um resultado bem natural, mas este artifício serve apenas para peles claras, as mais escuras devem optar por uma sombra opaca na cor castanha e com aplicação auxiliada por um "pincel chanfrado e de consistência dura e fina". Alguns lápis de sobrancelha geram um resultado muito fake! Mais uma vez repito, "menos é mais". 

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PARTICIPAÇÃO DE * Eliane Quintella

Pare de carregar o mundo nas costas

Batalhamos diariamente para dar conta de tudo, não pedir ajuda ou enfraquecer, assumir mais compromissos, driblar a rotina e realizar tudo que foi programado. Eis que se aproxima - com aquele ar de coitado e a graça dos fracos e oprimidos, cujos olhares estimulam sentimentos ordinários de piedade, na pele de seu amigo - o aproveitador! Aquele que confia e sabe que você é cumpridor de seus deveres e que, com seu jeito malabarista, dará conta também de mais uma tarefa. O pior é que ele está certo! Você sabe que ele pede porque é folgado, contudo, está ciente de suas obrigações, em especial do seu dever para com seu amigo. Por isso, sacrifica sua rotina, ajeita a agenda para atender a mais um favor, sobrecarrega-se, dobra-se e exaure-se, mas dá um jeito. Na esperança que seu amigo compartilhe do seu sacrifício, você aguarda que ele não lhe peça mais nada, mas um novo dia surge e outras demandas também. E não apenas dele, que ficou satisfeito com o resultado de sua diligência, mas de todos os cantos. Então, lá vem você novamente sentindo a obrigação de carregar o mundo em suas costas.

Pare imediatamente com isso! Não existe dever algum que você precise cumprir. Seu único dever é com você mesmo. Não se deixe ser explorado e demandado para coisas que não sejam de seu interesse. Você não deve se dobrar às vontades dos outros, tampouco eles devem se dobrar à sua.

A vida é uma troca e as pessoas só devem se aproximar por conta de seus exclusivos interesses. Nada como piedade, sacrifício ou doação gratuita podem fazer parte de sua rotina, se isso não for de seu próprio interesse. Do contrário, será tão sugado que não sobrará energia alguma para si. Você passará a vida se doando para aqueles que são folgados demais para lhe reconhecerem e que desdenham de toda sua dedicação. Pelas costas, ainda o chamam de otário.



Autora: Eliane Quintella é escritora (http://pactosecreto.wordpress.com).



Sobre a autora

Eliane Quintella nasceu em São Paulo (SP), é formada em Direto e mestre em Direito Processual Civil. Trabalhou em escritórios de advocacia e foi gerente jurídica de uma grande empresa alimentícia. Pediu demissão do cargo após o lançamento do seu livro Pacto Secreto (Ed. Novo Século), para se dedicar de corpo e alma à vida de escritora. 

http://pactosecreto.wordpress.com

PARTICIPAÇÃO DE FERNANDA AOKI

PALHA-AÇO





“Viva a vida mais leve, não deixe que ela escorregue,
que te cause mais dor...
Viva à sua maneira, não perca a estribeira,
saiba do seu valor...”(Fernando Aniteli)


