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ESPECIAL PROCLAMAÇÃO DA REPUBLICA

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  • O Barão de Mauá 
  • Proclamação da República


  • O Barão de Mauá 

– Irineu Evangelista de Souza -, foi um brilhante industrial, banqueiro, político e diplomata, nasceu no Brasil, em uma cidade chamada Arroio Grande, pertencente ao município de Jaguarão, Rio Grande do Sul.
Muito cedo perdeu o pai e, ao lado de um tio que era capitão da marinha mercante, mudou-se para o Rio de Janeiro.
Com 11 anos de idade já trabalhava na função de balconista em uma loja de tecidos; graças à sua esperteza foi progredindo aceleradamente. No ano de 1830 empregou-se em uma firma de importação de propriedade de Ricardo Carruther, com quem aprendeu inglês, contabilidade e a arte de comercializar. Com 23 anos subiu de posição, tornou-se gerente e pouco tempo depois sócio da companhia.

Após realizar uma viagem à Inglaterra, em 1840, concluiu que o Brasil precisava de capital para investir na industrialização.
Irineu decidiu sozinho avançar em direção ao progresso, edificou os estaleiros da Companhia Ponta da Areia, construiu, no ano de 1846 a indústria náutica brasileira, que se estabeleceu no Rio de Janeiro, mais precisamente em Niterói.
Em questão de um ano já possuía a maior indústria do país, contribuindo para colocar no mercado de trabalho mais de mil operários, fabricando caldeiras para máquinas a vapor, investindo em engenhos de açúcar, guindastes, prensas, armas e tubos para encanamento de água.
Quando houve as batalhas contra Oribe, Rosas e López, a Companhia Ponta da Areia forneceu os navios e canhões necessários.
Deste momento em diante, Irineu Evangelista resolveu se dedicar a duas atividades em potencial – dividiu-se entre a profissão de industrial e a de banqueiro.
Foi precursor na área dos serviços públicos, entre várias de suas atuações podemos citar:
1851 – Rio de Janeiro – Construiu uma companhia de gás voltada para a iluminação pública do Rio de Janeiro.
1852 - Colocou em ordem as corporações de navegação a vapor no Rio Grande do Sul e no Amazonas.
1854 – Introduziu a primeira estrada ferroviária, que ia da Raiz da Serra à cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
1854 – Contribuiu com a fase inicial da União e Indústria, a primeira estrada ladrilhada do país, que compreendia o trecho de Petrópolis a Juiz de Fora.
1874 - Ajustou o assentamento do cabo submarino, entre tantas outras realizações.
Através de uma sociedade firmada com capitalistas da Inglaterra e cafeicultores de São Paulo, tomou parte na construção da Recife and São Francisco Railway Company, da estrada de ferro dom Pedro II – hoje a Central do Brasil -, e da São Paulo Railway – atual Santos-Jundiaí.
Deu início à edificação do canal do mangue, no Rio de Janeiro, e respondeu pela implantação dos primeiros cabos telegráficos e submarinos, conectando o Brasil à Europa.
No final do ano de 1850, o então visconde inaugurou o Banco Mauá, MaCGregor & Cia, com várias filiais espalhadas pelas capitais brasileiras, e também no exterior, como em Londres, Nova Iorque, Buenos Aires e Montevidéu.
Era considerado um liberal, abolicionista e peremptoriamente antagônico à Guerra do Paraguai, concedeu os recursos financeiros imperiosos para a defesa de Montevidéu quando esta cidade se sentiu acuada pela liderança imperial que decidiu intervir, em 1850, nas questões do Prata. Com suas atitudes contra o governo, acabou por se transformar em uma pessoa não bem vista pelo Império.
Suas fábricas foram sabotadas, ações criminosas aconteceram, sem a menor cautela, e suas transações comerciais foram atingidas pela lei, que passou a cobrar taxas exorbitantes sobre as importações.
Na carreira política foi deputado pelo Rio Grande do Sul em vários mandatos, porém, em 1873, renunciou ao seu encargo para poder se dedicar a seus negócios que se encontravam em risco desde a crise bancária de 1864.
Em 1875, Irineu sofreu um duro golpe, amargou a falência do Banco Mauá, em vista disso ele foi obrigado a vender a maior parte de suas empresas a capitalistas do exterior.
Encontrava-se então doente, era portador de diabetes, porém só sossegou quando finalmente conseguiu liquidar todas as suas contas.
De cabeça erguida, viu encerrada a sua vida de grande empreendedor, nobremente se retirou da vida de industrial e terminou seus dias sem nenhum patrimônio, mas com algo que valia mais que qualquer bem material, dignidade e fidelidade às suas convicções.
Durante o período em que esteve na ativa, foi merecedor de vários títulos: em 1854 conquistou o de Barão e em 1874 o de Visconde de Mauá.
  • Proclamação da República

