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CRONICA/OPINIÃO - Memória Curta

Ainda está na memória de muita gente a polêmica entre a Prefeitura e o Caio Ferreira Filho envolvendo o prédio situado na esquina da Rua Domiciano Santana com a Rua Rio de Janeiro. Este prédio foi durante muitos anos a residência da família do Sr. José Ferreira, onde também funcionava o Cartório de Registro Civil. Quando da demolição deste prédio, a Prefeitura entrou com a denúncia junto ao M.P. alegando que o mesmo havia sido tombado por apresentar interesse histórico, por ter sido residência do ex-Prefeito Dr. Felix Fagundes e sua família.
Em contrapartida, o Sr. Caio alegava não ter sido notificado oficialmente de tal tombamento, portanto sendo o mesmo de sua legítima propriedade, poderia dispor do mesmo como melhor lhe prouvesse. Este litígio durou alguns anos, quando o M.P. deu ganho de causa ao proprietário.
Ainda durante este litígio, escrevi um artigo pondo em dúvida a alegação da Prefeitura em razão do fato histórico, pois o dito prédio de fato abrigou a família Fagundes na condição de inquilino, pois a real propriedade e residência da família Fagundes era o prédio situado na rua Pernambuco entre a rua Domiciano Santana e a rua São Paulo, prédio este projetado e construído pelo engenheiro Dr. Felix Fagundes.
Desde então o mesmo foi moradia de seus descendentes até o ano passado, quando deixou de sê-lo com o falecimento da renomada professora D. Marta Fagundes. Será que a razão da demando com a família Ferreira, o mesmo foi esquecido?, ou foi tombado mas foi atingido pela revogação de todos os bens tombados pelo Prefeito Poio Novaes, para poder permitir a demolição da antiga Capela do Colégio da Freiras, atual FREA?
Não sei a razão ou o motivo, só sei que hoje ao passar por este local, não vi o prédio, mas somente um tapume e um terreno devastado.
Espero que realmente seja a Memória Curta e não outra razão não ortodoxa que culminou com tão lastimável fato!

J. Barreto
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