Que encantamento é esse que faz rir, e algumas vezes, dá um pouco de tristeza, ou ainda faz da tristeza sorriso... que perpassa do extasiamento infantil, ao medo desse ser estranho, simpático de palha e de aço?
Que homem é esse que se veste de colorido, pinta a cara, borra a boca de batom e tira sarro da própria desgraça?
Respeitável público, esse que assistimos, rimos, vibramos é o palha-aço, homem esse, que personifica nossas falhas, defeitos, fragilidades de um jeito não só aceitável, mas engraçado...
Que mágico esse poder de se divertir com o defeito e transformá-lo em algo risível, alimento para a alma; porque creio que não há nada que preencha mais uma alma que um riso verdadeiro... Pode ser daqueles que mora nos olhos, riso silencioso que se alegra comportadamente ou até daqueles que dói a barriga e derrama lágrimas de tanto rir...
Que curioso o riso-alegria e o choro-tristeza possuírem em seu extremo uma expressão comum: a lágrima. Riso e choro manifestam-se da mesma forma. Talvez se olhássemos o mecanismo às avessas poderíamos, quem sabe, encontrar no fundo da tristeza, um pedacinho de alegria e na outra ponta da alegria uma pontinha de tristeza. Tal como em seu transbordamento (lágrima), talvez sua raiz também seja a mesma. Tristeza e alegria se entrelacem, dancem como um par, se completem... Como diz a psicanálise, a origem dos sentimentos é indefinida, ainda não existe feliz, triste, bom, ruim, são apenas afetos que ganham seus contornos conforme o contato com o ambiente, con-forme as formas dadas a estes a-fetos nas relações.
Talvez, seja justamente isso que o palhaço faz: ele borra os contornos, extrapola as fôrmas; de um jeito lúdico enaltece o louco, o erro, o triste e os mistura... A ingenuidade cheia de malícia faz a graça do espetáculo. É como se ele unisse os opostos e os sobrepusessem. O tombo, a piada, o desastre são alegres e tristes, burros e inteligentes, são caricaturas do nosso avesso...
O palha-aço é aplaudido, enche a alma dos espectadores porque mais do que  distribuir risos ele naturaliza-escandalizando o feio, o torto, o erro... E talvez ele só possa ser assim, conseguir tal encantamento, porque sabe muito bem brincar; percorrer o faz-de-conta e ainda ser ele mesmo. O palha-aço cai, mas ele não é o tombo, é enganado, mas não é o engano... Ele é palha-aço e por isso autorizado a cometer palhaçadas.
Deveríamos aprender essa essência do palha-aço, brincar com os “desajeitamentos”, perceber nossos escorregões e poder rir deles porque somos para além deles... Rir é aceitar que fazem parte e não, que nos fazem , nos colocam, a parte de um correto esperado...
Penso que as pessoas que acreditam que ser chamado de palhaço é xingamento, na verdade não entenderam a essência desse personagem, ou ainda tem medo de não saber brincar... e aí as coisas ao invés de terem o encantamento simbólico, só podem ser elas mesmas, em sua concretude rígida e inerte. Então a pessoa passa a ser o bobo, o enganado, o tombo... E justamente por isso ele não pode ser palha-aço, uma vez que não consegue transitar entre a fantasia do palco e o real da platéia. Não consegue re-presentar, se presentear com a magia da representação. Para estes faltaram as brincadeiras de viagem imaginativa, as histórias antes de dormir, a visita a picadeiros...
Pois na verdade do faz de conta do picadeiro, palha-aço é aquele que conhece as fragilidades humanas-palhas, as experimenta e reconhece o quanto somos por elas formados, as visita, sofre-as e depois, assim, pode brincar com elas, re-apresentá-las transformando-as em aço, força para olhar e resistir, re-existir à dureza moralizante da realidade imperfeita. O palha-aço toca suas palhas e aços, seus direitos e avessos, e percebe que não é porque são avessos que não o constitui, ao contrário é por eles que se pode existir o direito.
E por isso, respeitável público, na máscara do palha-aço estão nossos borrões, no riso, o aprendizado de “humorizar” a vida e em nossos aplausos ( como se diz em inglês –give your hands) damos as mãos, nos reconciliamos com aquilo que era tão escondido, proibido, vexatório...nossas falhas podem ser vestidas com roupa de aço.
“Depende de nós para que o circo esteja armado, que o palhaço esteja engraçado, que o riso esteja no ar...”
Está em nossas mãos criar o cenário de circo, enterrar o morto (gíria usada pelos circenses para armar o alicerce que sustentará a lona), fazer luto pelas perdas, falhas, imperfeições, e assim, poder erguer a lona, o teto-céu, manto que desejamos para cobrir, vestir essa parte nossa... Re-conhecer-nos borrados e fazer das cores a alegria e o humor de alguém que ri, porque pôde chorar, que é de aço porque já se conheceu palha... Ser palha-aço!

Fernanda Aoki
15.06.2012

Estudante de Psicologia na USP em Ribeirão Preto



... este texto foi lido por ocasião do Cinema no Divã que debateu o filme o Palhaço, que teve a presença de Vera Moreira, Iara Maria Vaz Schiavao, e outros...
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QUEM É MANO NOGUEIRA
Um pouco sobre a história da EMAPA

         Agenor Nogueira Filho, o Mano, o segundo da esquerda   para direita foto site A Bigorna

