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CONHEÇA A HISTÓRIA DO JEEP


Como tudo começou?
O Estado Maior do Exército dos Estados Unidos lançou em 1941 um apelo aos fabricantes de automóveis em seu país para a construção de veículos para fins militares. Eles queria um veículo ligeiro, que pudesse transportar carga, que encarasse qualquer terreno e tivesse tração integral.
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Algumas características que foram solicitadas:
Tração: 4x4
Distância mínima ao solo: 16 cm
Peso máximo: 590 kg
Carga útil: 272 kg
Máxima distância entre eixos: 2,03 metros
Curiosamente, o prazo imposto pelo exército americano, dada a urgência, era de apenas 49 dias para que fossem apresentados protótipos funcionais para testes. Das 135 empresas convidadas, apenas três aceitaram o desafio: Ford Motor Company, American Bantam (que foi a única que apresentou um protótipo real dentro do prazo pré-estabelecido) e Willys-Overland. No final das contas, o exército resolveu então pelas três empresas, mas aproveitando o design da American Bantam.
A origem do nome
No início, o projeto tinha como nome GP, que significava General Purpose Vehicle, ou veículo para uso geral. As pessoas chamavam o carro pelo acrônimo GP (em inglês), que soava como "jeep". Outro fator curioso também ajudou a popularizar este nome. A palavra "jeep" era a única pronunciada por um personagem de quadrinhos da década de 30 chamado Eugene, que era o bicho de estimação de Olívia Palito, namorada o marinheiro Popeye. Eugene tinha poderes superiores, tais como caminhar pelas paredes e tetos. Graças a popularidade de Eugene alguns soldados começaram a chamar seus veículos de JEEP em alusão a seus poderes.
Então, em 1950, o nome e a marca foram registrados pela empresa Willis Overland, que seguiu fabricando o Jeep tanto para os militares como para o uso civil.
As mudanças de donos
Uma vez terminada a disputa, a marca que manteve os direitos de fabricação e comercialização do Jeep foi a Willis-Overland, que se encarregou em criar e produzir modelos pensados também para o uso recreativo e para o trabalho. Assim nasceram modelos como o Jeepster - foto abaixo -, que mantinha as formas "rudes", porém com mais “sex appeal” que o veículos militar.

Em 1953, a Willis-Overland adquiriu a Kaiser Motors, e a empresa passou a se chamar Kaiser-Jeep. Alguns anos mais tarde, a empresa comprou a fábrica e todas as instalações da Studebaker, e criou a Defense and Goverment Products Division. Já em 1967, a Kaiser-Jeep foi comprada pela American Motors Company (AMC), que nasceu em 1954 através da fusão das marcas Nash-Kelvinator e Hudson Motor Car Company.
A American Motors fundou então uma divisão dedicada a produzir modelos para o governo e o exército. Esta ganhou o nome de AM General e seguiu fabricando o Jeep Militar, assim como versões para uso civil e comercial. Nesta época surgiram modelos como o CJ5, o CJ7 (Civil Jeep) e o Wagoneer.
Entre 1978 e 1980 a Renault foi adquirindo pouco a pouco a American Motors Company (apenas a divisão de veículos para uso civil), até converter-se em sócia majoritária. Durante a época em que a Renault esteve a frente da Jeep foram lançados modelos muito emblemáticos, como o Grand Wagoneer, o primeiro SUV de luxo com preço não tão elevado como os Land Rover e com as mesmas capacidades off-road. Neste período também nasce um dos nomes mais famosos da marca, o Jeep Cherokee.
A era Chrysler
Devido a fortes problemas econômicos da Renault, a empresa norte-americana Chrysler, liderada por Lee A. Iacocca, aproveitou suas excelentes condições financeiras e adquiriu em 1987 a American Motors Company. Os executivos da marca da estrela de cinco pontas decidiram acabar com a divisão "American Motors" e criar uma empresa chamada Eagle-Jeep.
A Jeep hoje
A empresa atravessa um período conturbado ainda em reflexo da grave crise na indústria americana nos últimos anos. No entanto, nos últimos meses teve um pico de vendas graças ao novo Grand Cherokee. 
A marca está em um estado de transformação, oferecendo produtos cada vez melhores com foco na qualidade. A Chrysler continua a ser a proprietária da marca, mas passou a ser controlada pelo Grupo Fiat. Nos dias de hoje o destaque para modelos como o Wrangler, que nada mais é que uma espécie de "bisneto" do venerável Jeep de 1941.
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