Olá amigos do Guma... vou lhes contar uma “historinha” que pode ser identidade de muitos de nossos amigos, aliás, é baseada num fato verídico de um contemporâneo dos áureos tempos de adolescência em Taquarituba, que hoje está casado!!! Pasmem!!! Escolheu tanto... mas tanto que as opções se escassearam... mas antes de achar (conseguir...ufaaa!!!) sua “cara metade” levou um “tabefe” da vida...confira a história!!!
Em outra época, os pais educavam os filhos homens
para serem os provedores do lar. Normalmente, se formavam broncos, machistas, e
pouco ligavam se tratavam ou não uma mulher com delicadeza. Grande número
desses homens nunca aprendeu a respeitar uma mulher, principalmente aquela que
ele mantinha dentro de casa, a esposa, que vivia quase que num cárcere. Mas, o
tempo passou, e hoje, a maioria dos filhos sequer mantém contato com o pai.
Alguns nem têm idéia de quem ele seja. A modernidade também alterou e aumentou
um pouco a capacidade do homem em se mostrar sensível, e os machões de outrora,
já admitem muita coisa que antes seria verdadeira heresia, como chorar ou se
apaixonar, por exemplo.
Eu sempre (e confessei aqui várias vezes fui
vencido pelas emoções, emotiiiiiivo que só!) me preocupei com mulheres, o que
pensavam sempre foi motivo de muita atenção, aliás, por ser um péssimo
esportista, não saber jogar baralho e não ser um grande apaixonado por futebol,
pouco me sobrava além de conversas com as amigas que esperavam seus parceiros
saírem das atividades elencadas. Isso até gerou alguns inconvenientes, confesso,
que quem me acompanha desde o inicio nos meus escritos já sabe!!! Mas fazer o que...
deixemos (não tem problema!!!)...
Voltando ao foco: a educação dessa época passada
fosse severamente direcionada para um lado chauvinista, um amigo de infância
cresceu num ambiente mais aberto. Filho de músicos, sempre teve um contato
estreito com as artes e letras. Sua situação financeira não dava para gastanças
exageradas, mas, depois de formado, conseguiu manter uma condição social
relativamente boa. Sua aparência era a de um atleta, coisa de genética, pois
jamais praticou nada além de caminhadas, e as garotas suspiravam por ele e por
seus cabelos aloirados. Ele, mesmo com esse assédio, não passava das paqueras.
Quando argumentado se não pretendia casar, sempre repetia:
--Estou esperando a mulher perfeita, minha alma
gêmea, a outra metade da minha laranja.
E assim, o tempo passava. Boatos sobre sua condição
sexual eram constantes, e não era incomum alguém afrontá-lo e tratá-lo de
pederasta (o termo era comum no começo dos anos 80), o que o deixava fulo, mas,
mesmo assim, ele se controlava e continuava em sua busca. Um dia, ela
apareceria, sua mulher perfeita.
Certa vez, encontrou alguém que pensou ser sua
iminente pretendente. Morena, alta, belíssima e culta. Não havia homem que não
desatinasse por aquela mulher, principalmente por ela ser de família de posses,
e muitas.
E eles noivaram. Algum tempo depois, a bela morena
foi encontrada aos prantos na praça da igreja, e espalhava aos quatro ventos
que o noivo a havia abandonado. Não contente, contou a todos o motivo da
separação: ela não era uma tampa (a tampa da panela dele). E foi além,
relatando que, no alto de seus vinte e cinco anos, ainda era pura, e sequer se
interessou pela questão. O falatório foi geral, e o amigo precisou mudar de
cidade. Foi para São Paulo morar e trabalhar.
A cidade mudou, mas o assédio não. As mulheres
sobravam aos borbotões, e ele as tinha a sua vontade. Mas, e quem disse que ele
ligava? Ele queria uma em especial, a mulher perfeita. E assim, chegamos à
virada do milênio, e o Dudu, aos seus cinqüenta anos de idade. Sua condição
financeira melhorou, mas o aspecto físico e os cabelos decaíram e caíram. As
mulheres já não se interessavam tanto, mas ele não ligava. Ainda esperava
aquela que o completaria.
E foi que, numa tarde de chuva, ele correu para se
esconder numa confeitaria e a viu. Era ela, e ele sabia, pois um estrondo tomou
conta de seu cérebro. Seu corpo tremeu todo, e o suor correu em bicas,
parecendo acompanhar o retumbar do coração.
Mas, por que ela? Não tinha nenhum atrativo
especial, era baixinha, cheia de sardas, cabelo desgrenhado, o comportamento
não era lá dos melhores.
Era ela, e ele tinha certeza disso, mesmo sendo
totalmente diferente de tudo o que idealizou no transcorrer dos anos. Pensou,
olhou, analisou e achou um problema. Encontrá-la ele já havia feito, mas como
se aproximar?
Durante um mês, ele a seguiu, cercou, tentou se
aproximar, até que conseguiu. Descobriu seu nome e desmoronou de vez,
apaixonado. Fez de tudo, desde as flores, presentes, convites para passeio,
propostas de namoro, propostas menos descentes, e nada. Até que um dia, já
cansado de esperar, resolveu abrir o jogo e se declarar apaixonado e querendo
casar. O que ele ouviu dela?
--Sai prá lá, o que eu iria querer com um cara como
você? Além do quê, estou atrás do homem perfeito, minha alma gêmea, a tampa da
minha panela, e definitivamente, esse homem não é você.
TOMOU!!!! Pois então...achouuuu? hoje, o camarada
está casado, acho que “felizzzzz” (controvérsias à parte)...
Guma Castellucci, Jornalista na
Rede Guma de Comunicação e Educação www.redeguma.com Whats App 14 997746933 @ Mail drguma@hotmail.com
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