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Avareense vence 45ª edição do Salão do Humor de Piracicaba, SP

Vencedor 45º Salão Internacional do Humor de Piracicaba (Foto: Fernando Jacomini/G1)

Foi trabalhando em uma banca de jornais de Avaré (SP) aos 14 anos que o caricaturista e escultor brasileiro Luiz Carlos Fernandes, de 60 anos, se apaixonou pela arte e nela se encontrou profissionalmente. Ele é o vencedor do Grande Prêmio Zélio de Ouro - principal premiação - do 45º Salão Internacional do Humor de Piracicaba (SP), com uma escultura tridimensional do pintor Pablo Picasso (1881-1973). E não para por aí: também foi premiado na categoria Caricatura.
"Ficava na banca de um primo para ajudar no sustento da família. Para passar o tempo, desenhava as pessoas que passavam ali por perto. Comecei a amar isso", relembra.
Fernandes participou do Salão do Humor de Piracicaba pela primeira vez em 2001, quando inscreveu uma caricatura do escritor argentino Jorge Luis Borges. Acabou sendo vencedor da categoria. De lá para cá, participou seis edições do evento e integrou duas vezes a comissão de jurados.



"Tomei gosto pela brincadeira e não parei mais de brincar", diz o artista rindo.


Talento que vai de Piracicaba ao mundo: Fernandes acumula mais de 60 prêmios nacionais e internacionais. Mudou-se a Santo André (SP) para estudar na área de artes visuais e trabalha há 36 anos como ilustrador de um jornal no ABC Paulista. No entanto, o caricaturista ressalta que não se importa em vencer, e sim busca valorizar as obras artística
"A gente precisa ter amor para fazer uma arte. Quando fazemos sem vontade, ela não fica boa, se torna sem sentido. E o importante da arte é ela ter sentido e ser admirada", opina.




Caricatura tridimensional de Luiz Carlos Fernandes (Brasil) ganhou o Grande Prêmio Zélio de Ouro (Foto: Luiz Carlos Fernandes)



A escultura

A obra ganhadora do 45º Salão Internacional de Piracicaba é uma escultura do pintor Pablo Picasso. Segundo o autor, a peça, feita com massa epóxi, foi produzida em uma semana e valoriza os olhos de Picasso, que, com uma ilusão de óptica, "se mexem" conforme o ângulo que é visto.
Fernandes afirma que não sabe de onde veio a ideia para o trabalho. Quando começou a produzir, não sabia qual seria o resultado, mas, conforme foi dedicando o tempo à peça, a obra saiu naturalmente. Apenas tem a certeza que admira Picasso e que é esse "natural" da produção, o segredo de a obra ter se destacado.
"Escultura não é o meu forte. Fiz algo que não imaginava que os jurados entenderiam. Mas, pelo que parece, conseguiram entender", brinca Fernandes.
Ao todo 2.638 obras foram inscritas nesta edição do Salão do Humor, enviadas por 460 artistas de 53 países entre Brasil, Australia, Bélgica, Colombia, China, Egito, Irã, Turquia e outros.



G1
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