A menina descreve a chegada do seu futuro marido a casa, do trabalho, quando já tem 23 anos.
"Olá, querida!',
- disse-me ele.
'Tenho que ligar a um amigo meu'.
- 'Então, é melhor se ajeitar um pouco', respondi-lhe eu.
Em 1969, o telefone era uma caixa quadrada com um aparelho de audição em cima. Agora continua um aparelho de audição, mas pode ver-se as pessoas com quem se esta falando porque há uma tela para esta finalidade. É um pouco como a televisão".
Excerto do texto escrito pela criança, onde fala de um telefone onde se podem ver as pessoas com quem se fala© Reprodução Mirror
"Tudo o que temos para comer é um bocado de pastilha elástica. Podem pensar que não temos suficiente para comer, mas estão enganados, porque este pedaço de pastilha elástica é comida. Mastiga-se esta pastilha e pode sentir-se a comida a descer. Até se sente o sabor. Não há coisas para lavar depois",
escreve a criança, talvez (ou talvez não) inspirada pela escrita de Roald Dahl, que em 1964 publicou 'Charlie e a Fábrica de Chocolate', onde existe uma pastilha elástica semelhante. A criança imagina, ainda, que as portas de sua casa são "elétricas" e manuseadas com botões.
O texto foi avaliado como "Bom" pela professora ou professor, com certeza, mais focado na correção gramatical do que no conteúdo imaginativo.
A descoberta foi feita pelo marido de Rosa Beckerton [na imagem], que estava limpando a velha peça de mobiliário, num trabalho de restauração pedido por um cliente que o comprara em segunda mão.
Rosa, britânica de 66 anos de idade, decidiu tornar a carta pública, no caso da autora, que agora teria pouco mais de 60 anos, ainda estiver viva.
"O meu marido já encontrou todo o tipo de lixo perdido em sofás e outras mobílias, mas nunca nada tão interessante como isto",
disse, em entrevista ao Mirror.