JORNAL DO GUMA
- Docente do Senac Botucatu orienta e oferece dicas de segurança digital para usuários e empresas
Redes sociais, aplicativos e sites
são alguns exemplos de portas de entrada para os crimes cibernéticos. De acordo
com a empresa holandesa de cibersegurança, Surfshark, o Brasil foi o sexto país
mais atingido por vazamentos de dados em 2021: foram 24,2 milhões de usuários
expostos entre janeiro e novembro. Com a utilização quase que ininterrupta da
internet, é importante manter-se atualizado sobre segurança e os riscos que a
navegação por diferentes dispositivos gera aos usuários.
“Todos os dias aparecem novas formas
de fraudes e golpes digitais, e a melhor forma de proteção é estar informado.
Não compartilhar senhas, ativar o duplo fator de autenticação, não clicar em
links desconhecidos, utilizar o cartão virtual para realizar compras e conferir
o nome do recebedor ao pagar um boleto, realizar transferências ou PIX são
algumas das orientações”, explica Gilmara Vicentini, docente da área de
tecnologia da informação do Senac Botucatu.
Além da utilização pelos usuários,
muitos dados de empresas são expostos, inclusive confidenciais e de clientes:
“as organizações precisam estar preparadas para responder aos ataques
cibernéticos e às ameaças digitais. A segurança das informações requer um
conjunto de ações para obter o controle de acesso, assegurar o sigilo e
políticas de disponibilidade e circulação dos dados. Os princípios básicos para
esse procedimento abrangem informação disponível, alteração e acesso somente
por pessoas autorizadas e, principalmente, manutenção de sua origem”, diz
Gilmara.
Dentre os principais golpes da
engenharia social, estão falsas centrais telefônicas, phishing (meio para conseguir dados pessoais dos usuários
utilizando e-mails) e sites e aplicativos projetados falsificados. Para
proteger dados importantes e estratégicos em computador e smartphones, a
docente oferece algumas dicas:
• Verifique confiabilidade dos softwares/aplicativos antes da instalação;
• Não utilize computadores públicos para acessar informações sigilosas, como dados bancários. O mesmo vale para redes sem fio públicas, pois os dados que você está acessando ou digitando podem ser capturados sem você perceber;
Em consonância, o advogado Murilo
Aires, especializado em Direito Empresarial e integrante do escritório Dosso
Toledo Advogados, reforça que a Lei Geral de Proteção de Dados é uma realidade
no Brasil e um direito fundamental que garante a qualquer cidadão a proteção de
seus dados pessoais, inclusive nos meios digitais.
“No campo da constatação de
violações, a utilização de inteligência artificial tem sido um diferencial pela
grande capacidade de verificação. No caso dos dados pessoais, as disposições da
LGPD e a crescente regulamentação pela ANPD fixam bons pressupostos para a
segurança da informação e boas práticas de governança de dados, de modo que o
investimento em compliance adaptado à
realidade da organização, incluindo instituições públicas, tende a ser o
instrumento fundamental para a segurança tanto dos titulares quanto dos
controladores e operadores”, orienta.
Ele ainda esclarece que os titulares
de dados, no caso de pessoas físicas, podem se utilizar da aplicação da LGPD
para o exercício de direitos enunciados, ou mesmo de denúncias administrativas
sobre práticas vedadas, enquanto as entidades controladoras ou operadoras de
dados podem se utilizar, por exemplo, da comprovação de cumprimento de seus
preceitos a fim de mitigar danos e sanções.
Serviço:
Senac Botucatu
Local: Rua Dr. Rafael Sampaio, 85 - Boa Vista,
Botucatu/SP
Informações
e inscrições: www.sp.senac.br/botucatu
Fevereiro/2022