JORNAL DO GUMA
Por Gesiel Junior
"Orixás", a acrílica sobre tela de Djanira, por ela pintada em 1966, retrata três entidades divinas do candomblé: Iansã, Oxum e Nanã.
A obra tem 3,61 metros de largura por 1,12 de altura. Integra o patrimônio artístico da Presidência da República e ficou exposta durante décadas no Salão dos Espelhos do Palácio do Planalto, encantando diplomatas, presidentes, ministros, reis e rainhas que as contemplavam.
São três mães e mulheres protetoras. No sincretismo elas representam Santa Bárbara, Nossa Senhora Aparecida e Sant'Ana. Ao lado, estão pintadas duas mães de santo reverenciando suas entidades amadas.
Profundamente católica e devota de Santa Teresa de Ávila, a pintora avareense pertencia à Ordem Terceira do Carmo, com o nome de Teresa do Amor Divino. Seu primeiro quadro foi uma imagem do Calvário. Ao pintar orixás do candomblé, Djanira não só evidenciou a riqueza da cultura brasileira, mas também a beleza do respeito pelas religiões.
