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PODCAST REDE GUMA "Brasil registra notificação de possível primeiro caso de Candida auris"

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi notificada, nesta semana, do possível primeiro caso positivo de Candida auris (C. auris). A suspeita é de um paciente internado em UTI adulto em hospital do estado da Bahia. Por esse motivo, houve a publicação de Alerta de Risco.

O C. auris é um fungo considerado uma grave ameaça à saúde global. Ele foi identificado pela primeira vez como causador de doença em humanos em 2009, mais especificamente no Japão.


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Sobre o último caso suspeito identificado no Brasil, já estão sendo feitos procedimentos para verificar o perfil de sensibilidade do fungo. O Laboratório Especial de Micologia da Escola Paulista de Medicina (Lemi–Unifesp) será responsável pelo sequenciamento genético (padrão-ouro) do microrganismo.



Para acompanhar o caso e prevenir a disseminação de C. auris no País foi organizada uma força-tarefa nacional composta por representantes da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa Bahia), da Coordenação Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH Bahia), da Secretaria de Estado de Saúde da Bahia, Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, representantes do Ministério da Saúde, entre outros.  

Fonte: Brasil 61



Sintomas de Candida auris

A infecção por Candida auris é mais comum em pessoas que permanecem internadas no hospital por longos períodos e possuem sistema imunológico comprometido, o que favorece a presença do fungo na corrente sanguínea, levando ao aparecimento de alguns sintomas, como por exemplo:

  • Febre alta;
  • Tontura;
  • Fadiga;
  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Vômitos.

Esse fungo foi primeiramente identificado no ouvido, no entanto também pode estar relacionado com infecções urinárias e do sistema respiratório, podendo ser confundido com outros microrganismos.

O diagnóstico da infecção por Candida auris é difícil, já que os métodos de identificação disponíveis são pouco específicos para a identificação dessa espécie, sendo importante a realização de exames mais específicos, como a PCR, por exemplo, para confirmar a espécie. Além disso, esse fungo pode ser isolado de diversos materiais biológicos, como por exemplo sangue, secreção de ferida, secreções respiratórias e urina, por exemplo.

Quem tem maior risco de infecção?

O risco de infecção por Candida auris é maior quando a pessoa permanece internada por um longo período no hospital, fez uso anteriormente de antifúngicos, possuem cateter venoso central ou outros tubos no corpo, já que esse fungo possui capacidade de aderir a equipamentos médicos, dificultando o tratamento e favorecendo a sua proliferação.

O uso prolongado ou indiscriminado de antibióticos também pode favorecer a infecção por esse superfungo, pois os antibióticos em excesso podem eliminar bactérias capazes de combater a entrada da Candida auris no organismo, evitando a infecção. Dessa forma, quanto mais antibióticos utilizados, maior o risco de infecção por esse superfungo, principalmente quando a pessoa se encontra em ambiente hospitalar.

Além disso, pessoas que foram submetidas recentemente a procedimentos cirúrgicos, possuem doenças crônicas, como diabetes, por exemplo, e encontram-se com o sistema imunológico debilitado possuem mais risco de infecção pela Candida auris.

Por isso, é importante que o hospital tenha um sistema de controle de infecção eficiente e estimule medidas de prevenção de infecção tanto relacionadas com o paciente e a equipe quanto com os visitantes do hospital. Saiba como prevenir infecções hospitalares.

Outro fator qua favorece a infecção por Candida auris é a temperatura elevada. Devido ao aumento da temperatura devido aos fatores ambientais, o fungo têm desenvolvido mecanismos de resistência às altas temperaturas, conseguindo sobreviver e proliferar no ambiente e no corpo humano com mais facilidade.

Tratamento para Candida auris

O tratamento para Candida auris é difícil, já que esse fungo tem demonstrado resistência aos antifúngicos normalmente utilizados no tratamento das infecções por Candida, sendo, por isso, também chamado de superfungo. Dessa forma, o tratamento é definido pelo médico de acordo com a gravidade da infecção e com o sistema imunológico do paciente, podendo ser indicado o uso de antifúngicos da classe das Equinocandinas ou a combinação de vários antifúngicos em altas doses.

É importante que a infecção por Candida auris seja identificada e tratada o mais rápido possível para evitar que esse fungo espalhe-se pela corrente sanguínea e dê origem à infecção generalizada, o que é muitas vezes fatal.


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