Um estudo divulgado pela Universidade de Cambridge afirma que o Sars-CoV-2, vírus da Covid-19, pode ser ‘desativado’ por uma medicação destinada a tratar doenças hepáticas. O remédio, que não é patenteado, foi testado em animais, órgãos doados e um grupo de pacientes humanos. A ideia é buscar tratamentos que vão além das vacinas. Até o momento, o Ministério da Saúde aprovou 6 medicamentos para tratar a Covid-19.
JORNAL DO GUMA
Covid: Além das vacinas, o que a ciência busca agora são remédios para tratamento da enfermidade provocada pelo vírus - Pixabay© fernando zhiminaicela/ Pixabay
Foi identificado pela pesquisa, publicada na revista Nature, que a molécula FXR presente no sistema biliar regula portais virais chamadas de ACE2. Com o uso de ácido ursodesoxicólico, base da medicação, as células ficariam de ‘portas fechadas’ para o vírus e a infecção.
No Brasil, o ursodesoxicólico – também conhecido como ácido biliar – é usado em xaropes, comprimidos, e tem também uso veterinário. Pode ser usado no tratamento de pedras na vesícula, cirrose e quando há alterações na quantidade de bile.
“Demonstramos que a regulação negativa de ACE2 mediada por UDCA reduz a suscetibilidade à infecção por SARS-CoV-2 in vitro, in vivo e em pulmões e fígados humanos”, mostrou o relatório. Em outra fase de testes, os animais ficaram protegidos de uma das variantes, a Delta, combatida via vacinas.
Para o teste final, oito pessoas foram chamadas. O resultado confirmou que quem tinha uso de UDCA – medicamento com a base de ácido ursodesoxicólico – apresentou níveis baixos de ACE2, fazendo com a possibilidade de infecção diminua.
A avaliação do estudo é feita também a partir da resposta do corpo humano às vacinas. “Um dos maiores desafios continua sendo a profilaxia em populações vulneráveis e grupos de alto risco, como pacientes imunocomprometidos que não devem montar uma resposta adequada às vacinas”, argumentam os especialistas, que pesquisam como o vírus responde aos medicamento
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