Filho de Agenor Nogueira e Izolina Paes Nogueira.
Pelo lado paterno era neto de Custodio de Assis Nogueira e este filho de Francisco de Assis Nogueira (pai) que tinha outro filho também chamado Capitão Francisco de Assis Nogueira Filho e este tendo saindo de Botucatu permaneceu em Avaré onde foi vereador antes de partir para o sertão. Comprou terras na região da alta Sorocabana, onde fundou a cidade de Assis que leva seu nome. Outro filho de destaque foi o TenenPublicar páginate Coronel Braz de Assis Nogueira, bisavô do professor Aquilino Nogueira Cesar ex-presidente da Câmara Municipal de Avaré. O Tenente Coronel aparece em um livro apontado como a pessoa de maior destaque em sua época a aderir à reforma protestante.  Pelo lado materno o Mano era neto do Capitão José Paes de Almeida, destacado líder político de Botucatu. Sua avó (esposa do capitão) Dona Mariana, ao falecer deixou grande herança considerado na época o maior inventário que até então havia ocorrido em Botucatu.
Seu pai Agenor Nogueira foi vereador em diversas legislaturas na cidade de Botucatu, e no livro “As Ruas de Botucatu” sua biografia o aponta como um destacado comerciante de gado e introdutor do gado Zebu na região, “na pecuária foi um dos primeiros a adotar o sistema de rotação de pastos”; “introduziu métodos racionais de lidar com o gado vacum e outros abolindo a pancadaria, gritos e atropelos (podemos dizer que já praticava a doma racional, pois não permitia o uso de esporas e relhos e não permitia corridas de cavalo! Ou qualquer mal trato a animais!). (os parêntesis são nosso) Foi um dos precursores- senão o precursor- do enleiramento permanente, (nas lavouras de café) merecendo especial referencia do agrônomo Rogério de Camargo.”
  Ainda o pai do Mano no começo do século passado não contratava funcionário que mantinha pássaros em gaiola e não permitia o uso de estilingue em sua propriedade. Quando via alguém com um em suas terras tomava e destruía. Não permitia a derrubada da mata ciliar; entre outros construía a curva de nível em suas terras. Só plantava no sentido da curva.
Foi proprietário da Fazenda Itaúna vendida ao Sr José Saab, em seguida adquiriu a Fazenda Betânia em Barra Grande, para onde se transferiu em 1946, vindo a falecer em 1952. A qualidade desta Fazenda era bem inferior à anterior e a decadência econômica foi uma conseqüência inevitável. Com seu falecimento, as terras foram fracionadas entre os vários herdeiros e dado a baixa fertilidade do solo se tentou de várias maneiras sua recuperação. Sob a orientação do agrônomo Dr. Odilon Nogueira o Mano depois de assistir a uma palestra, deu início a uma experiência, adotou o termo “Rotação de Pastagem” e passou a dividir os pastos em piquetes e deu início a vários procedimentos. Um deles era deslocar o cocho de sal deixando por algum tempo em um local e em seguida mudar para outro promovendo assim uma distribuição por igual do esterco. O gado permanecendo mais tempo ao redor do cocho com o sal, fertilizava o solo de forma ordenada distribuindo por todo o território. Havia porem alguns entraves. O capim era o nativo e tinha seu próprio ciclo, na época das chuvas florescia para em seguida desaparecer deixando o solo completamente descoberto faltando assim comida para o gado.
Em uma viagem, o dep. Braz de Assis Nogueira irmão do Mano trouxe uma gramínea a pangola. Criou-se uma grande expectativa. Com a rotação e mais a gramínea tudo haveria de melhorar. Porem não demorou muito para a decepção, pois a nova gramínea não suportava o pisoteio e bastava o gado caminhar que ela desaparecia. Porem o método foi aprovado, pois o número de gado no mesmo pasto aumentou. E agora era sensivelmente melhor, mas distante do pasto em uma boa terra!
Ao lado desta experiência o Mano deu início a outros projetos: Contando com a participação de alunos da Faculdade de Botucatu, ainda na década de 60, deu início à inseminação artificial do gado. E promoveu a integração da ovinocultura com gado.  Neste tempo freqüentava sempre os cursos em Itapetininga e eu mesmo fui a um deles.
Sem perda de tempo iniciou a seleção de gado de raça e passou a freqüentar as exposições. Foi premiado em várias delas, mas o maior capital foi ter feito inúmeros amigos entre os maiores criadores de gado do Brasil e que freqüentavam sua casa.
Sempre participava nas exposições de gado. À sua volta havia sempre algum interessado comentando sobre sua participação.
No desfile do Centenário de Avaré, participou com um carro alegórico apresentando uma fiandeira com uma roca, tecendo a lã que era produzida em sua propriedade.
Por esse tempo participava ativamente em muitos eventos e instituições como o Rotary e foi um dos organizadores da Associação Rural de Avaré e veio a ser seu presidente em 1966, ano da segunda Emapa.
Em uma conversa com o João Tezza poucos dias antes de seu falecimento me dizia que conversava muito com o Mano na Associação Rural, sobre a realização de uma exposição em Avaré.
Em conversa recente o Flávio Fernandes, filho de Dona Florisa, me contou que saindo de umas das reuniões do Rotary foram até sua casa e o Mano dizia, “vamos organizar uma exposição aqui em Avaré?”
Ao voltar de uma das exposições em Itapetininga reuniu em sua casa os agropecuaristas de Avaré. Depois de muita conversa a decisão tomada foi a de que o Mano deveria procurar o prefeito Dr. Paulo Araujo Novaes, e propor a realização de uma exposição em Avaré. E isso foi feito. Em companhia do vereador Alfredo Marque do Valle seu cunhado, foram e receberam o aval do prefeito. Ficou definido que a Exposição seria Municipal e Agro Pecuária e de Avaré. Compondo a sigla EMAPA.
Em seguida foi composta a comissão organizadora sob a presidência do Mano com todas as pessoas relacionadas no catálogo oficial da primeira EMAPA (a relação consta em nosso artigo, ”Assim Nasceu a Emapa”).
Quanto à sua vida particular o Mano enfrentava terríveis problemas. Foi diagnosticada uma patologia renal grave.
Com o golpe Militar de 1964, e a implantação das medidas econômicas, passamos um período de recessão que abalou de forma implacável sua vida econômica (em todo lugar a “quebradeira” foi geral). Passou a depender cada vez mais de empréstimos, que o levou a uma situação de inadimplência e muitas dívidas se acumularam,ficando sem condições de pagar. Por outro lado a inflação corroia cada vez mais suas finanças. Seu relacionamento familiar se deteriorava. Sua vida social passou a ser cada vez mais conturbada. Alem de ver cada vez mais seu patrimônio definhar, seu relacionamento piorava a olhos vistos, seu problema nos rins se agravava, e hoje sabemos que este tipo de patologia leva a pessoa a ter um comportamento atípico (seria o bipolar?). Alternando momentos de bom humor com outro de agressividade.  
 Depois de criar a Emapa e ter sido o primeiro presidente e ter conseguido consolidá-la, foi afastado, mas nunca deixou de participar até quando lhe foi possível. (apesar disso os grandes expositores não o esqueceram quando vinham para a Emapa não deixavam de freqüentar sua casa e sempre esperavam que um dia ele ainda pudesse voltar; eram seus amigos).
Uma grande tragédia se deu: seu filho do meio, depois de ter pegado escondido o carro de sua mãe da garagem, foi em direção ao Estado do Paraná onde sofreu um acidente fatal. Com a separação da esposa por divórcio, deu início a um namoro tido em Avaré como “escândalo” (“aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra”), com uma artista de Televisão que chamava mais a atenção por seu lado excêntrico que por qualquer outro atributo, a Wilza Carla que veio a desempenhar o papel de Dona Redonda em umas das novelas da Globo.
A decadência econômica fez com que viesse a vender sua Fazenda e o pouco que lhe restou, com muita dificuldade pode transferir-se para Londrina onde vivia graças à hemodiálise esperando por um transplante que pudesse lhe salvar a vida. É bom lembrar que neste tempo a técnica ainda era incipiente e o risco de rejeição era imenso. Depois de um transplante foi vítima da rejeição.  Sua saúde entrou em colapso até que em dezembro de 1978, veio a falecer.
E a Emapa ficou para os que têm dado continuidade a sua grande criação.
 Resta-nos perguntar:
- Teria sido em função destes fatos que tão devotado cidadão não recebe por parte das autoridades o reconhecimento de sua participação efetiva na consecução da EMAPA?

