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CRÔNICA/OPINIÃO - A Ponte, a Mineradora e a Câmara - J BARRETO



No jornal do Ogunhê de 27-9-2018, li a matéria que destaca a preocupação do Dr. Ernesto sobre a legalidade da extração e a conseqüência causada pela mineradora. Para reforçar tal preocupação, o jornal cita o questionamento feito por um vereador de Itaí, já em 2006 sobre a retirada de areia da represa, e nesta mesma data o vereador Roberto Araujo tomava posição questionando tal atividade, e no dia 1-10-18 houve repetéco deste assunto.
Sei que nossos nobres vereadores não dispõem de tempo para verificar todos os assuntos que irão debater durante as sessões, e é por isso que todos eles contam com seus assessores, que por regra são pessoas de grande capacidade e ilibada conduta. Seria conveniente que tais assessores pesquisassem melhor as matérias, e não somente se baseassem no “ouvi dizer”.
Vou ajudá-los com o pouco que sei sobre a mineradora e sua história: A mineradora em conseqüência das burocracias que envolve tal atividade levou mais de 10 anos para reunir e validar todos os documentos especiais exigidos pelos órgãos reguladores para poderem liberar o início da atividade extrativista. Por ser uma atividade fluvial, o operador das barcaças precisam ser habilitados pela Marinha, os órgãos ambientais precisam dar seu aval e a Cetesb faz inspeção constante nos locais de coleta, de transbordo e estocagem do material. Sobre a preocupação do desassoreamento da represa digo que é o mesmo que enxugar gelo, pois a descarga depositada na mesma é infinitamente maior do que é retirado. Só por curiosidade ache no Google as margens da represa e vitrifiquem quê a mesma é quase totalmente desprovida de mata ciliar, portanto as erosões não encontram barreiras que impeçam o assessoramento da mesma. Os locais de extração são pré-determinados e monitorados para não haver sobrecarga de atividade num mesmo local, o qual jamais será próximo da ponte. Se alguém tiver lembrança do ano da inauguração da ponte, época em que os grandes caminhões trucados transportavam cargas de até nove toneladas no Maximo, hoje as carretas-comboio trafegam com cargas acima de noventa toneladas, e é comum trafegarem diversas ao mesmo tempo sobre a ponte. Parabens aos engenheiros que projetaram, e a empresa que a construiu, e que hoje suporta carga muito além do imaginado naquela época. Portanto não venham procurar chifre na cabeça de cavalo.
Não tenho procuração e nem conheço pessoalmente os proprietários da mineradora, mas o que me incomoda são as baboseiras do ouvi dizer.

J.Barreto
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