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CRONICA/OPINIÃO - Jeitinho Brasileiro - J Barreto



“O jeitinho brasileiro” que foi cantado em prosa e versos, e era admirado mundo afora, falava de um povo que diante das dificuldades materiais ou emocionais buscava superá-las com bom humor e criatividade. Era o jeitinho gentil com que acolhia os amigos, os estranhos, e os que vinham de fora, e esta alcunha era um orgulho nacional. Hoje quando alguém fala do “jeitinho brasileiro” nos trás um misto de vergonha e revolta, pois esta palavra traz tudo que há mais sórdido e repugnante dentro da sociedade. Os homens públicos, diga-se a verdade, que nunca foram santos,mas hoje a grande maioria causa inveja ao próprio Belzebu. Patriotismo está fora de moda, e somente os ingênuos se ufanam em tê-lo, pois hoje o Brasil pertence a uma classe privilegiada que domina e suga tanto os empresários quanto os trabalhadores. Senão, vejamos os vereadores, os deputados e os senadores participam do duodécimo repassado pelos municípios, pelos estados, e pelo governo federal, e como isto representa um porcentual do que é arrecadado eles buscam gastá-lo de qualquer maneira, pois além dos proventos legais, eles vão acumulando penduricalhos e mais penduricalhos escandalosamente que chegam a quadruplicar seus vencimentos, e nem é preciso falar dos assessores que pouco ou nada fazem. Porém tudo isto é o visível, imaginemos então o invisível, que só agora a Lava Jato esta tentando desvendar. Ser parlamentar é tão bom que foram cridos clãs que se sucedem em todas as esferas. É fácil culpar o eleitor pela baixa qualidade dos parlamentos, mas isto é uma injustiça, pois ao votar em um candidato que você julga merecer ser votado, seu voto é mais um número somado pela legenda, mas se ele tiver um número elevado de votos; por exemplo, Enéias e Tiririca; ele vai eleger muitos outros que não mereciam ser eleitos. Se seu candidato for eleito mas não pertencer a máfia dominante, ele será sempre um pária sem nenhuma chance de exercer seu ofício. A única chance que temos é não votar no patriarca e nem em sua prole, e assim interrompermos esta linhagem. Foram os parlamentares que elaboraram o atual código penal, talvez agindo em causa própria, que é uma vergonha e um teatro de horrores, pois eles se protegeram e protegeram toda sorte de bandidagem e se omitiram ao não proteger a população honesta e trabalhadora. Já o judiciário não é muito melhor que o parlamento, pois usa e abusa de benesses, muitas delas legais mas imorais.. Dependendo de certos interesses julgam com interpretações pessoais da lei contrariando pareceres de seus pares, geralmente beneficiando facínoras. Em um de meus últimos artigos abordei a uma verdade de um velho juiz, seria bom Lê-lo. Nenhum chefe do executivo poderá ser corrupto se não puder contar com a conivência do parlamento e do judiciário.

J.Barreto
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