- Qual é a dificuldade para o reconhecimento de que sua participação foi decisiva e que sem ela dificilmente teríamos a EMAPA da forma como a conhecemos?
- Estaria faltando mais provas alem das que já apresentamos?

- Estaria faltando mais depoimentos alem dos já apresentados?
Não podemos acreditar que seu comportamento na vida particular possa ser a desculpa para o não reconhecimento de sua grande obra. Ou seja, a EMAPA.
Penso que ainda seja tempo da reparação. Temos aí sua viúva, pois voltaram a contrair novas núpcias. Uma mulher de quase oitenta anos que passou por toda essa tragédia.
Viu seu patrimônio ruir.
Perdeu seu filho do meio de forma trágica.
Perdeu o marido em momento de grande dificuldade.
Perdeu seu filho mais velho com o mesmo mal que acometera seu marido.
Doou a ele um de seus rins, mas houve rejeição.
E este veio a falecer enquanto aguardava um novo transplante.
O último filho que lhe resta vive com um órgão transplantado. Posto que esteja afetado pela mesma patologia do pai e do irmão.
Frente ao exposto esperamos que houvesse sensibilidade e se promova um reconhecimento público a tão devotado cidadão por parte das autoridades a quem tanto fez por Avaré, na figura de sua viúva.
E que se faça algo para marcar de forma permanente e inequívoca este fato.
“Povo bom e gentil em teu seio forasteiro encontra guarida”