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Americanas: Empresa divulga vídeo de ex-CEO Sérgio Rial com detalhes do rombo


TV AVARE
Investing.com 

Parte da conta fornecedor das Americanas (BVMF:AMER3) era, na verdade, dívida bancária e precisará ser catalogada como tal, após apuração de auditoria interna. A avaliação é de Sérgio Rial, que deixou o cargo de CEO após inconsistências contábeis na companhia. Em vídeo divulgado em fato relevante (veja ao final deste texto) na tarde desta quinta-feira, 12, Rial afirma que estimativa de R$20 bilhões é de lançamentos que surgiram ao longo dos anos que estão no balanço.

“Não estamos falando de um número fora do balanço, mas dentro do que pude observar, esse número está dentro da estrutura atual, mas não está registrado apropriado ao longo dos últimos anos”, detalha. E essas estruturas são sensíveis ao crescimento de vendas, na avaliação de Rial.  Acionistas de referência estão comprometidos com a empresa, mas uma capitalização futura deve ter que acontecer, de acordo com o gestor.

Em conferência realizada hoje em parceria com o BTG (BVMF:BPAC11), Rial disse que os impactos serão percebidos na conta de resultados e patrimônio líquido da empresa. Um comitê independente deve identificar os lançamentos que parecem ter sido inconsistentes nos últimos anos. “Isso não se trata de um tema de 2022 somente, mas sim de vários anos passados. Não sou capaz de dizer quando começou”, destacou no vídeo divulgado ao mercado.

Segundo Rial, ao chegar ao cargo, teve interesse de entender algumas contas importantes da empresa e "entender melhor como funcionava o que convencionalmente no mercado se chama de risco sacado, outros apontam como adiantamento a fornecedores, cada banco ou cada credor tem um nome específico, tentando dar a esse produto uma customização que na verdade não existe”.

Rial afirma que o risco sacado nada mais é do que a presença do banco na estrutura de financiamento da conta fornecedor da empresa. “Isso existe em diversas empresas. Em empresas com margens mais estreitas, ele é particularmente importante porque pode induzir à dívida bancária, que passa a ser caracterizada como conta fornecedor”, aponta o ex-CEO, que completou que pediu demissão porque "o tamanho do que precisava ser feito não era necessariamente o que eu queria, num primeiro momento, quando fui para a Americanas".

Às 14h22, as ações da Americanas desabavam 76%, a R$2,85.


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