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CRONICA/OPINIÃO - Nordeste: o futuro Eldorado



Assisti uma reportagem sobre a produção energética, onde o Nordeste com suas fontes eólicas tiveram picos de 8% no fornecimento do consumo nacional. Se o Brasil olhar com responsabilidade o potencial que esta região pode oferecer em energias produzidas pelas fontes eólicas e fotovoltaicas poderá desativar todas as hidroelétricas e as geradoras a diesel.
O Nordeste está situado entre um paralelo e um meridiano que lhe proporciona um clima árido, porém estável onde a luz solar e os ventos tem uma presença constante. Se ambos forem devidamente explorados e interligados às redes de transmissão já existentes, todas as barragens atuais poderão ser direcionadas ao fornecimento humano e à irrigação rural. Este clima e esta natureza fizeram do Nordestino um povo trabalhador, persistente, amante de sua terra e de sua gente. Se o Brasil explorar tecnicamente estes trës elementos - clima, terra e o ser humano – que o compoem, verá que um mundo surreal é possível.
Se compararmos o Nordeste com o Oriente Médio, veremos que o mesmo está em melhores condições em relação ao clima, ao potencial hidrico superficial e subterrâneo. Se o Embrapa tiver recursos e autonomia para agir em busca de tecnologias inerentes a esta região, o Brasil poderá ser o maior produtor de frutas do mundo e o Nordeste será o pomar do país. Quando isto acontecer, o padrão de vida desta região sofrerá um incremento monumental, e o sertanejo, que sempre saiu de sua terra em busca de melhores condições de vida, se tornará o acolhedor de emigrantes de todo o Brasil e imigrantes do exterior.
Até aqui fiquei no semi-árido e nas caatingas, mas o Nordeste é muito mais que isso. Sua orla marítima com suas belezas, como seu clima e com seu povo acolhedor, atrai turistas de todo o Brasil e de quase todas as nações. O chamado Sertão já há alguns anos entrou em um processo de desenvolvimento agrícola, já competindo com as demais regiões produtoras do agronegócio. Mas este setor demanda alta tecnologia e pouca mão-de-obra, embora tenha um alto impacto no PIB regional, pouco contribui para a mão-de-obra qualificada. Já na friticultura a tecnologia necessita de muita mão-de-obra e com pouca qualificação.
Os currais eleitorais e os coronéis de terno e gravata já não serão mais quem determinam a sorte do povo, pois se tornarão somente mais um elemento da nova ordem social.
Israel tem muito a nos oferecer, pois eles fizeram do deserto um grande produtor agrícola, criando tecnologias acima de todo conhecimento tradicional.

J. Barreto
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