A figura
extravagante acaba de surgir em meio ao que parece ser uma batalha.
Baixinho, multicolorido, cabeça ovalada, voz infantil e mais parecendo
uma gueixa robótica, ele está perto de causar risos. “Mas quem é ele?”,
pergunta um dos personagens. “O grande Zen-Oh, a entidade que está acima
dos 12 universos”, responde alguém.
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A
informação muda completamente os semblantes. Alguns se prostram no chão,
num misto de reverência e temor. Outros são mais sutis, embora o receio
exale pelos poros. “Espero que esteja passando bem”, deseja um dos
combatentes. A subserviência é total. E olha que Zen-Oh está entre os
Deuses da Destruição.
Se o
leitor acompanha “Dragon Ball Super”, animação japonesa exibida no
Brasil pela Cartoon Network, já deve estar habituado aos poderes da
figurinha estranha. O que você talvez não saiba é que a voz aguda do
personagem é feita pela avareense Mariana Zink.
Formada em Artes Cênicas pela Unicamp, Zink é dubladora há sete anos e hoje vive em São Paulo. A
profissão entrou na vida da atriz por acaso. Durante a faculdade, ela
se voluntariou para um trabalho da turma de cinema, cuja missão era
gravar uma dublagem. Após o exercício, uma colega elogiou a atuação da
avareense e sugeriu que ela se aprofundasse no assunto.
Assim que
concluiu o curso, Mariana deixou Campinas e seguiu para a capital
paulista, onde começou a estudar a profissão paralelamente à atuação no
teatro. Curiosamente, Zink precisou
recorrer a uma fonoaudióloga para melhorar a dicção em razão do costume
de falar muito rápido, resquício do sotaque caipira.
Receptividade
Zen-Oh já é
um marco na carreira da atriz. Embora tenha dublado vários desenhos
infantis, esse é seu primeiro personagem que é reconhecido no ato.
“Nossa. Você faz “Dragon Ball”? Que da hora!”, conta Zink sobre a reação
das pessoas. DO FORA DE PAUTA