- Após um período de hiato, eis que estou aqui.
Na ultima coluna, após ilustrar o político Arinos, comecei a pincelar sobre a obra de Gilberto Freyre, CASA GRANDE E SENZALA.
Pois bem.
A obra é um clássico que deve ser revisitado sempre, e jamais poderá sair da biblioteca de qualquer pessoa preta, pois brancos só enxergam “verdades”, quando a história não é bem essa.
CASA GRANDE e SENZALA, embora escrito por um sociólogo, tem peso de romance histórico.
Escrito em 1933, Freyre ilustra, a seu modo, como a sociedade brasileira com a miscigenação.
Nele, é dito que o Brasil foi composta através da celular familiar do Brasil. A estrutura dessa sociedade pautava nos desejos patrimoniais da família, e tudo girado ao redor desse eixo.
A família então seria composta de Matrona, Patrono, filhos e os agregados negros:
Babá, cozinheira, faxineira, mordomo, e demais serviçais que tinham como função estabelecer, manter à guiza das vontades, desejos, mandos dos “donos da família”
O propósito era explicitar que havia harmonia e respeitos entre os convivas.
Freyre demonstra a culinária, a linguagem, a dança que resultou da união entre povos escravizados, e a sociedade brasileira, dos homens brancos.
É inegável a importância da obra, no entanto, há um elemento externo que nos ajuda a entender o propósito do sociólogo: O mesmo crescera nos Estados Unidos, país cuja segregação racial é/foi muito mais violenta.
Desse forma, ao ver o Brasil, Freyre concluiu que não havia racismo segregatório no país. Mas uma discriminação, e por isso mais branda.
No entanto, após analisar a obra mostra-se que houve vários equívocos: Afinal de contas qual a harmonia se tem ao retirar povos do seu chão, destitiuí-los da cultura, da fé e da linguagem, e os impor nova realidade?
Freyre, inocentemente, ilustra a DEMOCRACIA RACIAL: termo que ainda é muito presente, pois não é difícil encontrar pessoas que dizem que NO BRASIL NÃO EXISTE RACISMO!
Por assim, a obra de Freyre deve ser revisitada com olhos críticos e analíticos, pois trata da visão um sociólogo que comparou países com politicas raciais diferentes. Portanto não apresenta similitudes, e sim, vícios.
- Portanto, leiam a Obra! Mas reflitam... pensem e depois tirem conclusões
Juliano Amaral.