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Império Alexandrino - J. Barreto

Império Alexandrino

                                                                                                                                                                              (O Pequeno)   


O Brasil sendo um país continental, e com uma diversidade incomparável na fauna, na flora, no clima, na geologia mineral e hídrica. Sem neve, sem deserto e tendo 100% de seu solo produtivo, proporcionando no mínimo duas safras a cada ano. Tendo um povo pacato, trabalhador, inteligente, laborando incansavelmente tanto na área rural quanto na urbana. Tendo e sendo tudo isso, por que o Brasil vive a reboque das nações ditas de primeiro mundo e que são carentes de tudo aquilo que nos sobra? Não vou falar de um passado remoto, falarei de um passado que conheci a partir dos meados do século 20. O Brasil de hoje é o reflexo do Brasil que conheci desde a juventude. Desde sempre o Brasil foi dominado por uma elite política, burocrática e sem moral, sempre visando sua ascensão social e financeira à custa de propinas, cargos, subornos e tudo o que possa lhes proporcionar vantagem. “Faço um adendo, no meio desta turba desvairada sempre houve e há políticos que honram os seus mandatos e seus cargos, e é a eles que rendo minha homenagem”. Citarei 2 exemplos do passado, Ademar de Barros e sua famosa caixinha e o epiteto: “rouba, mas faz”, e a família Lacerda. Maurício de Lacerda, pai de Carlos Lacerda, foi prefeito de Vassouras-RJ, em 2 mandatos, era um típico coronel na política da cidade, elegendo prefeitos e os perseguindo depois. Foi influente líder comunista enquanto teve poder; quando perdeu força no partido se demandou para o conservadorismo, elegendo-se deputado.


Carlos Lacerda, como seu pai, era de Vassouras e membro do Partido Comunista enquanto lhe foi conveniente, e também se refugiou no conservadorismo. Sendo um competente jornalista e um grande tribuno, sua primeira vítima foi Getúlio Vargas. Perseguiu Juscelino Kubitschek na campanha afirmando que o mesmo não ganharia a eleição, ganhando não tomaria posse, tomando posse não governaria. Em sua coluna no jornal, todos os dias postava uma carta endereçada à Marta, filha do Presidente. Estes, entre muitos outros, são os próceres de nossos políticos atuais.

Tivemos os anões do Congresso, malas de dinheiro em apartamento, dinheiro na cueca, políticos acertando dezenas e até centenas de vezes nas loterias, o que seria humanamente impossível, nomeando esposas de políticos para os tribunais de contas dos estados, numa atitude mais pornográfica do que sexo explícito no meio da rua. A tudo isso assistimos na doce esperança de que tudo vai melhorar, pois somos um povo pacato (ou covarde), esperando a próxima eleição. Nessa atitude, de cabeça baixa fomos vendo a nossa já fraca constituição sendo menosprezada em benefício de ideologias e grupos fisiológicos. O judiciário que deveria ser o baluarte da constituição, sentindo a fragilidade dos demais poderes foi se infiltrando nos mesmos, numa clara chantagem aos mesmos, pois grande parte dos parlamentares tem contas a ajustar com a lei. Sendo assim o judiciário hoje é de fato um poder quase absoluto, tendo um líder de fato, não de direito, impondo a submissão de seus pares. Para ele não há limite, pois os demais são meros figurantes. (o reino sou eu). As forcas armadas têm como objetivo garantir a ordem interna e a segurança da pátria. Ordem interna não é somente enfrentar levantes armados que podem por em risco a ordem publica, é também defender a constituição quando a mesma é menosprezada por qualquer dos três poderes civil, presidência, legislativo e judiciário. Infelizmente as elites militares estão desarmas de Amor à Pátria, Respeito a bandeira, Orgulho da Farda, e Honra a seus Juramentos. Num período de paz que já dura 77 anos, o que mais vemos em cerimoniais é a elite militar pavonear suas fardas repletas de medalhas, sem nunca terem dado um tiro de verdade. São atos (I) Moraes que podem levar o Brasil a bancarrota.

J. Barreto

  • P.S. Sei que grande parte dos militares o são por vocação e honram suas fardas e seus juramentos.


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