Quem viu as cenas mostradas na TV sobre a tragédia humanitária vivida pelos índios Yanomamis, teve um misto de asco e revolta contra tudo e contra todos.
Eu, no alto dos meus 88 anos, só vi cenas semelhantes nas páginas da revista O Cruzeiro, retratando os horrores do holocausto na 2ª. Guerra Mundial. Nada acontece por acaso, e, portanto, este fato não poderá ser deixado impune. Primeiro, identificar os órgãos e seus gestores, responsáveis pela segurança desse povo. Saber onde estava a FUNAI na pessoa de seu diretor, ou cargo semelhante, seus subalternos diretos e indiretos, que com suas omissões, não denunciaram essa tragédia em tempo hábil. Desvendar o mistério que envolve centenas de ONGs atuantes na Amazônia, a maioria sustentada por organismos estrangeiros que se escudam nos índios e nas florestas sem nunca apresentarem resultado de interesse do Brasil e dos brasileiros, principalmente os indígenas. Esmiuçar as ações dos CIMI (Conselho Indigenista Missionário), que com sua ingerência desarticulou a liderança centrada em um Pagé, fomentando a cizânia, assim criando diversos grupos sob a liderança de novos Pagés, desarticulando a união de uma etnia. O foco do CIMI é fazer dos povos indígenas um zoológico humano, negando seus direitos evolutivos tão almejados pela maioria de desses povos. A CNBB age hoje em relação aos indígenas como agia a Igreja na Idade Média, negando avanços científicos, e agora segredando-os em estágio inconcebível na época atual. Sou católico praticante, mas também sou um ser pensante.
J. Barreto