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Avaré possui a única biblioteca municipal para cegos da região

Além da Biblioteca a Secretaria Municipal responsável oferece diversas atividades para pessoas deficientes.

Avaré possui a única biblioteca municipal para cegos da região com mais de 400 livros.

Espaço também oferece curso para que deficientes aprendam a ler em braille. Segundo o IBGE, cidade tem 177 deficientes visuais e 2 mil moradores com problemas graves na visão.
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Com mais de 400 livros em braille e 120 audiolivros, entre clássicos e de autoajuda, a Biblioteca Braille Jairo Amorim se destaca em Avaré (SP) por ser a única municipal da região voltada para os deficientes visuais.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só em Avaré são 177 pessoas com deficiência visual e aproximadamente 2 mil com problemas visuais graves. Com isso, o espaço passou a oferecer cursos para quem precisa aprender a ler em braille.
Agnelo Benício, por exemplo, é um dos estudantes do curso. Ele conta que ficou cego há 30 anos por causa de um glaucoma e que no início teve dificuldade para aceitar a nova condição. Porém, após aceitar, decidiu aprender a ler em braille e frequentar a biblioteca. “Os primeiros 10 anos foram difíceis. A gente não aceita e era difícil ficar sem enxergar. Agora, quero aprender e voltar a ler”, afirma o aposentado.
O curso é ministrado pela professora Eliane Santos, que também é deficiente visual e incentiva os alunos a não desistirem. “Primeiro você tem que decorar os pontinhos. Cada pontinho é uma letra. Mas não pode desistir”, explica.
Maria de Fátima Corrêa está cega há mais de 20 anos e afirma que no curso é a oportunidade de estar próximo dos amigos e mergulhar no mundo dos livros. “Eu estou no meio dos meus amigos, que também são deficientes visuais. Esse é um curso que muitas pessoas que não têm visão também tinham que fazer porque é muito bom”, afirma.
Segundo a secretária municipal dos Diretos da Pessoa com Deficiência, Sandra Ribeiro, a procura pelos livros e até pelo curso poderia ser maior diante do número de deficientes visuais no município e região. “Acho que isso se deve a falta de interesse das famílias dessas pessoas, pois os deficientes dependem de seus familiares [para irem à biblioteca]”, afirma. FONTE G1
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