OUÇA A RÁDIO GUMA CLIQUE ACIMA

RACISMO É CIÊNCIA... no século XIX

JORNAL DO GUMA
Cronista



Charles Darwin, (1809-1882) foi cientista inglês que revolucionou a Biologia naquele século.

Ele cunhou a Teoria da Seleção Natural das espécies.

Conforme seus estudos publicado na obra “ A origem das espécies por meio da seleção natural” (1859), elucida-se que os organismos vivos tendem a produzir descendentes ligeiramente diferentes dos pais, com o processo de seleção natural favorecendo aqueles que melhor se adaptam ao ambiente.

Traduzindo:

Diante os estudos de Darwin, cada organismo vivo produz descendentes. Esses não são cópias fieis, são cópias que tendem à se adaptar ao meio em que vive.

Dessa forma, descendentes que habitam lugares mais quentes terão características que melhor se adaptem àquela temperatura. O mesmo conceito se aplica àqueles descendentes que vivem em ambiente frio.

A partir disso entendeu-se que a coloração da pele é decorrente das modificações físicas, o que explicou na época, porque europeus são brancos (dado a falta de retenção de vitaminas oriundas do Sol) assim como, africanos negros (que são expostos à grande quantidade de Sol transmutando-se a pele dos povos ali viventes)

Essa teoria foi o início na moderna biologia e abriu espaço para tantos outros cientistas cunharem as mais diversas teorias.

No entanto, dado essa diferença, criou-se o conceito do homem perfeito e o homem defeituoso.

Por assim, conforme a política contemporânea, foi a tese que por muito tempo sustentou o Racismo Científico.

O Racismo Científico tinha como base que negros eram seres defeituosos, e por consequência, os brancos eram homens perfeitos, e dado essa diferença, haveria de se extinguir a raça negra e seus indivíduos.

Nessa época, não havia qualquer teoria que refutasse essa política de extermínio, e por isso, começou-se a caçada contra os negros.

Charles Darwin nunca incentivou o Racismo. Suas teorias, em nenhum momento, valorou as raças entre perfeitos ou não perfeitos, mas sim que o ambiente traria efeitos na compleição física dos habitantes ao longo dos tempos, trazendo diferenças física, mas não morais e comportamentais.

A partir daí foi um passo para a Eugenia, que é o nefasto pensamento de que os “seres inferiores” deveriam ser dizimados da face da terra. Causando morticínio e avanço da escravidão por todo o globo. Trata-se de uma pseudociência que se aproveitou da evolução e do Darwinismo para apoiar regimes supremacistas e racistas. Eugenia é um termo criado em 1883 por Francis Galton(1822-1911), significando "bem nascido".

Darwin, inclusive, aprendeu Taxidermia com um amigo chamado John Edmonstone, jovem negro que contou ao cientista história dos trópicos, além do ofício que o tirou da faculdade de Medicina (Darwin tinha horror às cirurgias, na época, feitas sem anestesias).

Conforme o próprio “... ele me deu aulas em troca de pagamento, e eu costumava me sentar com ele, pois era um homem muito agradável e inteligente...”

Era o Preto dando aula para o Branco.

Portanto RACISMO NÃO É CIÊNCIA.

Juliano Amaral.

 

Postagem Anterior Próxima Postagem