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Aulas presenciais obrigatórias: só 24% das escolas estaduais estão prontas

JORNAL DO GUMA

da Capricho


O governador de São Paulo, João Dória, divulgou na última quarta-feira, 13, que as aulas presenciais no estado voltarão a ser obrigatórias para todos os alunos da rede pública e privada na próxima segunda, 18. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, contudo, não aprovou a decisão.

© Tiago Queiroz/Estadão Levantamento da Secretaria da Educação indica que 26% das 5,1 mil escolas da rede estadual têm capacidade para receber todos os alunos© 

Um dos motivos é a falta de infraestrutura das instituições para voltar a receber 100% dos alunos ainda em meio a uma pandemia, que pode estar controlada mas ainda existe. Dados da Secretaria mostram que somente "1.251 [das escolas] estão aptas a receber 100% dos estudantes sem revezamento", ou seja, 24% delas.

Outro porém é a falta de funcionários nos colégios para garantir a limpeza dos mesmos. De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, que também é contrário à decisão de Dória, as escolas estaduais não têm condições de cumprir todos os protocolos de combate à Covid-19. A Unesco (A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), entretanto, é a favor do retorno e se manifestou dizendo que a hora é agora: "Nada substitui o ensino presencial e sabemos que muitos alunos e famílias tiveram problemas de conectividade e nos equipamentos para o ensino hibrido. As populações vulneráveis não têm condições de comprar pacotes de dados e o suporte não foi suficientemente bem estruturado no Brasil, apesar do esforço das secretarias de Educação. A Unesco vêm alertando para a catástrofe que o ensino à distância pode causar na aprendizagem, com perdas educacionais muito expressivas, inclusive no processo cognitivo", informou Marlova Noleto, diretora e representante da Unesco no Brasil.

Medidas de segurança

A volta às aulas passa a ser obrigatória já na próxima semana para 100% dos alunos da rede estadual de ensino, mas as instituições municipais e particulares terão um tempo para entrar em um consenso levando em conta seus conselhos.

As máximas, contudo, valem para todos:

a partir do dia 3 de novembro, o distanciamento deixa de ser obrigatório;
máscara de proteção continua sendo um item obrigatório;
alunos em grupo de risco poderão continuar no ensino à distância se apresentarem atestado médico. São eles: gestantes e puérperas, estudantes com comorbidades com idade a partir de 12 anos que não tenham completado ciclo vacinal contra a doença e menores de 12 anos que pertencem a grupos de risco para a Covid-19 e/ou condição de saúde de maior fragilidade.
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