  
A Proclamação da República no Brasil ocorreu dia 15 de novembro de 1889 e foi assinada pelo primeiro presidente do país, Marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892).
O evento representou o início da Era Republicana e o fim da Monarquia Constitucional Parlamentar no país, instaurando um novo regime no país de governo presidencialista.
Esse tipo de governo (regime republicano) vigora até os dias atuais no Brasil com participação da população na escolha do presidente, governadores e senadores.
No final do século XIX, a crise da monarquia no Reinado de D. Pedro II (1825-1891), segundo imperador do Brasil, era notória.
O descontentamento da população brasileira era óbvio, sobretudo dos militares, civis republicanos, elite agrária e abolicionistas.
Eles exigiam mudança de governo, ao mesmo tempo que buscavam melhores condições, participação política e liberdade de direitos.
Diversos foram os fatores que já vinham incomodando a população por meio de ações do governo monárquico vigente.
Um exemplo foi a crise econômica, afetada com as despesas da Guerra do Paraguai (1864 e 1870). Outros fatores foram: o aumento dos impostos e taxas, a corrupção na corte, a censura e o caráter centralizador da monarquia.
Além disso, havia a relação Estado-Igreja, o que levou à disseminação de inúmeras revoltas pelo país, as quais iam ao encontro das ideias monárquicas vigentes.
Podemos citar a Guerra dos Farrapos (1835-1845) que ocorrera no sul do país. Foi desencadeada pelos fazendeiros que estavam insatisfeitos com o aumento dos impostos territoriais e das taxas sobre as exportações dos produtos.
Além deles, os cafeicultores do oeste paulista exigiam mais autonomia, democracia e participação política. Em 1888, com a abolição da escravidão, outros fazendeiros e proprietários de escravos se voltam contra D. Pedro II, uma vez que esse fato acarretou a redução das produções gerando fortes crises na economia rural.
No dia 15 de novembro de 1889, Marechal Deodoro da Fonseca, principal chefe do exército brasileiro, com o apoio dos republicanos e militares (dos quais se destaca Benjamin Constant) preparam um levante militar.
Reuniram-se no Campo de Santana, no centro do Rio de Janeiro (que na época era a capital do Império). Estavam dispostos a derrubar o Império, obtendo sucesso no golpe de Estado.
Deodoro assina o documento que legitimaria o início da República no Brasil, encaminhado para a Corte, que exigia, entre outras coisas, a abdicação de D. Pedro II, por meio da saída do Imperador e da Família Real do país.
Com isso, a Proclamação da República representou a queda do Brasil Império (cerca de 70 anos). Ou seja, a imposição de uma nova forma de governo presidencialista pôs fim ao reinado de D. Pedro II, que parte com sua família, três dias após a proclamação, a 18 de novembro, rumo à Europa.

Curiosidades

O “Dia da Proclamação da República” é comemorado a 15 de novembro, considerado feriado nacional.
O “Dia da Bandeira” é comemorado todo 19 de novembro, data escolhida de acordo com o Decreto Lei n.° 4, no qual ficou instituída a nova Bandeira Republicana Nacional em detrimento da Bandeira Imperial.
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