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PODCAST REDE GUMA - TUDO O QUE PRECISA SABER GRIPE, RESFRIADO E VACINA

  • Saiba porque devemos tomar vacina contra a gripe todo ano
  • Você sabe a diferença entre a gripe Influenza e o resfriado comum? Descubra
  • Você sabe a diferença entre a gripe Influenza e o resfriado comum? Descubra
  • Quem está com sintomas de gripe deve esperar que essa fase passe antes de procurar pela vacina
  • Por que a vacina contra a gripe é só para crianças de seis meses a menores de seis anos?

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  • Saiba porque devemos tomar vacina contra a gripe todo ano


A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe teve início no dia 23 de março e vai até o dia 22 de maio e, provavelmente, você já ouviu alguém dizer por aí que tomou a vacina no ano passado e, por isso, não vai tomar neste ano. Pois bem, saiba que isso está errado. De acordo com o Ministério da Saúde, as pessoas têm que tomar a vacina todos os anos. Mas, por que isso, afinal? 
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Especialistas em saúde afirmam que há dois motivos para que o Ministério da Saúde se mobilize todos os anos para imunizar o maior número de pessoas. O primeiro deles é que o vírus Influenza, causador da gripe, consegue se modificar de um ano para o outro. Isso significa que ele é capaz de enganar o organismo do indivíduo, e infectá-lo novamente. A única solução é uma nova vacina que acompanhe a evolução do vírus. 

O epidemiologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Cláudio Maierovitch explica que os tipos de vírus que causam a gripe podem se transformar rapidamente e a vacina busca acompanhar essas modificações.  

“Vírus de gripe é uma família, na verdade. São muitos vírus diferentes uns dos outros e eles têm uma propriedade, de [é a capacidade de] se modificar muito rapidamente. Então, pode ser que os vírus de um ano sejam diferentes dos vírus do ano anterior. O tempo todo eles sofrem mudança.”  

Maierovitch explica que, diferentemente do que ocorre com outras vacinas, como a da poliomielite, a dose contra a gripe só protege durante um ano. Isso porque, além de passarem por mutações, os vírus se alternam ao circular, e isso é o segundo motivo para fazer campanha todo ano.  

Marta Lopes, especialista da Universidade de São Paulo (USP), explica que o Ministério da Saúde, em parceria com diversos laboratórios, monitora quais vírus Influenza circularam mais durante o inverno. Depois disso, o órgão envia o material coletado para a Organização Mundial da Saúde (OMS). A OMS, então, analisa e indica a fórmula ideal da vacina. Por isso, segundo ela, a vacina de 2020 é diferente da vacina de 2019. 

“Estes vírus que compõem a vacina deste ano são diferentes dos vírus que compuseram a vacina do ano passado, porque são os que predominaram no inverno passado e que, provavelmente, vão predominar, também, este ano.” 

É isso que está acontecendo. Segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, os três tipos de Influenza que compõem a vacina foram os que mais circularam no país durante os primeiros meses deste ano. Até 21 de março, foram 204 casos e 19 mortes por Influenza A (H1N1), 181 ocorrências e 17 óbitos por Influenza B e 21 casos e três mortes por Influenza A (H3N2), informa o Ministério. No total, foram 406 casos e 39 mortes. 

O Ministério da Saúde reforça a importância de todos os grupos prioritários se vacinarem, pois, além da gripe, a vacina protege de complicações respiratórias pela doença, que podem até levar a óbito.

  • Você sabe a diferença entre a gripe Influenza e o resfriado comum? Descubra


A chegada do outono e do inverno acende um alerta no Ministério da Saúde: o período mais frio do ano é a época em que aumentam as gripes causadas pelo vírus Influenza. Por isso, normalmente em abril – quando começa o outono –, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Neste ano a campanha foi antecipada para março por causa da pandemia do coronavírus.
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A vacina é composta por vírus inativado e protege contra os três tipos de Influenza mais comuns na América do Sul: o Influenza A H1N1, o Influenza A H3N2 e o Influenza B. Esses vírus causam uma gripe que não deve ser confundida com os resfriados.

Os resfriados geralmente são causados por rinovírus e os sintomas são mais brandos: envolvem coriza, espirros, irritação na garganta e, ocasionalmente, febre baixa. As infecções por vírus do resfriado acontecem algumas vezes ao longo do ano.

Já a gripe é menos comum e apresenta sintomas mais fortes como febre alta e tosse. A coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Francieli Fontana, explica como identificar Influenza, que pode evoluir para problemas pulmonares, por exemplo.

“O Influenza também é conhecido como gripe. É uma infecção do sistema respiratório que pode apresentar complicações. Entre as principais complicações estão as pneumonias, responsáveis por internações hospitalares em todo o país. As gripes pelo vírus Influenza geralmente iniciam com febre alta seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, nariz escorrendo e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante da gripe e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios, como a tosse, vão ficando mais evidentes com a progressão da doença.”

O Ministério da Saúde comprou 79 milhões de doses da vacina contra gripe, que estão sendo distribuídas em mais de 41 mil postos de vacinação de todo o Brasil. Influenza é uma doença sazonal, o que significa que tem picos de infecção em determinadas épocas do ano. O outono e o inverno registram aumento do número de casos de gripe, como explica a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Patrícia Canto.

“As pessoas ficam mais propensas a pegar gripes e resfriados na época mais fria do ano exatamente porque os locais ficam fechados e com menos ventilação, sem luz do sol e janela aberta, e as pessoas acabam ficando mais juntas por um tempo maior, o que favorece a transmissão. O Brasil é um país continental e os estados mais frios têm geralmente maior número de casos, exatamente por causa das aglomerações. Os locais mais frios tendem a uma maior chance de transmissão, mas o risco é para todo o território nacional.”

A primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe que foi do dia 23 de março até 15 de abril, priorizou a vacinação dos trabalhadores da saúde e idosos com 60 anos ou mais. A segunda etapa da campanha teve início no dia 16 de abril e os grupos prioritários são os membros das forças de segurança e salvamento, doentes crônicos, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo, portuários e população indígena.

A partir de 9 de maio inicia a terceira etapa, com a imunização de professores, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, grávidas, mães no pós-parto, pessoas com 55 anos ou mais e pessoas com deficiência. A campanha termina no dia 22 de maio.
  • Quem está com sintomas de gripe deve esperar que essa fase passe antes de procurar pela vacina

Uma dúvida frequente durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe é se a pessoa com sintoma da gripe pode se vacinar. Afinal, o cidadão deve ir a um posto de saúde ou esperar que o quadro de saúde melhore?
Segundo Francieli Fontana, coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, a melhor alternativa para quem está com sintomas de gripe é esperar que essa fase passe antes de procurar pela vacina. Ela explica que esse adiamento evita confusão entre alguma reação adversa e os próprios sintomas da doença. 

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Por exemplo, se alguém que está no período de incubação da gripe — ou seja, está infectado, mas ainda não apresentou sintoma —, ou só apresenta tosse e coriza, recebe a vacina e depois tem febre, fica difícil para o médico avaliar se é um agravamento da doença ou reação à injeção. Portanto, a melhor opção é ficar em casa até o fim dos sintomas. Francieli Fontana fala.
“Para a pessoa que está gripada, a orientação do Programa Nacional de Imunização é que espere passar o quadro de síndrome gripal. Para que não haja confusão entre a vacinação e algum evento adverso, a gente solicita que as pessoas gripadas adiem a vacinação até a melhora do quadro.” 
A vacina protege contra os três tipos de vírus Influenza que mais circulam no nosso país. A composição é alterada todos os anos, seguindo o que preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo é que ela seja eficaz e acompanhe a evolução dos vírus, que passam por mudanças em suas estruturas muito rapidamente. 
É importante tomar a vacina todo ano, pois a vacina do ano anterior não dá proteção adequada. Se você não tem sintoma de gripe e faz parte do grupo prioritário, procure um posto de atendimento para se vacinar, destaca Francieli Fontana.
“As pessoas que fazem parte do grupo-alvo de vacinação, como é uma vacina importante, se não se vacinarem podem adoecer ou desenvolver complicações, entre elas pneumonias ou até morte. É muito importante que as pessoas se vacinem.” 
Até 15 de abril, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe priorizou idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde. No dia 16 de abril, começaram a ser vacinados membros das forças de segurança e salvamento, doentes crônicos, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo, portuários e população indígena.
De 9 a 22 de maio, terceira e última etapa da campanha será a vez dos professores, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, grávidas, mães no pós-parto, pessoas com 55 anos ou mais e pessoas com deficiência.
Segundo o Ministério da Saúde, a vacina é trivalente e protege contra os três tipos de vírus Influenza que mais circularam no hemisfério sul em 2019: Influenza A (H1N1), Influenza B e Influenza A (H3N2). A pasta pede que em caso de fila, mantenha distância de dois metros dos demais, principalmente idosos.

  • Por que a vacina contra a gripe é só para crianças de seis meses a menores de seis anos?

Um dos grupos prioritários da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe é o das crianças de 6 meses a menores de 6 anos. Elas serão imunizadas na terceira etapa da campanha, que vai de 9 a 22 de maio. Nessa fase, também estão incluídas grávidas, mães no pós-parto, pessoas com 55 anos ou mais e pessoas com deficiência. 
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A vacinação contempla crianças até 6 anos pois nesse período é maior o risco de desenvolver complicações graves a partir da gripe. Quem afirma é o presidente do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri. 

“A vacina contra a gripe, contra o vírus Influenza, se mostrou efetiva (ou seja, protege as pessoas da doença) quando vacinamos crianças a partir dos seis meses de idade. Antes disso não há nenhuma demonstração de que a vacina tenha eficácia comprovada. E mais que isso: as crianças pequenas quase sempre estão em amamentação, o que já é uma proteção muito importante. Além disso, quando nós vacinamos a grávida – e a grávida está incluída nos grupos prioritários para receber a vacina da gripe –, os anticorpos e as defesas que a mãe produz são transferidas também para o bebê, protegendo esse primeiro semestre de vida.”

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe termina no dia 22 de maio. O Ministério da Saúde adquiriu 79 milhões de doses para imunizar pessoas em todo o Brasil. A vacina, composta por vírus inativado, protege contra os três tipos de vírus mais comuns no hemisfério sul: Influenza A (H1N1) e Influenza A (H3N2) e Influenza B.

Desde o início da campanha, a alta procura dos brasileiros pela vacina levou ao esgotamento temporário das doses nos estoques dos postos de saúde e nos demais pontos de vacinação. Mas isso não é motivo de preocupação, segundo o Ministério da Saúde. O repasse de remessas da vacina de forma escalonada era previsto por causa da antecipação da campanha, como explica a coordenadora-geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Francieli Fontana.

“Estamos disponibilizando 79 milhões de doses da vacina contra o Influenza durante todo o período da campanha. Nós estamos fazendo a distribuição de forma escalonada. Conforme recebemos do Instituto Butantan vamos encaminhando aos estados.”
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