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Como são definidos os números e nomes das rodovias estaduais em São Paulo

 JORNAL DO GUMA

Da Assessoria ARTESP

Nomenclatura é importante para identificação da via pela população, principalmente quando é necessário o acionamento para o atendimento de emergências


Governo SP


São Paulo, 20 de janeiro de 2023 - Localizado na Praça da Sé, no Centro de São Paulo, o marco zero da capital paulista é a principal referência para determinação dos códigos que identificam as rodovias estaduais de São Paulo. A localização das vias em relação a esse monumento geográfico determina o número atribuído a cada rodovia e, para identificação de que se trata de uma estrada estadual, é adicionado o prefixo “SP”. Já no caso das vias federais, o prefixo é “BR”. 

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), ligado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), é responsável por manter uma lista com as regras para a definição da classificação e codificação. Segundo o DER,  é importante codificar para agilizar a identificação, principalmente, em casos de acidentes, atendimento aos usuários e ocorrências nos trechos.

“O transporte rodoviário é o principal sistema logístico do país. A numeração e o nome são importantes na identificação de acidentes e maior agilidade do acionamento das equipes para atendimento, bem como a criação de rotas alternativas e de novos corredores de escoamento de produção”, diz Milton Roberto Persoli, diretor-geral da ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo.

Como são numeradas?

Para exemplificar, vamos citar algumas rodovias que integram o Programa de Concessões Rodoviárias, gerenciado e fiscalizado pela ARTESP. É o caso da Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto (SP 070), operada pela concessionária Ecopistas. Ela recebe esse código por sua posição, em relação a capital (ao marco zero). Com o mapa rodoviário em mãos, imagine a “rosa dos ventos” (figura que representa graficamente os pontos de orientação na superfície terrestre - Norte, Sul, Leste, Oeste, Sudeste, Noroeste, etc) desenhada: a pista da SP 070 está localizada em um ângulo de 70 graus em relação ao centro de São Paulo - para se chegar ao ângulo é considerada a posição 0 grau no Norte e avança no sentido horário.

Rodovias Radiais têm numeração definida pelo ângulo em relação ao Marco Zero

(Imagem: Divulgação ARTESP)

Essa regra, de o código ser definido pelo ângulo em relação ao marco zero, vale para as “rodovias radiais”, isto é, aquelas que saem da Capital (sentido Interior ou Litoral), como as rodovias Castello Branco (SP 280) e Raposo Tavares (SP 270) por exemplo, ou aquelas que “apontam” para a cidade de São Paulo, mesmo não chegando ao município, como a Rodovia Marechal Rondon (SP 300). Outro detalhe é que todas essas rodovias radiais têm numeração par. O fato de o código ser baseado no ângulo em relação ao marco zero explica, por exemplo, porque a Anchieta (SP 150) e a Imigrantes (SP 160) têm numeração tão próxima.

Já nas rodovias transversais, aquelas que cortam o Estado, ligando cidades do Interior ou Litoral, sem “apontarem” para a Capital, o número do código é ímpar. Esse numeral é estabelecido pela distância média, em quilômetros, entre a rodovia e a Capital. Exemplos de rodovias transversais fiscalizadas pela ARTESP são a Dona Leonor Mendes de Barros (SP 333), que passa pelas cidades de Marília, Jaboticabal, Echaporã, entre outras, ou a Tamoios (SP 099), que liga o Vale do Paraíba ao Litoral Norte.

Rodovias Transversais têm numeração definida pela distância média em relação ao Marco Zero. (imagem: Divulgação ARTESP). Para baixar em alta definição clique: Mapas Rodovias.

Políticos, esportistas e artistas: rodovias estaduais homenageiam a contribuição cultural e administrativa a serviço da população

Recentemente, o Governo de São Paulo anunciou que o complexo viário da Nova Entrada de Santos seria batizado com o nome de “Rei Pelé”, em memória ao atleta falecido no fim de dezembro. O nome foi oficializado por decreto do Executivo.

O mais comum, no entanto, é que os nomes sejam dados através de projetos de leis aprovados na Assembleia Legislativa (Alesp). Acompanhando o projeto deve estar a biografia, relação dos serviços relevantes à sociedade feitas pelo homenageado e o documento que comprove o óbito.  Cabe ao DER, dar andamento ao processo de nomeação a rodovia, dispositivos, passarelas, viadutos, pontes, acessos, novos contornos das cidades. 

Sobre a ARTESP

A ARTESP – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo – regula o Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo há mais de 20 anos. Sob sua gerência, estão 20 concessionárias, que atuam em 11,1 mil quilômetros de rodovias, o que representa quase 41,1% da malha estadual, abrangendo 335 municípios.

A Agência também fiscaliza o Transporte Intermunicipal de Passageiros, exceto nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, de Campinas, da Baixada Santista, do Vale do Paraíba/Litoral Norte e Sorocaba. Dentre as ações, realiza auditoria de frota, garagem e instalações, ações fiscais na operação das linhas regulares, nos terminais rodoviários e nas rodovias. Além disso, a ARTESP é responsável pela regulação da concessão de 27 aeroportos regionais.

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