JORNAL DO GUMA "POLÍTICA"
Festa teve filha de Roberto Jefferson cantando 'Malandragem' e bolsa de apostas de em quanto tempo Lira irá enquadrar presidente.
Foto: criticanet
O grupo tocou "É Tarde Demais", do grupo de pagode Raça Negra, e "Rita", do cantor de arrocha Tierry.
Aos convidados, foram servidos vinhos e whiskies. E, para o jantar, além de canapés, havia um buffet com opções de salada, massa e carne.
Na festa, quando não estavam comendo ou bebendo, muitos convidados usavam máscara com o símbolo da campanha.
Animado, Lira passou a madrugava recebendo cumprimentos e fazendo projeções sobre seu mandato. Ele explicou que pretende aprovar o Orçamento para este ano ainda neste mês e ressaltou que pedirá ao relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), que apresente logo seu relatório da reforma tributária.
Chamado para discursar ao microfone, Lira saudou os partidos que compuseram o seu bloco e disse que fará uma Câmara dos Deputados para todos. Para a breve fala, foram convidadas todas as deputadas presentes, entre elas Joice.
A ex-candidata a prefeita de São Paulo foi chamada três vezes, mas preferiu acompanhar o discurso à distância.
"Eu tenho princípios. Sou anti-Bolsonaro. Não dá", disse a um dos convidados que estava ao seu lado. Após o discurso, ela abraçou Lira.
Também do PSL, outro deputado federal que circulou com desenvoltura pelas rodas de convidados era Daniel Silveira (RJ). Ele ficou conhecido após quebrar uma placa em homenagem à ex-vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada a tiros em 2018.
Após o discurso de Lira, foi a vez de os deputados presentes transformarem a celebração em uma espécie de karaokê.
Acompanhado por Julian Lemos no baixo, o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP), que é crítico da postura anti-China do governo federal, cantou sucessos como "Bijuteria", de Bruno e Marrone, e "Stand by Me", de Ben E. King.
Na sequência, Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, cantou "Malandragem", um sucesso na voz de Cássia Eller.
No ano passado, a ex-deputada federal chegou a ser presa acusada de desvio de verba pública, mas foi solta na sequência e disse ter sido alvo de injustiça.
Na lista de convidados, também estavam o secretário estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy (PP), e o deputado federal Fernando Monteiro (PP-PE).
Os dois eram aliados do ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) durante a sua gestão.
Lira, que era candidato de Bolsonaro, derrotou no primeiro turno o nome apoiado por Maia, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi (SP). Lira foi eleito com 302 votos. Baleia recebeu 145.
Ao ver Baldy e Monteiro na festa da vitória de Lira, um aliado do líder do centrão lembrou de um ditado popular: "Rei morto, rei posto".
DA FOLHA